domingo, 2 de outubro de 2011

ALÉM DO JORDÃO

A igreja, o corpo de Cristo, pelo fato de ter entrado em apostasia, após a morte dos apóstolos, nos anos 314 D.C, estava se embebedando com vinho (ensino falso) do império romano que enganava todos os reis da terra (Ap.17:2) e, desta forma, estava governando o mundo. Foi neste tempo que a igreja do Deus vivo começou a se prostituir deixando os fundamentos apostólico e seguindo os conceitos da filosofia e da teologia, ou seja, ensinos de homens.
Neste período a igreja andou fora dos fundamentos, em trevas sem nenhum tipo de revelação de Deus, mas muitos ensinos filosóficos, o homem no centro. De 314 a 1.500 d.C., os líderes religiosos tomaram posse da vinha e se estabeleceram como seus legítimos donos (Mt.21:33-46), foi por esta ocasião que os papas foram estabelecidos como cabeça da igreja, os representantes de Deus na terra. Em 1.500 d.C Lutero declarou para o mundo a salvação não é pelas obras, mas pela graça. Desta forma, a palavra começou a ser restaurada e o mundo começou a ouvir sobre: “a justificação pela fé”, mas os seguidores de Lutero não se fundamentaram totalmente nos ensinos apostólicos e copiaram o modelo de Roma se institucionalizando, agora então, temos o papa e os presidentes das instituições religiosas, que nada mais são do que pequenos papas. Desta forma, surge a confusão teológica porque cada sistema defende a sua posição. E fica claro que Deus não pode restaurar a sua palavra num ambiente como este, no entanto, Deus não pára e por isso a restauração da verdade, neste ultimo dia, está vindo do deserto porque este é o tempo que Deus levou a mulher para o deserto a fim de alimentá-la com a verdade (Ap.12:6). Isto significa que, neste tempo de apostasia, Deus está restaurando as verdades que foram perdidas, pois convém que o varão perfeito seja manifesto ao mundo, ou seja, a igreja eleita e fiel.
Dentro do cronograma de Deus está previsto que a igreja eleita e fiel se manifestará neste último dia. Na antiga aliança existiam três festas que servem como figuras para nos mostrar os níveis que o corpo de Cristo precisa alcançar: A Festa da Páscoa, que é a figura do altar de holocausto, o Cordeiro sendo sacrificado, isto fala, de salvação; A Festa do Pentecoste, fala da manifestação de Cristo no Espírito, como primícias, penhor a primeira parte, é claro que isso ainda não é tudo, temos ainda A Festa dos Tabernáculos, que nos fala da parte que falta, da plenitude, remissão plena, domínio absoluto, reino de Deus plenamente implantado no corpo.
Você sabe que as duas primeiras festas já se cumpriram; A Páscoa, na morte de Jesus; o Pentecoste, na vinda do Espírito Santo, e a terceira festa já se cumpriu? Não. Mas vai se cumprir neste último dia. Há muita coisa além do Jordão.

 

UMA DIMENSÃO MAIOR

Nosso Senhor Jesus Cristo precisa ser o centro de todo o nosso estudo e de todas as nossas experiências em Deus. Sobre este alicerce nós edificamos todas as grandes revelações. Eu não estou tentando construir uma nova doutrina, ou um novo ensino. Quero mostrar-lhe, pela Palavra, uma experiência em Deus que foi profetizada na Lei e nos Profetas a muitos séculos atrás.
Em II Coríntios 4:5 lemos: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a CRISTO JESUS como SENHOR” são estas três palavras que para mim cristalizaram a verdade dessa dimensão maior em Deus.
A palavra JESUS significa salvador. É esse o significado da palavra grega, e também da equivalente hebraica: JOSUÉ. Lemos em Mateus 1:21 “E lhe porás o nome de JESUS, porque ele SALVARÁ O SEU POVO DOS PECADOS DELES”. Esse nome nos faz lembrar uma experiência que recebemos, chamada Justificação, Regeneração, Salvação, Novo Nascimento, ou qualquer outro termo que você queira usar. Nós não crescemos em um lar cristão, e automaticamente a recebemos, mas Ele nos salva porque Ele é JESUS!
Em Atos 10:38 lemos: “Como Deus UNGIU a Jesus de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO e poder, o qual andou por toda parte fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo”. Este Jesus de Nazaré era o Cristo, o Ungido. “CRISTO” significa “UNGIDO” no grego, e isto me fala de outra experiência que eu tive em Deus, pela qual a unção do Espírito veio sobre mim e me levou a um novo nível em Deus. Oh, eu crescera em Deus durante os 5 anos em que eu era verdadeiramente salvo. Eu não me assentei simplesmente e disse: “Bem, agora que eu sou salvo, não há mais nada para eu fazer, até que eu chegue a uma outra experiência”. Oh, não. Você deve crescer em Deus, na sua experiência de salvação. Você deve aprender a orar, a dar, a sofrer por Cristo, e outras cousas mais. Há um crescimento no Espírito, e a produção de um fruto do Espírito. Mas quando você dá outro passo em Deus, e recebe outra experiência em Deus, vê-se em um nível inteiramente novo, com possibilidades inteiramente novas, que nunca teve antes. Porém, isto não significa que tudo está encerrado. Alguns dizem: graças a Deus, finalmente consegui alcançar um nível a mais em Deus, falei em línguas, mas lamentavelmente essas pessoas acham que isso é tudo no que concerne a vida com Deus. Por isso tais pessoas não avançam mais e ficam estagnadas na vida cristã.. Eu descobri que quando recebi o Espírito Santo, não encontrava lugar para me assentar. Era o começo de um novo nível do Espírito.
E o que podemos dizer de um outro passo? Outra experiência em Deus para nos levar a outro nível no Espírito, no qual jamais andamos antes? Isso é bíblico? Vejamos:

 

AS TRÊS FESTAS

Todas as gloriosas verdades que se desvendam para nós em o Novo Testamento tem as duas raízes no solo dos tipos e sombras do Velho Testamento. Uma das provas mais claras e conclusivas dos três níveis do Espírito é encontrada no tipo das festas de Israel. São apresentadas em Levítico capítulo 23.
Primeiramente quero ler Deuteronômio 16:16: “TRÊS VEZES NO ANO todo o varão entre ti aparecerá perante o Senhor teu Deus no lugar que escolher; na FESTA DOS PÃES ASMOS, e na FESTA DAS SEMANAS, e na FESTA DOS TABERNÁCULOS”. Note, portanto, que eles se encontram com Deus TRÊS VEZES. Não duas vezes na terra e uma na eternidade. Mas três vezes dentro dos limites do tempo, dentro do ano. A bíblia diz: “TRÊS VEZES no ano”. Qual delas você deixará de lado? Se as duas primeiras festas são tipos das experiências da Salvação e do Batismo no Espírito, então por que não crer e aceitar já a TERCEIRA festa, a dos Tabernáculos, que é o outro nível que Deus deseja levar os santos, os seus legítimos servos, neste ultimo dia o Senhor vai levar os santos neste último tempo a plenitude de Cristo, a fim de que Cristo seja manifesto ao mundo através da igreja.

 

PÁSCOA

O capítulo 23 de Levítico trata minuciosamente destas três festas. Deixe-me citar brevemente a festa da Páscoa, e o que ela significa. Em I Coríntios 5:7 está escrito: “Pois também Cristo, NOSSO CORDEIRO PASCAL foi imolado”. (Outras traduções dizem: “Cristo, nossa Páscoa”) E em João 1:29: “Viu João a Jesus que vinha para ele, e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” Ora, está estabelecido mui definitivamente que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, cumpriu a Festa da Páscoa no Calvário, e que cada um de nós, individualmente, precisa chegar ao ponto de receber uma experiência de Deus que se relaciona a esta festa da Páscoa. É NECESSÁRIO nascer de novo. “Não há outro nome debaixo do céu dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos” (At.4:12). É NECESSÁRIO chegar a uma experiência com Deus em relação a festa da Páscoa. Você não chegará a Segunda experiência enquanto não tiver a primeira. Você não é cheio do Espírito antes de receber a Páscoa, em primeiro lugar. O sangue deste Cordeiro é espargido nos batentes da porta de cada casa individual, mas não é levado além do véu, para o Santo dos Santos, nem colocado no Propiciatório. Deus trata desta parte da questão do pecado em uma data posterior. Eu confio que isto fale ao seu coração.

 

PENTECOSTE

Esta é uma NOVA oferta queimada. Significa uma oferta “de manjares” e não inclui o derramamento de sangue. Dois pães são feitos para serem movidos. Isto não é uma continuação da Páscoa. Não é um apêndice da festa anterior. Você não guarda pedaços de cordeiro pascal a fim de comer no dia de Pentecostes. Era uma festa (experiência) completa em si mesma.
Encontramos o cumprimento desta festa na Igreja Primitiva, no segundo capítulo de Atos. Quase todos os estudiosos da Bíblia concordarão nisto, mesmo que não creiam que isto é para nós, hoje. Assim como o Calvário foi o cumprimento da Páscoa, Atos 2:4 foi o cumprimento da Festa das Semanas, ou Pentecoste. Ela era o penhor da nossa herança. Não foi a PLENITUDE, nem a complementação do plano de Deus. Mas eram as primícias e foram dadas como TESTEMUNHAS (Atos.1:8;5:32).
“Porque sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora, e não somente ela, mas também nós QUE TEMOS AS PRIMÍCIAS DO ESPÍRITO (Rm.8:22-23). Gememos dentro de nós mesmos, esperando a adoção”. Paulo diz que somos nós, que provamos da Páscoa e somos salvos? Não: “nós que temos as primícias do Espírito”. Ele está falando da festa das primícias, Pentecoste, que os santos do passado haviam recebido. Ele diz que eles estavam gemendo, esperando algo mais... a Adoção, a colocação como filhos crescidos.
“Mas aquele quem nos confirma convosco em Cristo, e nos UNGIU,  é Deus, que também nos SELOU e no deu o PENHOR DO ESPÍRITO em nossos corações” (II Co.1:21-22). O penhor. Ora, penhor é amostra. Não é a herança inteira. No capítulo 13 de números, quando os 12 espias foram espionar a terra, disse que “eram aqueles dias os dias das primícias das uvas” (Nm.13:20). Assim, o que eles retornaram trazendo como prova de que a terra prometida era boa, foram as primícias. Não se esperava que eles se satisfizessem em viver o resto da vida alimentando-se apenas daquelas primícias, mas aquilo era uma amostra e um testemunho do que havia na terra da sua herança. Deus esperava que eles entrassem e possuíssem a plenitude. Alguns recusaram-se a isto por causa da sua incredulidade, e morreram no deserto sem nem terem visto a herança em sua plenitude, mas finalmente alguém teve fé e obediência suficiente para entrar e tomar posse da sua propriedade.
“É também Nele que vós, estais depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, FOSTES SELADOS com o SANTO ESPÍRITO da promessa. O qual é o PENHOR DA NOSSA HERANÇA até ao resgate da sua propriedade” (Efésios.1:13:14). Depois que eles creram, foram selados com o Espírito Santo da promessa. Penhor da nossa herança. Esse “Até” nos fala da época em que não mais precisaremos viver do penhor ou primícias. Veja, o que a escritura está querendo enfatizar é que a experiência que temos recebido, chamada Batismo no Espírito, é primícias ou penhor da nossa herança, e vem selar-nos e guardar-nos até a revelação da plenitude do Espírito em nós. É um antegozo do que Deus tem reservado para nós aqui na terra, antes de sermos revestidos da imortalidade para reinar com o Senhor para sempre.

QUANDO SERÁ REVELADA A HERANÇA?
“Quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado” (I Coríntios.13:10). Aqui, o contexto mostra que se está falando dos dons do Espírito: Profecia, línguas, palavra do conhecimento. Não está falando acerca da Escritura em parte, mas fala acerca dos dons que operam em escala parcial. Então, o que é perfeito não é a perfeita operação da plenitude do Espírito. Os dons, como nós os conhecemos agora, são uma parte dessa operação, mas só operam em parte. Porém, quando é que esse “QUANDO” vai suceder? Quando virá a plenitude? O Apóstolo Pedro nos dá a resposta:
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para UMA HERANÇA incorruptível, sem mácula imarcescível, reservada nos céus para vós outros, que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para salvação PREPARADA PARA REVELAR-SE NO ÚLTIMO TEMPO” (I Pe.1:3-5). Agora notem, amigos, que ele está falando aqui da Herança. Não das primícias ou do penhor. Isto já veio à igreja primitiva – ela já o tinha. Mas os cristãos primitivos ainda estavam esperando receber a herança. Com isto eu não quero falar de um palácio de ouro nos céus, mas da herança que é a plenitude da divindade em nós, no seu corpo (Ef.3:18-19), pois o penhor ou as primícias são um antegozo desta realidade que se manifestará neste último tempo ou dia, conforme Pedro afirmou.
Pedro vai além dizendo, no versículo 13, que algo deve nos ser trazido na “revelação” (aparecimento) de Jesus Cristo. Isto não significa que você será arrebatado nas nuvens ou levado para qualquer outro lugar, mas é algo que virá a você. Quando? Por ocasião da revelação, ou aparecimento de Jesus Cristo. Há algo que nos devera ser trazido. Eu quero ler Hebreus 9:28: “Assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segundo vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (O Novo Testamento Amplificado, em inglês, traduz: “aparecerá Segunda vez, não trazendo qualquer peso de pecado, nem tratar com o pecado, MAS PARA LEVAR A PLENA SALAVAÇÃO os que O estão esperando ansiosa, constante e pacientemente”)  Sim, glória a Deus, Ele está por vir, e por ocasião da Sua vinda Ele nos levará à salvação plena, à nossa herança completa! I Tessalonicenses 5:9 diz: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação (plena salvação) mediante nosso Senhor Jesus Cristo”.
Portanto, aqui temos outra festa. A FESTA DOS TABERNÁCULOS. Não estamos aqui tratando de doutrina, mas de experiência com Deus. Precisamos entender que estas três festas muito embora sejam distintas ao mesmo tempo estão interligadas porque elas são símbolos dos níveis que Deus deseja que o seu povo alcance Nele. Você pode participar da Festa dos Tabernáculos sem ter passado pela Páscoa e Pentecoste, mas ao mesmo tempo elas acontecem separadamente.
A Festa da Páscoa, é o símbolo da salvação, Pentecoste é símbolo da vinda de Cristo no Espírito, como primícias, penhor, primeira parte, mas a Festa dos Tabernáculos é símbolo da manifestação plena do Espírito de Cristo em nós, plenitude, a casa totalmente habitada, é para esse nível que o Senhor vai levar o seu corpo neste  último dia para que os seus filhos sejam manifestos ao mundo e, assim, a criação experimente libertação do cativeiro (Rm.8:19). Não lute contra a graça de Deus dispensada, a sua vida através da revelação da verdade, apenas se renda e deixa-a lhe conduzir a estes três níveis. Pois, o último nível é o dos vencedores.



OS TRÊS VÉUS
A Bíblia nos apresenta muitos outros quadros e tipos desta grande verdade, além das três festas de Israel. Uma figura maravilhosa encontra-se no Tabernáculo. Na última página deste livreto encontra-se uma planta ou diagrama deste Tabernáculo. Sem dúvida, muitos livros poderiam ser escritos a respeito das muitas verdades espirituais encontradas neste padrão veto-testamentário, mas eu quero limitar a nossa investigação aos três Véus. No primeiro esta marcado ‘Porta Exterior”, o segundo é o da “Porta da Tenda”, e o terceiro é o “Véu Interior”, que leva ao Santo dos Santos. Cada um deles era feito de 100 côvados quadrados de linho branco, bordado com esmerada obra de artífice. A pessoa que fosse entrar até o certo lugar, no Tabernáculo, precisava passar por cada um deles.

A PORTA EXTERIOR
Este era o véu diante do qual os judeus traziam os animais para serem imolados. Essa porta precisava ser atravessada, para que a pessoa pudesse chegar ao Altar de Bronze, onde o sangue era colocado, e as ofertas queimadas oferecidas a Deus. A primeira coisa que você veria ao atravessar esse véu seria o grande e ensangüentado altar de bronze que para nós significa o Calvário.
Isto representa Jesus, o Salvador. Ele disse: “Eu sou a porta”. Não há outro caminho para se entrar: você precisa chegar à porta. Isto nos leva face a face com o Sangue. Aqui é que se trata com o pecado. Passar por este véu representa uma experiência que temos em Deus, é passar da morte para a vida em Cristo. Isto nos leva ao pátio exterior, onde o sangue é derramado, e onde tem lugar a lavagem com água do lavatório, a pia de bronze. Porém, há mais outros véus ou cortinas ou experiências para se atravessar.

A PORTA DA TENDA
Observe o diagrama, ou planta. Se passarmos pelo segundo véu, isto é, comermos da segunda festa, isto nos leva ao nível do Pentecoste, isto é, o Espírito de Cristo em nós, como primícias.. É um lugar de ministério espiritual. É o lugar de testemunho, de pão espiritual, do oferecimento das orações e louvores dos santos. É o lugar do candeeiro de sete braços, representando a igreja. Esta igreja teve início no dia de Pentecoste, em Atos capítulo 2. Ela tem as lâmpadas que estão cheias de óleo, e permanecem acesas.
Ninguém, a despeito da sua cultura, pode ministrar devidamente ao Senhor, sem o Batismo do Espírito Santo. Não há outro caminho para o santuário, exceto através deste véu. Atravessar este véu é uma experiência com Deus; a experiência de ser cheio com o Seu Espírito. Ali havia um sacerdócio espiritual que diariamente ministrava no santuário. O primeiro véu nos levou ao sangue, ao calvário. O segundo véu nos leva ao óleo, ao Pentecostes, e multidões de pessoas cheias do Espírito atestarão isto. Mas aonde é que nos leva o terceiro véu? “Oh, não”, exclamam alguns, “nós já atravessamos dois véus, agora paremos. Não podemos passar por aquele terceiro véu!”. Bem, amigos, eu tenho boas notícias para vocês. O livro de Hebreus diz que Jesus abriu um caminho, para que POSSAMOS atravessar aquele terceiro véu e entrar no Santo dos Santos, e que Ele já entrou lá como nosso precursor. Observemos aquele véu e vejamos o que está por detrás dele.


O SANTO DOS SANTOS
Atravessar este terceiro véu é um tipo de dimensão que a igreja ainda não chegou, de maneira real. Pela fé nós estamos lá com Ele, agora. Mas experimentalmente, isso ainda está por vir. Mas graças a Deus, as Escrituras indicam que isto acontecerá nos últimos dias no fim desta era, e nós agora chegamos a essa época. Portanto, podemos esperar outro grande movimento do Espírito para nos levar a um nível nunca antes atingido por aqueles que estão no segundo Adão.
O meu objetivo nesta mensagem não é explorar detalhadamente tudo o que existe nesse nível, mas apenas provar pelas Escrituras que existe um lugar assim. Se eu puder fazer você ver que em Deus existe mais para você, quem sabe poderei tirar você do seu comodismo religioso. Já nos temos acampado ao redor desta montanha Pentecostal por um período de tempo suficientemente longo. Já é tempo de ver que Deus tem mais para nós, e de nos aprontarmos para entrar nessa dimensão.
O Sumo Sacerdote entrava neste lugar apenas uma vez por ano, e isso era no FIM do ano. O sangue do cordeiro da Páscoa não entrava aqui. Era para ser colocado nos batentes de cada casa, para tratar dos pecados do indivíduo. Mas no Dia da Expiação, não era com o indivíduo que ele tratava, mas com toda a nação. Assim, aquele pecado era inteiramente posto fora de ação. Ali no Santo dos Santos havia Vida. Era ali que Deus dissera que iria encontrar-se com o homem. Não havia morte nem doença, nem fracasso ali. Apenas a plenitude de Deus. Muito mais poderia ser dito acerca desse lugar, mas é suficiente dizer-se que tal lugar existe, e que está à nossa disposição. Faz parte do plano de Deus. Pare de permitir que o homem lhe diga que não há mais nada para você em Deus. Esse argumento tem impedido pessoas de entrar no primeiro véu, na verdadeira salvação, tem impedido de entrar no Batismo do Espírito Santo, e agora está impedindo alguns de entrar na plenitude de Deus. Certamente, eu sei que há um grupo que dará fruto a 30 por um nesta colheita. Há também o que dará 60. Mas se você realmente ama a Jesus Cristo tanto quanto diz, por que não desejar estar no grupo que dará 100 por um? Os 30 por um passam pelo primeiro véu, os 60 por um atravessam dois véus, mas se você deseja estar no grupo que produz 100 por um, precisará ir até o fim do caminho e romper o terceiro véu. Este é o grupo dos vencedores.

OS TRÊS BATISMOS
Aqui temos outro quadro figurando a mesma coisa. Israel teve três batismos. Cada um deles se relaciona com uma experiência que temos em Deus. I Coríntios 10:1-2 nos fala acerca de dois desses batismos (que é o ponto até onde temos chegado, até agora): “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar, tendo sido todos batizados, assim na nuvem, como no mar, com respeito a  Moisés”. Isto foi um batismo “com respeito a Moisés”. Esse batismo através do mar Vermelho tirou-os do Egito, e libertou-os da servidão e da escravatura. Foi nessa ocasião que eles comeram a Festa da Páscoa. Isto nos fala da experiência da salvação, a libertação da escravidão do pecado. Glória a Deus!
Eles foram batizados na Nuvem. Essa nuvem representa o Espírito Santo. Ela foi o Guia deles durante a jornada através do deserto. Ela foi para eles um Conforto contra o calor do sol do deserto. Ela propiciou chuva e frescor. Consistiu em proteção contra os seus inimigos. Como coluna de fogo, ela lhes deu luz nas trevas. Todas estas coisas o Espírito Santo faz por nós. Ser batizados na nuvem era para eles uma figura de ser batizado no Espírito Santo. Ela esteve com eles durante toda a jornada através do deserto. Glória a Deus!
Mas agora chegamos a um terceiro batismo. Da mesma forma como atravessar o Mar Vermelho a pé enxuto foi um batismo com respeito a Moisés, atravessar o Rio Jordão a pé enxuto foi um batismo com respeito a Josué. Um novo batismo. Sob nova liderança, ou novo ministério. Um novo povo; toda rebelião e incredulidade haviam desaparecido, enterradas no deserto. Veja como eles se prepararam para atravessar o Jordão. É o tempo da Colheita, o Jordão transborda pelas suas ribanceiras. É a época mais difícil para tentar atravessar, de maneira natural. Mas nós não estamos fazendo isto de maneira natural. O homem carnal tem que morrer. A mente carnal não pode operar. Isto precisa ser pelo Espírito.

POR ESTE CAMINHO NUNCA PASSASTES
Agora nós os vemos prepararam-se para atravessar o rio e entrar na Terra Prometida. Em Josué 3:1-4 vemos que eles se levantaram “de madrugada”. Um novo dia está nascendo. Os oficiais passam pelo acampamento, dando instruções. Todos devem fixar os olhos na Arca da Aliança. No versículo 4 eles instruem o povo: “Contudo, haja a distância de cerca de dois mil côvados entre vós e ela (a Arca). Não vos chegueis a ela, para que começais o caminho pelo qual haveis de ir; visto que POR TAL CAMINHO NUNCA PASSASTES ANTES”.
Há dois mil anos Jesus Cristo (a verdadeira Arca da Aliança) venceu as águas da morte, e entrou na Terra Prometida como nosso precursor. Ali Ele espera até  que o seu corpo o siga, e conquiste esta terra prometida, pondo todos os inimigos debaixo dos Seus pés. Veja, amado, o próximo movimento do Espírito não nos levará a um lugar de tranqüilidade como temos sido ensinados. Na verdade, nos levará a um lugar de grande conflito, mas com o poder para vencer todos os  inimigos. Satanás será amarrado, e todos os seus príncipes e demônios serão colocados em cadeias. Isto será honra para todos os santos de Deus (Salmo.149).
Tantas pessoas estão clamando por um reavivamento “à moda antiga”. Oh, não! Vejam amigos, aquilo a que Deus nos está levando agora, no fim desta era, nunca aconteceu antes. Nem para o nosso avô, nem para Paulo e Silas, nem para a Igreja primitiva. Por este caminho nunca passamos antes. Os judeus haviam estado debaixo da nuvem, sim. Haviam saído do pecado, sim. Mas ainda não haviam passado por este Jordão. Sei que alguns de vocês não gostarão disto. Mas vocês terão que lutar contra a Palavra de Deus, e não contra mim. Ela é bem clara. Deus o apresenta de maneira tão simples! Este é o nível da ilimitada medida de Deus. Romanos 12 nos diz que temos o Espírito por medida, temos fé por medida, e profetizamos de acordo com a proporção da fé que nos é dada. Mas em João 3:34 lemos de um outro nível: Pois o enviado de Deus fala as palavras dele, porque DEUS NÃO DÁ O ESPÍRITO POR MEDIDA”. O Espírito sem medida, a plenitude de Deus. A plenitude de Deus é necessária para nos fazer entrar em uma terra onde o inimigo vive. Será um tempo de guerra até que o vençamos, assim como Miguel batalhou contra o dragão e o venceu e já não se achou mais lugar para o inimigo. Ele foi expulso. Glória a Deus! Este é o terceiro batismo. Ele nos leva através do Véu, além do Jordão, para a Terra Prometida. Prepare-se.



JESUS CRISTO COMO SENHOR
Paulo disse que pregava a Jesus Cristo como Senhor. Isto inclui muita coisa. Inclui o seu absoluto domínio sobre a sua vida, isso é o Reino de Deus em nós. Este é o passo que precisa ser dado para que possamos andar neste terceiro nível do Espírito. Podemos ter nossos pecados perdoados, e ainda ter o homem carnal governando grande parte da nossa vida. Podemos até ter o Espírito, andar no nível do Pentecoste, e ainda andar pelo nosso próprio caminho. Paulo escreveu à igreja de Corinto, que era famosa por falar em línguas e pelos dons do Espírito, mas ele disse que eles ainda eram carnais, cheios de contendas, divisão e impureza. Parece terrível, e de fato é – mas é verdade. Alguns irmãos que falam em línguas e que receberam duas gloriosas experiências com Deus, são alguns dos cristãos mais carnais que eu conheço, cheios de contenda, ambição e incredulidade isto não deveria ser assim. Mas é.
Pregue a Jesus como Salvador, e o povo será salvo. Assim é. Eu tenho pregado  evangelisticamente em prédios, tendas, acampamentos, cadeias, hospitais, campo missionário estrangeiro, nas esquinas das ruas, em escolas, fábricas, lares, pelo rádio, e muitos outros lugares. Quando o povo ouve a mensagem de salvação, é certo que alguns serão salvos. Eu sei que isto é verdade.
Quando você prega a Jesus como Cristo, “o Ungido”, Aquele que batiza com o Espírito Santo, muitas pessoas serão cheias do Espírito. Tudo o que elas precisam fazer é ouvir a mensagem. Eu tenho pregado em vários lugares do mundo para o povo de Deus e sempre que você diz ao povo que Jesus é o Batizador, alguns se apropriaram da bênção a receberam. Falando à igreja, eu disse que eles poderiam receber o Espírito Santo e falar em línguas, e alguns o receberam. Por que é que muitos sinceros cristãos, nascidos de novo não têm o batismo? É por que eles não são suficientemente bons para recebê-lo? Claro que não são, e nem você é. Mas esta não é razão. Deus não dá o Espírito Santo para aqueles que são suficientemente bons. Ele dá aos que ouvem, crêem e obedecem (At.5:32). Eles não têm porque os seus pastores não pregam. Eles não pregam Jesus como o Cristo, o Ungido... o Batizador.
Por que será que muitas igrejas nunca vêem ninguém curado em seus cultos? Porque não pregam Jesus como Médico. Se eles pregarem cura, o povo será curado. “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”. A igreja prega cura, faz reuniões regulares de cura, e o povo recebe curas maravilhosas. Isto não é um monopólio pentecostal. Seja o que for o que você pregue que Jesus é, haverá resultados na vida do povo naquela área.
Paulo disse que pregava a Jesus como Senhor. Isto é da maior importância. Mais importante do que a cura do corpo físico. Para que Ele possa ser o Senhor absoluto de nossas vidas, ter domínio em Seu próprio Reino. Pois nós estamos no seu reino, e Ele é o nosso Rei e nosso Senhor. Nós O temos pregado como Salvador. Têmo-lo pregado como Batizador e Médico. E o povo tem dito alegremente: “Sim, Jesus, permitiremos que Tu leves os nossos pecados, e apreciamos a Tua cura para os nossos corpos, e a Tua provisão para as nossas necessidades, e o Teu enchimento com o Espírito Santo, mas daqui por diante faremos as nossas próprias decisões, e guiaremos o nosso próprio barquinho”. Não é esta mais ou menos a situação de muitas pessoas?
Mas chegou a hora de precisarmos pregá-Lo como Senhor. Pois Ele precisa ter um corpo sobre o qual Ele é Senhor, em tudo o que isto significa. Quando Jesus estava aqui na terra, o Pai tinha um Filho que atendia todo os Seus desejos. “Eu faço sempre o que Lhe agrada (ao Pai)”, disse Jesus. “Não seja como eu quero, e, sim, como Tu queres”. Ele andou nesse nível continuamente, e desta forma o Pai foi magnificado grandemente. Agora, Deus deu um corpo a Jesus, um Corpo feito de muitos membros. Um Corpo sobre o qual Ele deve ser o Senhor e Cabeça absoluto. “E toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai”. Este é o senhorio que estamos pregando. Pregamos a Jesus Cristo como Senhor. “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, são filhos de Deus”.
Nós O temos pregado e recebido como Salvador. Parece que muitos pregadores chegaram só até ai. “Liberte-se do pecado, venha para a igreja, pague o dízimo, seja um bom crente de acordo com nosso padrão, e é só. É tudo que há para você na terra. Mas outros O têm pregado como Cristo, o Batizador. Deram o segundo passo: “Seja salvo do pecado, receba o batismo e fale em línguas, receba o tipo certo de batismo nas águas, e está tudo resolvido”. Bem, esses dois passos são bons e necessários, mas não pare ai. Há mais uma coisa. Ele precisa ser do Senhor. Isto só pode sobrevir aos que atravessarem aquele terceiro véu, mediante a morte para o “eu”. O “eu” e Cristo não podem ser senhores ao mesmo tempo. O eu precisa morrer. Cristo deve dominar, supremo. Talvez você pensa que já chegou lá, e que tudo que há em você já está em sujeição à Sua vontade. Mas há áreas da sua vida que ainda não foram tocadas, e o eu ainda governa. Mas nós O pregamos como Senhor, e isto precisa produzir resultados. O povo atravessará esta última morte, e também esta ressurreição para a Sua Vida e Senhorio. Glória a Deus!

A SOBERANA VOCAÇÃO
“Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp.3:13-14). Paulo, com todo o seu conhecimento, consagração e realizações, conhecia que ainda não havia alcançado o alvo de Deus para ele. Ali estava ele, no fim do seu ministério, assentado em uma prisão, chegando ainda mais alto em Deus. Que acusação contra aqueles auto-satisfeitos doutores de teologia, que pensam que alcançaram a maturidade, e estão satisfeitos com o que têm. Paulo havia comido da Festa da Páscoa. Havia participado do Pentecoste. Mas reconhecia que havia algo mais para vir. E recomendava à Igreja constantemente que abrisse o coração e o entendimento para isso, a fim de ser cheia com TODA A PLENITUDE DE DEUS!
Como Paulo diz em Colossenses 1:26, estas coisas têm sido conservadas escondidas até a hora de serem reveladas. Ele viu estas verdades e escreveu acerca delas. Mas quando chegou a época da restauração, os homens não foram capazes de vê-las, até que o Espírito lhes abriu os olhos. Você não fica admirado por que Lutero nunca pregou acerca do batismo do Espírito, de falar em línguas, e dos dons do Espírito? Ainda não estava na hora disso. Por que Finney, Moody, Spurgeon, Calvino, e outros daquela época, não pregaram acerca de curas e milagres, de línguas e interpretação? Deus conservou estas mensagens em segredo até o tempo certo. Esses homens foram poderosos homens de Deus nas coisas que Deus lhes revelou. Mas quando chegou a hora da restauração do Pentecoste, homens pequenos e comuns, que não conheciam nem um décimo do que esses grandes estudiosos conheciam da Bíblia, entraram nesta dimensão, e começaram a pregar as verdades mais profundas do Espírito Santo. Isto aconteceu porque a porta, o segundo véu, foi aberta!
E agora, no fim desta época, está na hora de entrarmos no terceiro véu. Está na época de atravessar o Jordão. Você precisará orar a este respeito, agora que ouviu a palavra. O meu desejo sincero é que você saiba que ainda há muito mais para alcançar, esteja disposto a caminhar para este último nível em Deus. Eu poderia ter ficado quieto, e gozar desta revelação sozinho. Mas não. Ela não é para um indivíduo. É para o Seu Corpo. Deus vai Ter um corpo de pessoas que entrarão juntos nesta dimensão. Não tente me dizer que você já entrou, quando o corpo ainda não está lá. Se você atravessar este véu, será junto com o Seu Corpo. Isto nos levará a um conflito que o mundo jamais viu.
O Senhor, neste último dia, estará enviando os ministérios de fundamentos, apóstolos e profetas, para levar o corpo de Cristo a esta dimensão, a fim de que a igreja do Deus vivo seja revestida de toda a autoridade de Deus e, assim poder ser um instrumento em suas mãos destituindo o sistema da besta que governa a terra e implantando o novo sistema que governará o mundo, a justiça de Deus.
Nenhum cristão deve pensar que seremos levados para essa terceira dimensão, Festa dos Tabernáculos, para descansar ao contrário será um tempo “de confronto do Reino de Deus com o reino das trevas”. Neste tempo os salvos estarão revestidos do Espírito de Cristo, por isso estarão manifestando Cristo sobre a terra e, desta forma, os inimigos de Deus serão destituídos do governo da terra. Assim, a noiva e o Espírito vão poder trazer Jesus, a fim de que o último inimigo, a morte seja destruído, aí então, os justos reinarão com Jesus no milênio e eternamente sobre a terra.
                                                                                   
                                                                              Bill Britton

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