domingo, 2 de outubro de 2011

Elias e Eliseu

Elias  e  Eliseu


INTRODUÇÃO

            A história de Elias começa com julgamento sobre Israel pela sua apostasia e com os milagres de sobrevivência de um remanescente que não se curvou diante de Baal. Nós vemos em Elias “o profeta do fogo e da chuva”, o representante daqueles que irão desafiar as forças demoníacas e apóstatas das eras. Nos alegramos quando  percebemos o surgimento do ministério de Elias no remanescente de hoje para restaurar todas as coisas. Também devemos nos lembrar que este grande homem de Deus era sujeito às mesmas paixões que nós. Deus o conduziu, de um nível de futilidade e vitórias incompletas para um ministério que criou outros ministérios os quais mudaram o futuro. Eliseu, por sua vez, retrata a igreja profética desta hora. Ele foi dedicado e submisso a Elias e a sua busca pela porção dobrada do espírito de Elias é semelhante ao remanescente faminto de hoje, movendo-se nas obras maiores citadas em João 14:12: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.”
            Estas histórias são um banquete de exposição profética que cobre uma gama de revelação que levará o leitor, não apenas a se identificar com estes homens de Deus, mas também induzirá o crescimento da sua fé. À medida em que o leitor for levado às experiências que estes dois profetas vivenciaram, estará aprendendo lições valiosas relacionadas ao seu próprio caminhar e ministério.

DÁ - ME  O TEU  FILHO
Há muito medo no coração das pessoas hoje e elas querem saber o que está para acontecer no mundo. O justo sabe que a situação do mundo se tornará muito pior antes de melhorar, porque Deus está tratando com a terra. Nós estamos prestes a ver a maior visitação do Senhor que já aconteceu, enquanto o evangelho do Reino é pregado até aos confins da terra. O que está sendo feito por séculos, mas não se completou, será consumado em pouco tempo. Nós estamos crendo por nada menos que uma grande onda da maré que varrerá a terra. É tempo de acontecer uma nova trincheira.
            Quando o povo de Deus se move, é sempre um tempo de  muita dificuldade. É um tempo que corresponde ao julgamento direcionado a outros. Em outras palavras, o povo de Deus se eleva enquanto os outros sofrem um declínio. Nós profetizávamos quando a Babilônia parecia estar florescendo e prosperando enquanto nós, arduamente, nos mantínhamos dentro de um orçamento limitado. De    repente, os muros da Babilônia começaram a rachar e ela se encontrou em apuros. O mundo religioso hoje vive um problema tanto econômico quanto espiritual, mas o povo de Deus está entrando no período da maior visitação que já conheceu. I Reis 17 fala deste tempo como sendo de julgamento sobre o iníquo e de preservação miraculosa para o povo de Deus.
                “Então Elias, o tesbita, dos moradores de  Gileade, disse a Acabe: Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haverá nestes anos segundo a minha palavra. Veio-lhe a palavra do Senhor, dizendo: Retira-te daqui, vai para a banda do oriente, e esconde-te junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão. Beberás da torrente; e ordenei aos corvos que ali mesmo te sustentem. Foi, pois, e fez segundo a palavra do Senhor; retirou-se, e habitou junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão. Os corvos lhe traziam pela manhã pão e carne, como também pão e carne ao anoitecer; e bebia da torrente” (I Reis 17:1-6).
Sempre que Deus traz julgamento, Ele o faz através de um profeta dentre o Seu remanescente. Deus traz julgamento de acordo com a palavra do Seu povo. Nós precisamos compreender que a profecia não é apenas um veículo profético de Deus, mas é também um veículo criativo. Quando o Senhor deseja realizar algo, Ele ordena a um dos Seus profetas que profetize: “Profetize a Palavra do Senhor contra Tiro e Sidom. Profetize a Palavra do Senhor contra a Babilônia. Levante a sua voz contra o Egito”. O que causou a queda destas grandes nações? Os profetas eram homens perspicazes que tinham sua sensibilidade mística ou um conhecimento psíquico que os capacitava a predizerem os acontecimentos? Era algo além disso. Eles tinham mais do que uma revelação do Senhor sobre o que estaria por vir; eles traziam os acontecimentos à existência através da palavra profética.
            Ezequiel foi levado para o meio de  um vale cheio de ossos e profetizou a palavra do Senhor. Os ossos se juntaram e a carne e os tecidos se puseram sobre eles. Em seguida, ele profetizou ao Espírito para que assoprasse sobre aqueles mortos. Os ossos ressurgiram, tornando-se um exército extraordinário diante do Senhor (Ezequiel 37:1-10). Esta foi mais do que uma palavra profética, ela foi criativa, pois aqueles ossos encontravam-se empalidecidos e secos.
            Elias disse: “De acordo com a minha palavra. Não haverá chuva nem orvalho na terra até que Deus dê a palavra através de mim”. Nós temos uma grande responsabilidade pois quando nos levantamos e profetizamos contra a Babilônia, não estamos predizendo sua destruição, mas fazendo com que ela aconteça. Quando, pelo Espírito do Senhor bradamos:  “Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes participantes dos seus julgamentos” (Apocalipse 18:4), nós criamos a força que libertará os escravos da Babilônia e os capacitará a servirem ao Deus vivo.
                Elias, o tesbita, disse que não haveria chuva a não ser pela sua palavra. Deus disse: “Vá para a banda do oriente e esconde-te junto à torrente de Querite. Eu ordenei aos corvos que te alimentem ali”. Elias recebeu a mesma palavra do Senhor que nós recebemos. Quando Deus traz julgamento sobre a terra, nós não somos apenas os criadores deste julgamento; mas seremos também imunes a ele por causa da proteção que  o Senhor nos dá.
            Você alguma vez já pintou o chão e, de repente, se viu em um cantinho sem poder sair? É uma experiência frustrante. Você não deve fazer isso espiritualmente. Você não deseja profetizar os julgamentos do Senhor sobre a terra e ver você mesmo sob estes julgamentos. Como Elias, você deve encontrar sempre uma saída. Deus abrirá caminho para o Seu povo nos dias de julgamento.
            Elias foi à torrente de Querite e os corvos o alimentaram ali, como o Senhor havia ordenado. Elias poderia ter pensado: “Por que este riacho? Há melhores em qualquer outra parte que têm mais sombra e água. Se eu tenho que ficar escondido nestes dias de julgamento, seria melhor noutro rio. Este aqui não me parece muito agradável. Acho que vou para outro rio”. Elias teria passado fome se agisse desta forma, porque o Senhor havia ordenado aos corvos que o alimentassem no riacho de Querite.
            Não tenha dúvida de que a sua fonte de suprimento está onde Deus o envia. Ele dará ordens aos corvos que o alimentem ali. O seu sustento sempre estará no lugar para onde o Senhor ordenou que você fosse. Esteja certo disso. A abundância do Senhor está diretamente relacionada à obediência implícita à Sua Palavra. Nunca duvide ou hesite diante desta verdade.
Nós lemos nos versículos 7-9: “Mas  passados dias, a torrente secou, porque não chovia sobre a terra”. O julgamento finalmente alcançou Elias e ele se perguntou para onde os corvos e a água teriam ido. Elias pensou que o Senhor tivesse Se esquecido dele completamente. “Então, lhe veio a palavra do Senhor, dizendo: “Dispõe-te, e vai a Sarepta,  que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida”.
            Há uma linda lição nesta história. O Senhor lhe abençoará enquanto os julgamentos estiverem acontecendo à sua volta. Enquanto você estiver no topo da montanha, recebendo comida e água a cada manhã e noite, o resto do mundo estará sob julgamento. Ter provisão e benção no período de julgamento é uma forma agradável de se viver. Mas um dia você percebe que não tem mais aquela benção e que Deus secou o seu rio. Deus sabe que você não se moveria para a próxima benção se a última fosse boa o suficiente. Ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo; porque diz que o velho é melhor (Lucas 5:39). Todavia, quando alguém percebe que sua garrafa está vazia, sai à procura de mais, pegando tudo quanto puder.
            Quando a torrente de Elias secou e ele sentiu sede, o Senhor ordenou que ele fosse para Sarepta, onde encontraria uma viúva que cuidaria dele. “Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; chegando à porta da cidade, estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, uma vasilha de água para eu beber. Indo ela a buscá-la, ele  a chamou e disse: Traze-me também um bocado de pão na tua mão. Porém ela respondeu: Tão certo como vive o Senhor teu Deus nada tenho cozido; há somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e vês aqui, apanhei dois cavacos e vou preparar esse resto de comida para mim e para o meu filho; comê-lo-emos e morreremos.” (versículos 10-12).
Deus disse a Elias que tinha dado ordens a uma viúva que cuidasse dele, mas quando Elias chegou, ela não sabia de nada. Elias, teve que dizer a ela: “Não temas... Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da tua panela não se acabará, e o azeite da tua botija não faltará, até o dia em que o Senhor fizer chover sobre a terra. Foi ela e fez segundo a palavra de Elias; assim comeram ele, ela e a sua casa muitos dias. Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou; segundo a palavra do Senhor, por intermédio de  Elias” (versículos 13-16).
O milagre na torrente de Querite corresponde a um milagre de provisão em dias de julgamento. Mas aquele milagre teve que dar lugar a um outro - um milagre que tipifica o ministério do Corpo. Este milagre não acontece pelas forças da natureza e sim quando uma pessoa ministra a outra. Este milagre envolve outros. Deus está nos levando a uma interdependência que não será violada. Nós precisaremos muito uns dos outros nos dias por vir. Não seremos capazes de dizer a nenhum membro do Corpo que não precisamos dele (I Coríntios 12:21b). Nossa sobrevivência estará no milagre do funcionamento do Corpo. À medida em que crermos e servirmos ao Senhor juntos, haverá aqueles que terão o poder de multiplicar o pouco que o restante do Corpo tem; e eles, por sua vez, irão sobreviver por meio do milagre. Deus requer que nós carreguemos os fardos uns dos outros nestes dias. Ele quer que nós nos envolvamos uns com os outros e estejamos preparados para sermos a fonte de provisão e de libertação miraculosa para os nossos irmãos e irmãs.
            Muitos do mundo cristão não apreciam esta Palavra. Eles ainda se apegam a uma doutrina que não se comprova nem através de exemplos bíblicos nem da observação dos acontecimentos atuais. Esta doutrina afirma que os cristãos serão arrebatados antes que a tribulação venha, enquanto na verdade, ela já está sobre a terra há bastante tempo. Milhares de pessoas têm morrido na Rússia desde 1917 e quem sabe quantos milhares de cristãos têm morrido na China Comunista desde que os comunistas assumiram o poder. Os cristãos nestes países sabem que já estamos vivendo dias de grandes sofrimentos. Nós já estamos em tribulação na terra. Os julgamentos estão começando. Por um pouco, o príncipe das trevas parece prevalecer, mas, então, o julgamento será dado aos santos do Altíssimo e eles possuirão o Reino (Daniel 7:21-22).
            Nós cremos num arrebatamento, mas muitos cristãos não compreendem sua ordem cronológica. Eles esperam se utilizar do arrebatamento para se esquivarem dos demônios que estão vindo sobre a terra, mas o Senhor deseja que este arrebatamento seja uma culminação gloriosa de vitória para um povo que experimentou o fogo e a tribulação e que realizou e trouxe à luz a vontade de Deus na terra. Ele quer que esta experiência seja o apogeu de vitória gloriosa e final.
            Este episódio em que a viúva alimentou Elias é um lindo quadro do que Deus fará nestes dias. A viúva pobre tornou-se o instrumento de libertação do profeta. Provavelmente ele preferisse realizar o seu próprio milagre. Mas Deus não permitiu que fosse assim. Não foi permitido ao Senhor Jesus transformar as pedras em pães para satisfazer a Sua própria fome (Mateus 4:4). Nem tampouco será permitido que você realize um milagre para sustento próprio. Muitas vezes é um dos mais humildes do povo de Deus quem satisfaz a sua necessidade. Nunca despreze o canal da benção. Às vezes a maior benção que você pode receber vem das mãos gorduchinhas de uma criança que o toca para lhe abençoar. Não menospreze a fonte de bênçãos porque a interdependência que Deus está produzindo no Corpo é divinamente gerada.
            O apóstolo Paulo em muitas de suas epístolas suplicava ao povo que orasse por ele. Suas epístolas falam de como ele também orava pelo povo dia e noite. Deus não permite que nenhum homem seja auto-suficiente. Você é a fonte de provisão para o seu irmão e seu irmão é sua fonte de provisão. É assim que o Corpo funciona.
            Você pode estar se esforçando para chegar ao ponto de caminhar sozinho com Deus, mas você nunca conseguirá isso. Lembre-se do que Jesus disse a Pedro depois da ressurreição: “...quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres.” (João 21:18). A maturidade o coloca num ponto em que você não mais serve a si mesmo, nem tem direito sobre si mesmo. Quanto mais maduro se torna, mais você renuncia o direito sobre si mesmo.
            Quando um jovem se torna adulto, quer logo sair de casa e ser livre. Ele não quer mais estar sob o domínio dos pais. Ele sai de casa e arruma um emprego para se tornar completamente livre. Antes ele tinha casa e comida, roupa lavada e passada, contudo queria ser livre. Agora, ele tem que trabalhar duro. Antes ele saía com o carro do pai sempre que quisesse. Agora, ele tem que comprar o seu próprio carro e roupas e cuidar de si mesmo. Mas é livre e independente, podendo fazer tudo o que desejar. Ele pode namorar e casar com a garota que quiser. Considerando-se um homem livre, ele se casa. Então vêm os filhos, e, um dia, ele percebe que está completamente domesticado e submetido, não a uma vida de liberdade, mas a uma vida de interdependência.
            “Depois disto, adoeceu o filho da mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou tanto que ele morreu” (I Reis 17:17). Esta é a mesma mulher que apanhou dois gravetos para preparar o último bolo para ela e seu filho e porque ajudou a um profeta, ela foi abençoada e o alimento foi suprido. Mas, então, acontece uma tragédia: seu filho morre. “Então, disse ela a Elias: Que fiz eu, ó homem de Deus? Vieste a mim para trazeres à memória a minha iniquidade, e matares o meu filho?  ( versículo 18).
            Os cristãos podem, facilmente, serem dominados pela auto-condenação. Há legalismo em cada um de nós. Por causa da nossa formação temos geralmente a idéia: “Devemos; não devemos”. Mesmo quando as bênçãos do Senhor começam a vir, mesmo em meio a um doce sermão sobre o amor, nós ouvimos os trovões do Monte Sinai e ficamos temerosos e trêmulos porque sabemos que somos indignos. Por alguma razão, arrogantemente, ainda achamos que podemos ser merecedores das bênçãos de Deus e, por isso, quando descobrimos que somos indignos, caímos nas garras da auto-condenação.
            A viúva disse: “Vieste a mim para trazeres à memória a minha iniquidade”. É claro que esta mulher não foi uma pessoa tão boa em toda a sua vida como ela parece ser na história. Quanto a isso, não há ninguém, velho ou jovem, que possa dizer que tenha vivido sem pecado. A mulher sabia que algum dia a sua iniquidade seria lembrada e pensou que a morte do seu filho fosse a punição de Deus pelos seus pecados.
            Quando as coisas não dão certo na vida das pessoas, elas logo atribuem isso a um castigo de Deus. Os discípulos viram um mendigo cego e quiseram saber quem tinha pecado, o homem ou os seus pais, para que nascesse cego. Eles queriam culpar alguém. Jesus teve uma atitude diferente. Ele disse: “Esta não é a questão, mas para que se manifeste nele a glória de Deus” (João 9:1-3).
            O filho da viúva adoeceu e morreu e ela achou que Elias tivesse vindo para matar seu filho e fazê-la lembrar de todos os seus pecados. Como Elias reagiu a isto? “Ele lhe disse: Dá-me o teu filho”.
Você pode caminhar com Deus desfrutando de milagres, bênçãos e do sustento que Ele proporciona; mas, cedo ou tarde, Deus irá tratar com você de uma maneira drástica. Ele vai tirar de você algo que você pensa que é seu.
            A viúva havia perdido seu marido e tudo que lhe restou foi o seu filho, a quem ela se agarrou. Ela acusou Elias de tirá-lo dela. Ela pensou que ele tivesse vindo para destruir  a única coisa egoísta que ela tinha; aquele filho era o centro da sua vida. Ela não tinha mais nada para renunciar. Como ele era tudo o que ela tinha, isso fez com que ele se tornasse muito importante para ela. Mas o profeta lhe disse: “Dá-me o teu filho”. Qualquer dia, um profeta pode também dizer a você: “Dê-me seu filho”.

            Deus irá tratar com você e com sua família e o conduzirá a circunstâncias drásticas enquanto você se esforça para caminhar com Ele. Se você perguntar a Deus o que Ele quer de você, Ele dirá: “Dá-me teu filho”. Você acha que precisa de um milagre todos os dias apenas para sobreviver? Você não estaria nesta posição se não estivesse tentando andar com Deus. Você crê em Deus, caminha com fé, mas, de repente, se vê como um personagem de desenho animado, caminhando fora do penhasco sem perceber até que olha para baixo. E quando se dá conta de que não há mais uma montanha sob seus pés, você se despenca lá de cima. Você confia em Deus e Ele lhe sustenta todos os dias. Você O está seguindo e o seu “filho” é abençoado; mas, de repente, morre o seu filho e Deus diz a você: “Dá-me teu filho”.
            “...tomou-o dos braços dela, e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo se hospedava, e o deitou em sua cama; então, clamou ao Senhor e disse: Ó Senhor, meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho?” (versículos 19-20). Observe como Elias fez a pergunta: “... também até a esta viúva afligiste?” Ele presumiu que estivesse sobre si toda a sorte de calamidades.“E, estendendo-se três vezes sobre o menino, clamou ao Senhor e disse: Ó Senhor meu Deus, rogo-te que faças a alma deste menino tornar a entrar nele. O Senhor atendeu à voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu. Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto à casa, e o deu a sua mãe, e lhe disse: Vê, teu filho vive” (versículos 21-23). Por que Elias se estendeu sobre o menino três vezes? Isto simboliza a libertação tríplice que Deus quer trazer para nós: espírito, alma e corpo. As três vezes indicam que Deus não trará o tipo de ressurreição que seja uma reanimação do físico. Ele quer uma libertação total que envolva o ser por completo. Há um significado muito importante nisto.
            Um recurso desesperado trouxe uma libertação tremenda. Elias entregou o menino a sua mãe e disse: “Vê, teu filho vive. Então a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade” (versículo 24).
            O mundo enfrentará muitos julgamentos nos próximos dias, mas o Senhor pode prover uma forma de sobrevivência no meio do julgamento. Isto começa com os tratamentos de Deus com os nossos corações. Haverá uma provisão miraculosa. Deus criará meios de libertação quando o Corpo crer uns pelos outros.
Você enfrentará batalhas e tratamentos difíceis. Contudo, se não caminhar com Deus, se tornará uma vítima da fome. Ou você se submete às condições de libertação de Deus e aos Seus tratamentos, ou será um participante dos julgamentos que estarão na terra. Se você saltar da frigideira de Deus, cairá no fogo. Portanto, é melhor se submeter ao Senhor. O pior que possa lhe acontecer com Deus é muito melhor do que o melhor que possa lhe acontecer no mundo, pois mesmo os tratamentos do Senhor são cheios de misericórdia e bênçãos.
Você ficará surpreso com a capacidade de sobreviver, suportar e ser fiel que Deus irá criar em você. Em cada necessidade a Sua graça lhe será suficiente (II Coríntios 12:9). Em tudo o que lhe acontecer, Sua mão estará sobre você. Deus não vai realizar o milagre, mudando as circunstâncias em sua volta; o milagre será a mudança em você. Você irá sobreviver porque Deus lhe imparte graça e força. Uma coisa é andar na fornalha de fogo vestindo um traje anti-fogo especial preparado por anjos, mas outra completamente diferente é passar pelo fogo sem essas roupas especiais e com as mãos e os pés atados. Os três hebreus foram lançados na fornalha amarrados, mas eles saíram apenas com as amarras queimadas. Seus cabelos não ficaram chamuscados e nem cheiro de fogo passou sobre eles (Daniel 3:27). Deus deseja que você seja o milagre.
Quem são estes, Senhor? Estes são os que vêm da grande tribulação e lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro (Apocalipse 7:14). Que Deus nos dê graça para sermos Seu povo fiel e abra os nossos corações para vermos o que Ele quer.

O DIA DE FOGO E CHUVA
Deus tem enfatizado o ministério que surgirá na terra. Há muito o que aprendermos nas Escrituras sobre o ministério de Elias. Vejamos primeiramente o aparecimento de Elias no Monte da transfiguração em Mateus 17:1-13: “Seis dias depois, toma Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João, e os leva, em particular, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele (este aparecimento de Elias tem importância). Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas (tendas ou barracas sagradas como aquelas usadas na Festa dos Tabernáculos); uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis; vindo da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ou   (Mateus 17:1-5).
Você já se perguntou porque Pedro quis construir três tendas no topo daquela montanha? Quando Cristo foi transfigurado diante dele, houve uma associação na sua mente com os dias em que Deus tabernaculou com o povo no deserto, quando a nuvem de glória os guiava.
            “Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo. Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais! Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão só a Jesus. E, descendo eles do monte, ordenou-lhes Jesus: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem ressuscite dentre os mortos. Mas os discípulos o interrogaram: Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? (Observe que Elias deve vir primeiro). Então Jesus respondeu: De fato Elias virá e restaurará todas as cousas. Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do homem há de padecer nas mãos deles. Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista” (Mateus 17:6-13).
            Você está começando a compreender a importância do ministério de Elias? João Batista foi uma reencarnação de Elias? Poderíamos dizer que sim ou, então, que o espírito de Elias repousava sobre João Batista. E o espírito de Elias novamente irá repousar sobre as pessoas no final dos tempos, quando for chegado o dia da restauração de todas as coisas.
            Este é o dia da restauração. Tem havido mais verdade e experiência da Palavra restaurada nos últimos 400 ou 500 anos, especialmente dentro da última geração, do que em todos os anos desde os primeiros dias do Novo Testamento. A Idade Média foi marcada por um tempo de muita escuridão e ignorância para a Igreja, mas, nestes dias, o Senhor está restaurando os milagres, os sinais, os dons, as maravilhas, a compreensão clara das experiências de receber e ser cheio com o Espírito Santo e a antecipação do retorno do Senhor. Muitas coisas foram restauradas em nossa geração que a princípio eram um tanto falhas e excêntricas. Surgiram ministérios individuais de cura, mas a comercialização do dom levou à reprovação e ao descrédito; contudo, foi um passo para a restauração.
            Deus não está nos mostrando um caminho mais perfeito. O caminho do justo brilha mais e mais até ser dia perfeito (Provérbios 4:18). Isto não é verdade para o resto do mundo. O mundo está vendo a escuridão que está vindo sobre si, mas nós veremos o ministério de Elias restaurar todas as coisas. Esta é a razão pela qual é importante estudarmos o ministério de Elias e Eliseu. Estes são dias da porção dobrada. Isaías profetizou que sobre o remanescente do final dos tempos haveria uma porção dobrada do Espírito. (Isaías 61:7). Eliseu foi o profeta que pediu uma porção dobrada do Espírito que estava sobre Elias.
            Malaquias profetizou que Elias viria no final dos tempos. “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus  pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (ou com destruição). Malaquias 4:5-6. Elias e Eliseu foram, respectivamente, o profeta da restauração e o profeta da porção dobrada.

            O modo de vida de Elias tem se tornado muito real para o meu coração. Há alguns anos atrás, ter uma vida abençoada para mim implicava em ter uma casa confortável, um bom carro e dinheiro no banco. Quando passei a viver como um evangelista, indo de uma igreja a outra, deixei de ter uma casa permanente. Minha família morou umas vezes embaixo de igrejas, outras vezes em cima de igrejas, atrás de igrejas e ao lado de igrejas. Nós tivemos que criar o nosso próprio modo de vida e aprendemos o que é viver sacrificialmente. No meu coração eu ansiava por um estilo de vida em que todas as nossas necessidades fossem satisfeitas. Não era um desejo ganancioso. Eu só queria ter uma vida confortável. Mas à medida em que eu aprendia a caminhar com Deus no decorrer dos anos, todo o meu conceito a respeito de um bom estilo de vida mudou. O bem-estar e as necessidades da vida deixaram de ter preeminência no meu pensamento. Eu comecei, então, a me identificar com Elias. Elias tanto era capaz de viver no deserto como de ir até as pessoas e pregar a Palavra do Senhor para elas. Não fazia diferença para ele.
            Um deserto só é eficaz quando você se vê nele. Você está no deserto quando ele é uma experiência real para você. Algumas pessoas nunca sairão do deserto porque estão sempre protestando contra suas circunstâncias. Quando um homem pensa que não tem nada e que não é abençoado, ele se agarra às coisas, mas elas parecem escapar de suas mãos. Quando aprender a viver sacrificialmente o Senhor o abençoará. É necessário se livrar da idéia de que você precisa de conforto e segurança. O Senhor é a nossa segurança.
            Quando Elias saiu do deserto para proclamar a palavra de Deus é significativo ele não ter pensado em si mesmo como tendo estado num deserto. Ele foi um instrumento de Deus para trazer um julgamento de deserto para todo o mundo. Por três anos não choveu.
            Muito do que você experimenta está em sua mente. Se você acha que é abençoado e crê para ser abençoado, você será muito feliz. Algumas pessoas nunca serão felizes porque quando são tiradas do Egito - onde foram tratadas todos os dias como escravas - e colocadas no deserto, elas murmuram. Quaisquer que sejam as suas circunstâncias elas murmuram. Estas pessoas nunca serão abençoadas. Não importa o que você faça por elas, nunca estão satisfeitas. Outras já se regozijam no Senhor. Elas aprenderam que alegria e felicidade não dependem de circunstâncias externas, ao contrário, dependem de condições internas de seus espíritos para com Deus.
            Se o seu espírito é reto para com Deus, quaisquer que sejam as suas circunstâncias, você terá alegria. Se você pensa que só será abençoado depois que Deus resolver todos os seus problemas, você nunca será abençoado. Algumas pessoas são relutantes em confiarem em Deus. Elas estão sempre esperando que Deus resolva os seus problemas para então serví-Lo. Sirva a Deus agora. Permita que Ele ministre alegria e benção ao seu coração. Livre-se de toda murmuração e descontentamento e aprenda a viver com o Senhor nesta geração.
            Ao ler o jornal você se sente incomodado com o que está acontecendo na terra? Pare de ler o jornal se as notícias o afligem. Não desperdice seu tempo e energia se preocupando com as contas que tem que pagar e com tarefas que têm que ser feitas. Entregue tudo aos cuidados do Senhor com todo o seu coração, alma, mente e força, sem nenhuma reserva em seu pensamento. Aprenda a se entregar inteiramente a Deus. Simplesmente confie no Senhor e Ele fará o que Ele quer que seja feito.
            Há pelo menos seis capítulos na Bíblia dedicados ao rei Acabe. Outros reis, mesmo aqueles considerados bons, cobrem apenas a metade de um capítulo. Você pode querer saber o porquê de tantos capítulos serem devotados a um rei iníquo? A razão disto é que a história de Elias muitas vezes é associada com a história de Acabe. Deus dedica mais capítulos a homens como Elias, Josué ou Calebe do que com a criação. A história da criação é relatada em dois capítulos. Deus coloca a ênfase nos homens com os quais Ele se deleita. Esta deve ser também a perspectiva em nossa mente.
            “Muito tempo depois, veio a palavra do Senhor a Elias, no terceiro ano, (o terceiro ano de escassez, como registrado em I Reis 17:1) dizendo: Vai, apresenta-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra. Partiu, pois, Elias a apresentar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria. Acabe chamou a Obadias, o mordomo” (I Reis 18:1-3 a). Obadias era um administrador no reino e Acabe e Obadias percorreram a terra em busca de água para que não perdessem o gado, pois a seca se estendeu a uma proporção tão grande que os rebanhos e manadas estavam morrendo de sede.
            “Estando Obadias já de caminho, eis que Elias se encontrou com ele. Obadias, reconhecendo-o, prostou-se com o rosto em terra, e disse: És tu meu senhor Elias? Respondeu-lhe ele: Sou eu; vai, e dize a teu senhor: Eis que aí está Elias” (I Reis 18:7-8). Obadias temia tanto a Acabe que, a princípio, ele recusou a ordem de Elias, com medo de que quando Acabe voltasse Elias não estivesse mais lá. Pois, poderia acontecer de o Senhor levá-lo para outro lugar e Acabe, então, mataria Obadias. Mas Elias lhe garantiu que isto não aconteceria. “Disse Elias: Tão certo como vive o Senhor dos Exércitos, perante cuja a face estou, deveras hoje me apresentarei a ele” (versículo 15).
            Nós vivemos num dia em que os homens do mundo religioso têm diferentes títulos e diplomas. Geralmente são diplomas de indiferença e frieza. A graduação confere uma certa honra, mas não, necessariamente, significa que o homem seja um verdadeiro homem de Deus ou que tenha algo para oferecer. Eu sempre recomendo aos jovens que, tanto quanto possível, obtenham cultura e ensino. Mas toda a educação no mundo não capacitará algumas pessoas a descobrirem as áreas de sua própria rebeldia e ignorância.
            Elias e Eliseu tinham um diferencial. Eles não eram diplomados e nem chamados de “Reverendos”. Em II Reis 3:11, quando Josafá procurava por um profeta, um servo lhe disse: “Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias” (II Reis 3:11b). Esta é outra diferença. Eliseu não era identificado como tendo credenciais na escola de profetas ou como um homem eminente do meio religioso. Ele era o homem que despejava água sobre as mãos de Elias. Quem era Elias? Elias era aquele que permanecia na presença do Senhor (I Reis 17:1). Esta é uma boa credencial, a melhor que uma pessoa poderia ter.
            Quando você fala a Palavra do Senhor, sofre perseguições e rejeições como conseqüência. Mas não importa o que as pessoas pensam a seu respeito se, como Elias, você permanece de pé na presença do Senhor. Simplesmente permaneça na presença d’Ele. Se o Senhor o aceita e você está na Sua presença, o que mais você poderia pedir? Não seja melindroso e sensível. Não se esforce para que as pessoas pensem bem de você. Não perca seu tempo com isso. No que depender de você, viva em paz com todos os homens (Romanos 12:18).
            Nós devemos nos esforçar para vivermos em paz. No entanto, somos instrumentos escolhidos de julgamento, bem como instrumentos de graça. O Senhor pretende fazer algo tão rápido na terra que é impossível que a Palavra que ministramos permaneça nos livros até que outra geração se levante para crer nela e ensiná-la. Não há tempo para isto. Este evangelho do Reino tem que vir para testemunho (Mateus 24: 14). Ele tem que alcançar os confins da terra. Os homens irão se deparar com a Palavra e Deus os levará rapidamente a uma decisão. Em um período curto Deus irá tratar com os seus corações e eles terão que decidir se aquela é uma Palavra de Deus ou não.
            Às vezes você sente que a Palavra que recebe é demais para você? A Palavra vem e o domina por completo. Você a pondera e a pesa. Mas se você ama o Senhor e O busca, ela se torna uma revelação ao seu coração. Ela não é algo proclamado a você por uma abordagem de venda. Enquanto a Palavra vem, ela o surpreende e o abala. Entretanto, à medida que você abre o seu coração, Deus lhe revela que aquela é a Sua Palavra. E quando ela se torna uma revelação viva, você percebe que ela não vem de homem, mas do Senhor. Assim você se torna outro canal humano que proclama a Palavra do Senhor.
            “Então foi Obadias encontrar-se com Acabe, e lho anunciou; e foi Acabe ter com Elias. Vendo-o, disse-lhe: És tu, ó perturbador de Israel? Respondeu Elias: Eu não tenho perturbado Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os Baalins. Agora, pois, manda ajuntar a mim todo o Israel no monte Carmelo, como também os quatrocentos  e cinqüenta  profetas de Baal, e os quatrocentos profetas do poste-ídolo, que comem da mesa de Jezabel”  (I Reis 18:16-19). Asherah era a deusa da fertilidade e esposa de Baal. Antes do fim do dia, Elias matou os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal. Você pode pensar que Elias cometeu um assassinato em massa, mas os profetas de Baal, de acordo com a história, sacrificavam recém-nascidos continuamente. Aqueles quatrocentos e cinqüenta profetas foram os piores assassinos. Eles tinham que ser mortos porque perpetuaram a idolatria. Quando pensa naquelas criancinhas inocentes sendo sacrificadas, você começa a aprovar sinceramente o que Elias fez?
            “Então enviou Acabe mensageiros a todos os filhos de Israel, e ajuntou os profetas no monte Carmelo. Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-O; se é Baal, segui-o . Porém o povo nada lhe respondeu” (versículos 20-21). Elias não podia forçar o povo tomar uma decisão. Hoje a indecisão das pessoas a respeito das Palavras do Senhor é enorme. Elas repetidamente dizem que estão famintas pelo Senhor, mas será que estão mesmo? Quando são encurraladas e têm que decidir se ficarão na Babilônia ou caminharão com o Senhor, elas não sabem o que dizer. Elas vacilam entre duas opiniões.
            Eu ficava impressionado quando as pessoas falavam da sua grande fome por Deus. Muitos destes homens famintos vêm à noite para receberem a Palavra como Nicodemos. Eles a recebem com prazer como uma Palavra do Senhor, mas, ao raiar do dia, eles já terão ido. Na verdade, eles não querem a Palavra do Senhor; não querem pagar o preço. Aquele que deseja caminhar com Deus e ouvir a Sua palavra não pode tentar manter o favor dos homens. O temor ao homem não pode estar presente em seu coração.
Os dias de Elias foram dias de fogo e chuva. O povo precisava das duas coisas. Elias disse, “... o deus que responder por fogo esse é que é Deus” (I Reis 18:24). Agora observe como Elias procedeu ao tratar com o sacerdote, o ministro religioso do dia. “Disse Elias aos profetas de Baal: Escolheis para vós outros um dos novilhos e preparai-o primeiro, porque sois muitos, e invocai o nome do vosso deus; e não lhe metais fogo. Tomaram o novilho que lhes fora dado, prepararam-no, e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio dia, dizendo; Ah! Baal, responda-nos! Porém não havia uma voz que os respondesse; e, manquejando, se movimentavam ao redor do altar que tinham feito” (versículos 25-26). À margem vem escrito que eles mancaram. Por que mancaram? No ritual de dança deles era requerido que eles se cortassem para que saísse sangue.
            “Ao meio dia, Elias zombava deles, dizendo: Clamai em altas  vozes, porque ele é deus; pode ser que esteja meditando, ou atendendo a necessidades, ou de viagem, ou a dormir e despertará. E eles clamavam em altas vozes, e se retalhavam com facas e com lancetas, segundo o seu costume, até derramarem sangue. Passado o meio dia, profetizaram eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma. Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; Elias restaurou o altar do Senhor, que estava em ruínas” (I Reis 18:27-30).
            O primeiro passo em direção a restauração é a restauração do altar, da forma de buscar a Deus. Nós temos aprendido tanto sobre adoração, louvor e busca ao Senhor que talvez não nos lembremos o que seja querer romper em Deus e não conseguir fazê-lo. Deus já nos deu muito, mas não podemos ficar satisfeitos. Não temos todas as respostas. Potencialmente temos tudo no Senhor, mas precisamos nos estender e penetrar n’Ele. A revelação tem sido consistente e não há contradições nela. No entanto, nos dias que se seguem, nós precisaremos ter muito mais revelação e muito mais revelação do próprio Senhor. Nós temos andado no que Deus prometeu e continuaremos a caminhar em mais.
            Elias reparou o altar do Senhor, fez uma vala em redor do altar e ali colocou o novilho. Por três vezes Elias mandou que quatro cântaros de água fossem derramados sobre o altar e o sacrifício, até que toda a vala em volta do altar ficasse cheia d’água. Elias, então, começou a orar: “Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus, e que a ti fizeste retroceder o coração deles” (versículo 37). Esta oração mudou tudo naquele dia. Que esta seja uma lição para você em suas orações. Veja que foi uma oração curta, com menos de três linhas; ela focalizou os fundamentos. A oração do Senhor Jesus é curta; não feita de uma multidão de palavras. No entanto, se você fizesse a oração do Senhor com muita meditação, você poderia gastar toda uma noite. Numa oração o importante não é o quanto tempo se gasta, mas como você declara a vontade de Deus com uma fé autêntica em seu coração.
            “Então caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego (imagine o fogo queimando a água!). O que vendo todo o povo, caíram de rosto em terra e disseram: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! Disse-lhes Elias: Lançai mão dos profetas de Baal, que nem um deles escape. Lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom, e ali os matou” (I Reis 18:38-40).
            Não foi apenas um dia de fogo, mas foi também um dia de chuva. Elias disse ao rei que uma chuva forte estava para cair. Elias subiu até o topo da montanha, se encurvou e colocou o rosto entre os joelhos. Esta façanha não deve ter sido fácil para um homem idoso. O corpo de Elias devia ser muito saudável.
            Por sete vezes Elias mandou que o seu servo saísse a ver uma nuvem, até que finalmente viu uma nuvem pequena como a palma da mão do homem. Elias, então, lhe disse: “Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro, e desce, para que a chuva não te detenha. Dentro em pouco, os céus se enegreceram, com nuvens e vento, e caiu grande chuva. Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel. A mão do Senhor veio sobre Elias, o qual cingiu os lombos, e correu adiante de Acabe, até a entrada de Jezreel” (I Reis 18:44b-46). Esta também foi uma tremenda façanha! O rei tinha uma carruagem e, provavelmente, os melhores cavalos do reino, mas o profeta passou adiante dele, até a entrada da cidade. Eu posso imaginar a expressão insolente no rosto de Elias quando os portões se abriram e ele se curvou ao rei apóstata.
O restante da história é triste, uma história de transição. Após uma vitória, freqüentemente, descobrimos áreas de derrotas em nossos corações que nos impedem de avançarmos para a próxima vitória. Deus precisa tratar com estas áreas para que possamos prosseguir, tornando-nos conquistadores maiores no Senhor.
Nestes dias, um grupo de pessoas está surgindo com o espírito de Elias sobre elas. Eu gosto de me referir a elas como sendo a “Companhia de Elias”. O próprio espírito de Elias parece estar na terra, apoderando-se do remanescente de Deus, fazendo-os corajosos como Elias e dando-lhes uma Palavra do Senhor. Eles são instrumentos nas mãos do Senhor para uma distinção clara entre o seguidor ímpio do Cristianismo e o que Deus realmente quer fazer. Não pense que Deus está julgando apenas os chamados não cristãos. Os apóstatas que O conheceram e voltaram atrás também são alvos dos Seus julgamentos. Esta era se encerrará com duas coisas: o julgamento que irá vindicar o Senhor e Sua presença que irá impartir uma porção dobrada a esta Companhia de Elias.
O QUE  VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?
O ministério de Elias se divide em duas etapas. Um período que se encerra debaixo de um pé de zimbro e outro que se inicia ali. A história desta mudança no ministério de Elias está em I Reis 19. “Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito, e como matara todos os profetas à espada. Então Jezabel mandou um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles.” I Reis 19:1,2. Jezabel estava para receber exatamente o que ela pediu. Elias profetizou que ela morreria de uma tal maneira que o povo não poderia dizer: “Aqui está Jezabel”, pois seu corpo se transformaria em esterco para o campo.
            Neste ínterim, contudo, Deus tinha algumas coisas para ensinar a Elias. “Temendo, pois, Elias, levantou-se e,  para salvar sua vida, se foi e chegou a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço. Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais.” Elias não estava dizendo que ele queria ser melhor do que seus pais, mas ele sentia que se ele estivesse realmente se movendo em Deus, as vitórias que ele operaria seriam definitivas. Ele havia matado 450 profetas de Baal, mas ao invés disso ser uma vitória cabal e definitiva, Jezabel o estava perseguindo para matá-lo. Nós, assim como Elias, não queremos meramente mais uma vitória; queremos a vitória final. Elias destruiu os profetas de Baal no Monte Carmelo, mas depois foi perseguido por Jezabel. Nós também gostaríamos que nossas vitórias fossem mais completas. Este episódio na vida de Elias é análogo à maneira como os profetas de fogo de Deus nos fins dos tempos chegarão a um lugar de uma exaustão tão grande que saltarão para as obras maiores. I Reis 18 narra a história da destruição total de 450 profetas de Baal e então esperamos que o capítulo 19 se inicie com Elias em um alto nível espiritual. Em um sentido isto é verdade pois a motivação e dedicação de Elias atingem um novo plano.
            Muitas vezes, antes que Deus possa trazer-nos a um novo nível, ele seca o nível anterior. Elias teve esta experiência junto à torrente de Querite. Os corvos o alimentavam e a torrente o refrescava, enquanto o resto do mundo estava em fome. Tudo estava bem até que a torrente se secou. Muitas pessoas se perguntam porque suas torrentes se secaram, porque atingiram a exaustão ao ponto de não poderem se mover. O Senhor nos impele de uma glória a outra. De outra maneira, ficaríamos contentes em permanecer na primeira glória (se ela não se secasse). Nós permaneceríamos no mesmo nível e não nos aproximaríamos mais do Senhor. Assim, é necessário que Deus seque o nível em que estamos para que comecemos a buscá-lo. Você pode estar buscando ao Senhor e a Palavra pode parecer viva para você quando, de repente, você chega a um impasse. As Escrituras parecem se fechar para você. Você não consegue orar ou adorar ao Senhor. Este é o momento de romper e buscar a Deus de todo o seu coração. Ele secou a torrente para que você possa atingir uma glória maior.
            No início do capítulo 19,  Elias estava desencorajado e exausto. Isto não é uma indicação de que Elias era um fracasso, apesar dele mesmo interpretar a situação assim. Ao contrário, era uma indicação de que o Senhor tinha algo melhor para ele. Depois deste tempo de desencorajamento, Elias criou três importantes ministérios: ele ungiu Hazael rei sobre a Síria, Jeú rei sobre Israel e Eliseu, filho de Safate, profeta em seu lugar. Estes três ministérios que Elias ungiu entraram em um nível de ministração que ele não conhecia antes.
            “Deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou, e lhe disse: Levante-te, e come. Olhou ele, e viu, junto à cabeceira um pão cozido sobre pedras em brasa, e uma botija de água. Comeu, bebeu, e tornou a dormir. Voltou segunda vez o anjo do Senhor, tocou-o e lhe disse: Levanta-te, e come, porque o caminho te será sobremodo longo.”   Vers. 5-7. Estas duas refeições são outro exemplo da porção dobrada. As virgens que entram na festa das bodas são aquelas que têm óleo em suas lâmpadas - uma porção dobrada (Mateus 25:1-3). Aqueles que entrarão na vitória de Deus não são aqueles que têm resquícios de uma antiga experiência ofuscada em suas consciências, mas sim aqueles que têm algo fresco e vivo - uma porção dobrada.
“Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus. Ali entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do Senhor, e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?” Vers. 8 e 9. O Senhor não estava falando de uma posição geográfica. Ele estava perguntando onde Elias estava espiritualmente. Deus perguntou a Elias o que ele estava fazendo ali. Elias entendeu a pergunta. “Ele respondeu: Tenho sido zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.” Vers. 10.  Somos posicionados através de nossa atitude com relação a Deus. Estamos próximos do Senhor ou longe d’Ele, conforme a atitude que temos com relação a Ele. Ele quer que nos cheguemos a Ele (Tiago 4:8). O Senhor está mais próximo do que nossa própria respiração, mas podemos permanecer longe d’Ele em nossa atitude. Precisamos aprender a praticar Sua presença através da nossa abertura para Ele.
“Disse-lhe Deus: Sai, e põe-te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante dele, porém o Senhor não estava no vento; depois do vento um terremoto; mas o Senhor não estava no terremoto; depois do terremoto, um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo um cicio tranqüilo e suave. Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?” Vers. 11 a 13. Primeiramente vieram os atos de Deus sem uma revelação de Deus neles. Nestes dias, o Senhor fará acontecer muitas coisas na terra, mas não haverá necessariamente uma revelação d’Ele nestas coisas. Haverá atos de julgamento mas o Senhor não se revelará àqueles que estarão sendo julgados. Deus está falando nestes dias. Enquanto todas as coisas que Ele tem falado vêm à luz, Ele fará acontecer algo através do que Ele se revelará a você. “Ele respondeu: Tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.”  Elias repetiu a mesma resposta. “Disse-lhe o Senhor:  Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e, em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. A Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei sobre Israel, e também Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.”  Vers. 14 e 16. Então o Senhor mostra a Elias que ele não estava sozinho em sua devoção a Ele. “Quem escapar à espada de Hazael, Jeú o matará;  quem escapar à espada de Jeú, Eliseu o matará. Também conservei em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.”
Depois disso Elias entrou no período mais frutífero de seu ministério. Este período caracterizou-se não pela realização de milagres propriamente seus, mas pela criação de ministérios que efetuariam os julgamentos de Deus. Não há nada maior para um homem de Deus do que atingir aquele nível de dedicação no qual o que importa não é ele próprio realizar proezas, mas sim criar homens que irão fazê-lo.
Quanto a Jezabel, que em sua arrogância queria destruir Elias, teve um julgamento drástico e definitivo, que veio através das mãos de Jeú, um dos ministérios que vieram à luz através de Elias no maior período de seu ministério. Quando Jeú chegou ao palácio, Jezabel pintou seus olhos e face e olhou pela janela. Jeú ordenou que ela fosse lançada de lá abaixo e, quando ela caiu, seu sangue salpicou a parede. Sendo ela filha de rei, Jeú determinou que fosse sepultada decentemente, mas o que se pôde achar dela foram apenas a caveira, os pés e as palmas das mãos. Os cães a haviam comido. Elias havia profetizado que ela serviria de esterco ao campo (II Reis 9:30-37). Os cães comeram o seu corpo e o excremento dos cães nas ruas se tornou o esterco no campo. Deus tem uma maneira de trazer um fim àqueles que se opõem à Sua Palavra.
O Evangelho do Reino será pregado para os confins do mundo. Haverá companhias apostólicas levando a Palavra e escolas de profetas sustentando as companhias apostólicas. Um grande auditório com grandes multidões não é importante. Trazer à luz profetas dedicados e ministrar a ministérios fiéis que têm sobre si o chamado de Deus e a consagração para preparar-se para este ministério dos fins dos tempos traz contentamento para o coração de um pastor.
I Reis 19 termina com o chamado de Eliseu. Elias lançou sobre ele o seu manto e Eliseu disse. “ Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei. Elias respondeu-lhe  Vai, e volta; pois já sabes o que fiz contigo. Voltou Eliseu de seguir a Elias, tomou a junta de bois (com a qual ele estava arando), e os imolou, e  com os aparelhos dos bois cozeu as carnes, (os aparelhos eram de madeira) e as deu ao povo, e comeram. Então se dispôs e seguiu a Elias, e o serviu Versículos 20 e 21. Foi uma festa de despedida. Nós também devemos dizer um adeus definitivo a todos os outros interesses e determinar a seguir o Senhor por onde quer que Ele vá, para toda a Sua plenitude.

O MANTO DO PROFETA

Em I Reis 19, vemos como a unção veio sobre Eliseu. Este aprendizado é básico para o caminhar que Deus está trazendo ao Seu povo na terra.
            “Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodécima. Elias passou por ele, e lançou seu manto sobre ele. Então deixou este os bois, correu após Elias, e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei. Elias respondeu-lhe: Vai, e volta; pois já sabes o que fiz contigo. Voltou Eliseu de seguir a Elias, tomou a junta de bois, e os imolou, e com os aparelhos dos bois cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então se dispôs e seguiu a Elias, e o servia” (I Reis 19:19-21).
            Ao ler esta história, você pode não entender de imediato a dedicação de Eliseu quando ele começou a servir ao Senhor. O Senhor testa a nossa dedicação como testou a de Eliseu. Quando Jesus passou por alguns pescadores que consertavam suas redes, Ele disse: “Sigam-me” e continuou andando (Mateus 4:19). Eles tiveram que deixar tudo e segui-Lo. Numa outra vez, Jesus passou por um coletor de impostos que fazia o seu trabalho à beira de uma estrada e lhe disse:  “Siga-me”. (Mateus 9:9). Isto não significa que Deus não prepara os nossos corações. Mas Ele prepara os nossos corações para o momento em que nos manda segui-Lo. Portanto, no período de um dia muitas coisas têm que acontecer.
            Eliseu, que deve ter sido um lavrador próspero, era um homem de temperamento oposto ao de Elias. Elias vivia uma vida solitária no deserto, mas Eliseu, preferindo as cidades, morava em lugares como Samaria e Gilgal. Ele era um associado dos reis e de muitos homens nobres. Naquela época, Eliseu era, provavelmente, um dos lavradores mais prósperos da região. Observe que ele tinha doze juntas de bois arando a terra e ele estava com a décima-segunda. Isto corresponderia hoje a um homem que tivesse vários tratores trabalhando no campo ao mesmo tempo.
            Elias, que se vestia com toda simplicidade e que nunca cortou os cabelos, passou por Eliseu, jogou-lhe o seu manto e continuou andando. Esta ação teve um significado especial e o manto representa um papel importante novamente em II Reis 2. O manto de Elias significava um ministério e responsabilidade. Elias, na verdade, estava perguntando se Eliseu queria assumir a responsabilidade. Então Eliseu disse: Deixa-me primeiro ir beijar a meu pai e a minha mãe. Elias respondeu: “O que eu fiz contigo?” Entretanto, concordou em esperá-lo.
            Veja a rapidez com que Eliseu então se moveu. Ele matou os seus bois e usou os aparelhos dos bois para fazer fogo e assar a carne. (Os apetrechos agrícolas eram feitos de madeira, pois aqueles não eram dias muito distantes da idade da pedra e nem muito próximos da idade do metal. Metais eram muito preciosos, por isso a madeira tinha que ser cuidadosamente enrijecida pelo fogo para ser usada. Às vezes as ferramentas utilizadas para se cortar a terra eram feitas da bifurcação de uma árvore. Contudo, era difícil encontrar a árvore que produzisse essa madeira apropriada, a madeira mais dura, especialmente na Palestina). Depois de assada a carne, Eliseu a deu ao povo e seguiu a Elias.
            É necessário dedicação para se fazer isso. Quando Deus o coloca em uma posição onde a sua dedicação é desafiada, não escolha entre o pior que o Senhor tem para você e o melhor que o mundo tem para lhe oferecer, escolhendo o Senhor de forma relutante. Quando escolher andar com o Senhor, faça-o irrevogavelmente, sem outras alternativas. Tenha a dedicação de Rute: “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu, e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra cousa que não seja a morte me separar de ti” (Rute 1:16-17). Esta é a dedicação que devemos ter ao Senhor. Não aceite outra alternativa. A dedicação precisa ser irrevogável.
            Elias ministrou por  aproximadamente  vinte e cinco anos antes que o Senhor o tomasse para Si. Eliseu, o profeta da  porção dobrada, ministrou cerca de cinqüenta anos. Eliseu teve uma porção dobrada até mesmo em anos. Por setenta e cinco anos os malfeitores em Israel foram atormentados por estes dois profetas e todas as suas conspirações foram frustradas. Há um relato em I Reis 21, envolvendo Elias. O rei Acabe queria um lindo campo que pertencia a um homem chamado Nabote, e ficou muito indignado porque Nabote não quis lhe vender o campo. Nabote lhe disse: “Guarda-me o Senhor de que eu dê a herança de meus pais” (I Reis 21:3b). Os ricos podiam cobiçar toda a terra, mas a partilha da terra de Canaã não permitia que eles a possuíssem. Eles podiam comprá-la, mas só teriam um período de arrendamento. Quando chegasse o ano do Jubileu, a terra retornaria aos donos naturais.

            Nabote não podia entregar a terra que pertencia a seus pais, nem mesmo para o rei Acabe, pois Deus assim havia determinado. Então, Jezabel, esposa de Acabe, providenciou a destruição de Nabote. Ela conseguiu dois homens que mentissem sobre ele diante do povo para que o apedrejassem. Nabote morreu e Acabe desceu para a vinha para tomar posse dela. Enquanto andava pela vinha Elias apareceu e ele lhe perguntou: “Já me achaste, inimigo meu?” Elias respondeu: “Achei-te”, e começou a declarar julgamentos sobre o rei. O ministério de julgamento de Elias retornará neste dia.
            (II Reis 2:1-2). “Quando  estava o Senhor para tomar Elias ao céu por um redemoinho, Elias partiu de Gilgal em companhia de Eliseu. Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Betel. Respondeu Eliseu: Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não te deixarei. E assim desceram a Betel.” Você deve ter percebido que  Betel, Gilgal, Jericó e Jordão, todas tinham o que nós chamamos de escola de profetas. A primeira delas teve início em Ramá, sob a direção de Samuel (I Samuel 19:20). Deus está novamente trazendo à luz a escola de profetas com o espírito de Samuel. É fundamental que um profeta tenha treinamento básico. Eliseu foi treinado, pois lemos sobre as suas credenciais em II Reis 3: “Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias” (II Reis 3:11b). Ele simplesmente não se separava de Elias e cuidava dele, cozinhando e fazendo tudo que  podia para ele. Entretanto, através deste relacionamento ele absorveu o que era ser um profeta, tornando-se um profeta  poderoso.
            As igrejas enviam seus jovens para os seminários, só para vê-los retornarem desprovidos do fogo e da visão que inicialmente eles tinham. Poucos retornam com o verdadeiro ministério que a princípio foram chamados para exercer. Eles saem do seminário como se houvessem sido produzidos numa linha de montagem de uma fábrica. Sabem conduzir uma escola dominical e aprenderam certas doutrinas e organização que os impedem de prosseguirem na verdade. Não deveria ser assim. Um Timóteo deve estar ligado a um Paulo. Um Eliseu deve andar junto com um Elias. Esta é a maneira deles aprenderem e se moverem. E é desta forma que a escola de profetas está surgindo novamente.
            Os discípulos dos profetas e as várias escolas eram instruídas por Eliseu. Observe como estes profetas tinham percepção. “Então, os discípulos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a tua cabeça? (Eles estavam sintonizados com a situação e foram capazes de predizer o que iria acontecer) Respondeu ele: Também eu o sei; calai-vos. Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Jericó. Porém ele disse: Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não te deixarei. E assim foram a Jericó. Então os discípulos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a tua cabeça? Respondeu ele: também eu o sei; calai-vos. Disse-lhe, pois, Elias: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não te deixarei. E assim ambos foram juntos. Foram cinqüenta homens dos discípulos dos profetas, e pararam a certa distância deles;...” (II Reis 2 :3-7). Estes profetas estavam sintonizados com o que Deus estava fazendo.
            Nestes dias, os discípulos dos profetas encherão a terra novamente. Algumas pessoas aspiram ver grandes igrejas com milhares de membros. Eu espero ver mil verdadeiros profetas movendo-se em toda a terra, amarrando principados e potestades, impedindo as ações de Satanás e liberando o povo do Senhor. As estrelas e as listras de nossa bandeira não precisam ser difamadas ou derrubadas. Deus levantou esta nação como a maior fonte de missionários para o mundo. Embora haja materialismo excessivo, no entanto, há pessoas com uma visão. Deus tem nos dado uma visão e revelação deste caminhar com Ele e seja qual for o país em que estivermos, precisamos carregar este fardo, para que possamos ser o sal daquela terra e vejamos aquela nação preservada (Mateus 5:13).
            As profecias que indicam que uma nação cairá dentro de um certo período de tempo estão relacionadas com o arrependimento do povo. Jonas trouxe a profecia: “Em quarenta dias Nínive será destruída” (Jonas 3:4). Mas o povo se arrependeu e a cidade subsistiu por quase duzentos anos antes da sua destruição. Deus é imutável (Malaquias 3:6). Ele não muda. Contudo, se as pessoas mudam, os tratamentos de Deus com elas mudam. Senhor, dá-nos o poder para ministrarmos a Palavra para esta nação.
            Os discípulos dos profetas disseram a Eliseu: “O Senhor tomará Elias de você hoje.” Elias também lhe disse: “Fica-te aqui enquanto eu vou para onde o Senhor me envia”. Mas Eliseu insistiu: “Eu também vou”. Porque Elias, o maior homem de Deus naquele tempo, tentou desencorajar Eliseu ao pedir que ele ficasse? Para entendermos isto primeiro é necessário compreendermos a forma como Deus se move. A verdadeira fé não se desenvolve à custa de encorajamento. Na verdade ela nunca é testada se está constantemente sendo sustentada pelo encorajamento. Embora devamos encorajarmo-nos uns aos outros, não é desta forma que a fé é testada. Se há sempre alguém pronto a nos ajudar com as nossas feridas e a espantar nossos temores para nos encorajar, nossa fé nunca é desafiada a crescer.
            Quando Deus lhe dá uma palavra e você começa a andar nela, Ele joga uma montanha no seu caminho. Você, então, deverá decidir o que fazer com aquela montanha. É maravilhoso receber uma profecia; você mal consegue esperar para andar nela e vê-la se cumprir. No entanto, se o Senhor lhe der uma Palavra para ir à esquina comprar um jornal, o inferno vai se levantar para impedir que você consiga este jornal. Deus não tem a intenção de que Suas profecias sejam realizadas pelas habilidades naturais e sabedoria do homem. O Senhor lhe dará uma profecia, mas você deverá se apropriar da Sua graça para que o seu cumprimento se dê por um esforço ungido, inspirado e efetuado por Deus. “... porque todas as nossas obras tu as fazes por nós” (Isaías 26:12). Ele as tem realizado todas, não apenas parte delas, porque elas não podem ser feitas por uma habilidade natural.
            O apóstolo Paulo rejeitou sua própria habilidade natural. Imagine Paulo, que tinha sido um membro do Sinédrio com tantos talentos, escrevendo para uma igreja: “E foi em fraqueza, temor e  grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana e sim no poder de Deus” (I Coríntios 2:3-5). Paulo não quis convencer as pessoas a respeito da fé, usando a  eloquência. Se alguém é capaz de persuadi-lo a ter fé em Deus, outra pessoa pode convencê-lo do contrário. Se a fé vem ao seu coração como uma revelação de Deus, em palavras ungidas e inspiradas pelo Espírito Santo, você permanece.
            Nós não estamos promovendo um outro programa na terra; nós estamos proclamando a Palavra de Deus pela unção do Espírito Santo. Deus a está fazendo queimar nos  corações de homens que têm vivido um nível de dedicação e sacrifício incomparável. Deus está acabando com este sistema e exigindo de nós um novo nível de dedicação.
            O desencorajamento é necessário na dedicação. Assim que você começa realmente a se mover bem no Senhor, Ele permite uma situação que parece ser desanimadora. No entanto, ao olhar para trás, você percebe que ela foi um fator que contribuiu para o fortalecimento da sua fé. As pessoas buscam palavras de encorajamento, mas elas se lembram das provações.
            No Reino, após a primeira ressurreição, conversaremos com todos os santos. Imagine como será sentar-se com Abraão no Reino. Imagine  Daniel nos falando tudo sobre aqueles sórdidos leões: “Olha, eu tinha quase 98 anos de idade quando me jogaram na cova dos leões. Eu simplesmente andava onde estavam aqueles leões e confiava em Deus”.
            “Bem, nós não queremos ouvir sobre isto, Daniel. Conte-nos sobre a visão que você teve das setenta semanas”.
            “Espere um pouco, eu quero lhes contar sobre os leões”.
            “Mas, Daniel, gostaríamos que você nos esclarecesse sobre as visões das bestas e tudo o que viu”.
            “Esperem um minuto, eu quero falar para vocês acerca daqueles leões. Eu comecei a andar entre eles e eles começaram a farejar...”.
            Suponha que os três hebreus estejam sentados à mesa de Abraão no Reino e nós digamos: “Ah, vocês estavam entre os cativos que foram escolhidos pelas qualidades superiores que apresentaram. Gostaríamos de saber como é ser administrador de um grande reino”.
            “Bem, eu vou lhes contar da vez quando foi-nos mandado curvarmo-nos perante aquele ídolo feioso e porque nós não o fizemos, eles nos lançaram numa fornalha de fogo”.
            “Sim, nós sabemos, agora diga-nos como era ser um administrador”.
“Espere até que eu termine de contar sobre a fornalha. Vocês não têm idéia do quanto estava quente. As chamas do fogo mataram os homens que nos ataram quando abriram a porta para nos lançarem para dentro”.
            “Só um instante, gostaríamos de saber sobre a sua relação com Daniel. Como começou?”
            “Primeiro eu preciso lhes falar o que aconteceu quando fomos jogados na fornalha. Esta estava sete vezes mais quente do que jamais esteve antes no momento em que nos atiraram para dentro dela”.
            As pessoas vão falar das experiências que desafiaram a sua fé, tornando-a mais forte. Por três vezes Elias disse a Eliseu para ficar onde estava porque ele iria para outro lugar. Muitos pregadores iriam recuar se um profeta lhes dissesse algo semelhante, mas Eliseu foi persistente. Ele, provavelmente, pensava: “Se eu vou caminhar com este homem, ele deve querer que eu caminhe com ele”. Nós podemos ficar perdidos em meio a tantos pensamentos confusos sobre tais situações, que poderíamos desejar que Deus provesse um meio de separar o nosso intelecto do nosso coração. A Palavra não diz: “Confia no Senhor com toda a sua inteligência”. Ela diz: “Confia no Senhor  de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Provérbios 3:5).
            Na submissão que Deus nos ordena somos posicionados na ordem divina, onde devemos andar por fé, simplesmente aceitando o que Deus disse. Logo vemos aquilo transformar-se em realidade. Mas, por fé nós cremos que logo todos os nossos problemas também serão resolvidos. Aquele será o dia do qual o Senhor disse: “Naquele dia, nada me perguntareis” (João 16:23a). Por anos eu guardei em meu coração muitas questões importantes, esperando uma oportunidade para falar com o Senhor sobre elas. Entretanto, quando o Senhor se revelou a mim, nenhuma delas teve mais importância para mim.
            “Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te que me toque por herança porção dobrada do teu espírito”. Embora pareça arrogante, Elias sabia que a unção do Senhor estava sobre ele; portanto, Eliseu (que o havia seguido e lavado as suas mãos) estava pedindo uma porção dobrada. “Tornou-lhe Elias: Dura cousa pediste. Todavia se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não me vires, não se fará”.
            “Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando as suas vestes, rasgou-as em duas partes. Então, levantou o manto que Elias lhe deixara cair e, voltando-se, pôs-se à borda do Jordão. Tomou o manto que Elias lhe deixara cair, feriu as águas e disse: Onde está o Senhor, Deus de Elias? Quando feriu ele as águas, elas se dividiram para uma e outra banda, e Eliseu passou. (Durante todo tempo os filhos dos profetas ficaram ali). Vendo-o, pois, os discípulos dos profetas que estavam defronte, em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. Vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra” (II Reis 2:9-15).
            Seguindo a seqüência das cidades por onde Elias e Eliseu passaram, indo de Gilgal a Betel, Jericó e além do Jordão, tudo indica que Elias estivesse indo em direção ao Monte Nebo. Isto é muito significativo porque foi este o monte onde Moisés morreu nos braços do Senhor e também nesta mesma região o Senhor Jesus subiu a uma montanha e foi transfigurado. Elias e Moisés estavam lá conversando com Ele (Mateus 17:1-3). Apocalipse 11 nos fala sobre as duas testemunhas que trarão fogo do céu e pragas sobre toda a terra tantas vezes quantas quiserem (versículo 6). Isto novamente se refere aos ministérios de Elias e Moisés. O que estas coisas significam? Será que você pensa sobre elas como eu, ponderando-as e querendo saber porque as coisas acontecem da forma como acontecem?  Nós ainda não temos todas as respostas, mas estamos aprendendo muito. Não devemos nos preocupar com as coisas que não compreendemos e sim com as que compreendemos. Devemos estar focalizados em como iremos andar nas coisas que já compreendemos.
            Eliseu pediu algo difícil, mas o que ele pediu lhe foi concedido. Este é um ensinamento que eu quero que você entenda porque irá lhe abençoar.  Considere Elias como uma figura do próprio Cristo. Antes de Jesus retornar para o Pai, Ele, na verdade, estava dizendo aos discípulos: “Quando eu voltar para o Pai, esperem aqui até que do alto sejam revestidos  (no grego “enduo” significa revestido) de poder” (Lucas 24:49). “... convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós outros...” (João 16:7). O manto de unção que repousava sobre Cristo seria colocado sobre os cristãos que estivessem esperando n’Ele. Pedro, ao pregar no dia de Pentecostes, explicou como Cristo tinha sido crucificado: “... e derramou (como um manto de plenitude) isto que vedes e ouvis” (Atos 2:33). Os que criam falaram em outras línguas. O manto de Elias caiu sobre Eliseu. Da mesma forma, o manto de Deus estará sobre os fiéis que O seguirem e eles se moverão sob a Sua unção.
            Cristo disse: “As obras que eu faço vocês também farão, mas terão uma porção dobrada. Obras maiores do que essas vocês farão, porque Eu vou para o Pai” (João 14:12). Esta é uma promessa preciosa. Não é um sacrilégio termos a expectativa de ver obras maiores, feitas pela unção do Espírito Santo nesta geração, do que as que Cristo realizou durante o Seu ministério na terra. Este será o dia da porção dobrada em que Deus traz a unção do Senhor não apenas para bênçãos, mas também para julgamento. Os julgamentos do Senhor estarão sobre a terra.
            Tudo que a terra já viu é apenas uma porção. Entretanto, este é o dia em que o povo de Deus conhecerá uma porção dobrada. Nós temos que crer nas obras maiores se cremos na Palavra. “....o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo” (Daniel 11:32). “A glória desta última casa será maior do que a primeira ...” (Ageu 2:9). Freqüentemente  Deus guarda o bom vinho para o final (João 2:10). Olhamos para todas estas figuras nas Escrituras e sabemos que esta era está se acabando. Apesar de estar morrendo, uma nova era está vindo à luz. Algo mais está surgindo.
            Se há  pressa em ver a coisa terminada porque você esta passando por um período difícil e quer ajuda, você, na verdade, não deseja romper. Se precisa que alguém o esteja encorajando e sustentando a todo tempo, você não irá romper. É necessário que venham pressões sobre você. Quando um filhotinho está para nascer, ele se mexe dentro da casca tentando bicá-la para sair. Se você reage a isto com pena e quebra a casca, o filhote morre. Ele precisa fazer os exercícios que romperão sua casca para que viva. Da mesma forma, você não irá sobreviver se tiver ajuda em demasia. É por isto que os ministérios que estão surgindo recebem uma desatenção comedida. Eles recebem a Palavra, mas precisam eles mesmos de se esforçarem para obterem o rompimento. Se ajudá-los demasiadamente, você estará criando uma geração mimada que irá fracassar.
            Se você deseja se mover nas obras maiores, Deus irá ajudá-lo. Ele lançará uma ou duas montanhas no seu caminho e mares para que você transponha. Talvez será perseguido por um faraó ou tudo o mais que for necessário. Você crescerá forte no Senhor e na força do Seu poder (Efésios 6:10). E você lutará contra principados e potestades, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes (Efésios 6:12). Este é o seu destino.        

UMA BOTIJA DE SAL

Lemos em II Reis 2 um milagre de Eliseu que nos ensina como nos posicionarmos para o próximo milagre do Reino. Vamos aprender a abrir nossa percepção para o próximo passo em nosso caminhar progressivo com Deus.
            Se Elias foi um profeta do fogo, Eliseu foi um profeta da porção dobrada. Embora, às vezes, Eliseu parecesse ser mais pacífico do que Elias, quarenta e duas crianças foram mortas por duas ursas porque Eliseu as amaldiçoou. Este não é o tipo de história que uma mãe lê para os seus filhos antes de dormirem! Eliseu parecia ter um temperamento mais calmo que o de Elias, porém o mesmo aspecto quanto ao ministério e julgamento de Elias estavam presentes nele. Seu ministério foi tão violento em sua natureza quanto o de Elias. Nós também podemos nos mover nesta violência. Não importa que tipo de personalidade um homem tenha. Ele pode ser uma pessoa bem tranqüila, mas quando se move em Deus, a própria violência do julgamento e tribulação se tornam parte do que emana do seu espírito.
Os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que é bem situada esta cidade, como vê o meu senhor, mas as águas são más, e a terra estéril (improdutiva; abortiva). Ele disse: Trazei-me um prato, novo e ponde nele sal. E lho trouxeram. Então saiu ele ao manancial das águas, e deitou sal nele; e disse: Assim diz o Senhor: Tornei saudáveis estas águas; já não procederá daí morte nem esterilidade. Ficaram, pois, saudáveis aquelas águas até ao dia de hoje, segundo a palavra que Eliseu tinha dito (isto aconteceu em Jericó). Então subiu dali a Betel; e, indo ele pelo caminho, uns rapazinhos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, calvo! Sobe, calvo; Virando-se ele para trás, viu-os e os amaldiçoou em nome do Senhor; então duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois deles. Dali foi ele para o monte Carmelo, de onde voltou para Samaria”                 (II Reis 2 :19-25).
A cidade de Jericó era uma fortaleza dos sacerdotes nos dias de Cristo e este era o propósito desde o seu estabelecimento. Betel, entretanto, foi um lugar em que freqüentemente era oferecida adoração a Baal e outras idolatrias. Eliseu curou as águas de uma cidade dedicada ao sacerdócio e destruiu crianças de outra cidade que era dedicada à adoração a Baal. Aconteceram dois milagres: um caracterizou-se pela grande benção, restauração, regeneração e cura para que ocorresse frutificação; o outro foi a destruição de crianças daquele povo (crianças que lhes eram estimadas).
Nós estamos vivendo o dia em que Eliseu descreveu como sendo o dia do Reino. O dia do Reino traz uma mistura de bênçãos e de julgamentos na terra. Quando começarmos a nos mover para o Reino, todas as forças da natureza, mesmo antes de serem libertas da futilidade, trarão julgamento sobre os rebeldes. Esta verdade encontra-se no livro de Apocalipse. O julgamento não é caracterizado apenas pelas pragas que Deus envia sobre alguém, mas é também o problema que um homem pode causar a outro homem. Deus vai transformar o caráter das pessoas para que elas destruam umas às outras. O que está em cada um virá à luz. Isto acontecerá com toda a natureza. Nos dias do Reino, todo aquele que celebrar a Festa dos Tabernáculos será abençoado e sobre sua terra haverá chuva. Mas sobre a terra daqueles que não guardarem a Festa e não obedecerem a Palavra do Senhor, não haverá chuva (Zacarias 14:16-17).
O Reino não será cheio de pessoas que tenham vida eterna, mantendo-se assim infinitamente. O poder da primeira ressurreição libertará os santos de Deus e trará à existência os santos de outras gerações em um corpo glorificado. A ressurreição não será um evento único, mas planos e experiências sucessivas. Haverá também habitantes nesta terra que abrirão seus corações para o Senhor e ainda viverão num nível humano, embora tenham suas vidas prolongadas. Deus ainda estará tratando com a raça humana. A única diferença é que Satanás estará preso por mil anos e a gravidade que sofremos ao sermos puxados para baixo pelos poderes satânicos será invertida. A casa do Senhor será estabelecida acima dos montes, e todas as nações afluirão para ela (Isaías 2:2). A atração será exercida para cima, em direção a Deus.
Isto não significa que muitos de nós não iremos entrar na vida glorificada. Nós iremos. Mas os tratamentos de Deus no período do Reino serão completamente diferentes do que foram em eras passadas. Por que as Escrituras falariam a respeito de prolongar a vida se todos já teriam a vida eterna? A Palavra nos diz que morrer aos cem anos será morrer ainda jovem, pois os anos dos eleitos do Senhor serão como os da árvore (Isaías 65:20-22). Naqueles dias, Deus enxugará  toda lágrima dos olhos do Seu povo (Apocalipse 21:4) e não permitirá nenhuma ofensa contra eles (Apocalipse 21:27). Ele regerá as nações com cetro de ferro (Apocalipse 19:15). Não tenha a idéia de que não haverá necessidade de governo nos dias do Reino. Mas esta necessidade estará inteiramente sob os cuidados do Senhor.

Os dois primeiros milagres de Eliseu foram respectivamente um milagre de libertação e restauração e um milagre de julgamento. A história do sal e das ursas. É do milagre de libertação e restauração que você necessita agora? Quantos dos seus esforços têm sido em vão? Quantos de seus sonhos e visões nascidos de Deus parecem ter abortado? Antes que o fruto amadureça, ele cai no chão. Antes que a visão se materialize, ela se reduz à nada. Isto pode ser algo perturbador. Você já teve profecias e uma verdadeira direção do Senhor sobre sua vida e, no entanto, se viu num impasse a ponto de não poder romper e se sentiu um fracassado? Primeiro você deve amarrar e repreender este espírito abortivo. Então, um fluir puro de Deus surgirá. O ministério de sal que purifica, preserva, sela através da aliança e abre a porta para a frutificação é essencial enquanto os primeiros dias do Reino vêm à luz.
O que Eliseu fez foi altamente simbólico. O milagre de que precisamos hoje é  Deus nos libertando da esterilidade, de uma coisa abortiva que destrói os nossos esforços em nos movermos na frutificação que Deus tem ordenado. Nos dias do Reino não iremos plantar para que outros comam, mas nós desfrutaremos de todo o nosso trabalho (Isaías 65:22). O que fizermos irá permanecer. Muitos de nós temos trabalhado diligentemente, e, no entanto, não vemos uma plena frutificação dos nossos labores. Não nos vemos nos movendo no que Deus, a princípio, falou a nosso respeito. Não é o propósito de Deus que nós tenhamos apenas um indício do cumprimento de Suas promessas. A colheita encherá toda a terra.
Deus não quer que nós vejamos acontecer apenas uma  pequena parte do que profetizamos, mas que a nossa palavra seja forte no Seu poder. Lemos no livro de Atos que um sermão foi pregado e três mil foram salvos (Atos 2:41) e, em outro sermão, cinco mil foram salvos (Atos 4:4). Por muito tempo houve uma mudança total desta tendência no mundo religioso de forma que os sermões foram improdutivos. Todavia, nós estamos começando a nos mover na Palavra produtiva do Senhor e muitas pessoas serão alcançadas. As palavras impartem a nós e criam em nós e nós não nos esquecemos delas. Elas nos rondam depois que as ouvimos e são constantemente trazidas à nossa lembrança. Estamos vivendo a época mais frutífera e produtiva. Estamos sendo ao mesmo tempo projetados como os genitores e os filhos de uma nova era.
Deus deseja trazer o milagre do sal e as águas que fluem trarão à existência grande frutificação na terra. Não vamos alcançar um progresso até certo ponto e depois falharemos, mas veremos filhos vindo à luz e sendo  libertos.  Numa outra era, muitos filhos estavam para nascer, mas não houve força para traze-los à luz         (Isaías 37:3). Porém, a respeito desta era, Isaías profetizou: “Antes que (Sião) estivesse de parto, deu à luz; antes que lhe viessem as dores, nasceu-lhe um menino” (Isaías 66:7). Isto é fantástico. Deus dá uma palavra e antes de virem as dores nós vemos filhos sendo projetados num caminhar maduro com Ele. Estamos vivendo uma era completamente nova.
Ezequiel 16 também faz menção do sal. “Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, faze  conhecer a Jerusalém as suas abominações; e dize: Assim diz o Senhor Deus a Jerusalém: A tua origem e o teu nascimento procedem da terra dos cananeus; teu pai era amorreu, e tua mãe hetéia. Quanto ao teu  nascimento, no dia em que nasceste não te foi cortado o umbigo, nem foste lavado com água para te limpar, nem esfregada com sal, nem envolta em faixas. Não se apiedou de ti olho algum, para te fazer alguma dessas  cousas, compadecido de ti, antes foste lançada em pleno campo, no dia em que nasceste, porque tiveram nojo de ti. Passando eu por junto de ti, vi-te a revolver-te no teu sangue, e te disse: Ainda que estás no teu sangue, vive; sim, ainda que estás no teu sangue, vive. Eu te fiz multiplicar como o renovo do campo” (Ezequiel 16:1-7a).
Esta é uma figura profética maravilhosa. Ela fala dos tratamentos de Deus sobre Jerusalém antes do cativeiro e enfatiza a importância de novos começos. Naqueles dias, quando um casal se casava, eles participavam da cerimônia do sal. Uma aliança de sal era feita no início de um relacionamento, representando um compromisso. Quando nascia uma criança, ela era lavada com  água e esfregada com uma solução de sal. Deveria ser um pouco áspero sobre uma pele tão tenra, mas o sal era aplicado, não porque a pele do bebê precisasse dele, mas porque o bebê estava entrando na vida, assumindo uma aliança. Ezequiel profetizou: “Eu te vi revolvendo-te no teu sangue e te disse: Vive!” Deus estava falando da forma como Jerusalém havia surgido diante de sua vista. Ele também deu uma figura simbólica de que o sal era a aliança feita com Deus.
O sal simbolizava muitas coisas. Era proibido ao povo dar ofertas para o Senhor que não fossem temperadas com sal (Levítico 2:13). Até mesmo no Novo Testamento o Senhor fala do sal: “Porque cada um será salgado com fogo. Bom é o sal; mas, se o sal vier a tornar-se insípido, como lhe restaurar o sabor? Tende o sal em vós mesmos, e paz uns com os outros” (Marcos 9:49-50).
“O sal é certamente bom; caso, porém, se torne insípido, como  restaurar-lhe  o sabor? Nem presta para a terra, nem mesmo para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lucas 14:34-35).
“Vós sois o sal da terra” (Mateus 5:13a).
“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um” (Colossenses 4:6). Todo sacrifício era oferecido com sal. Em Números 18:19 Deus faz  uma aliança de sal com os levitas. II Crônicas 13:5 diz que Deus fez uma aliança de sal com Davi, dando-lhe a soberania sobre Israel.
Não há um significado único para o sal. O sal era o símbolo usado para se firmar alianças, para a consagração no início de um relacionamento e era usado em sacrifícios. Sal, muitas vezes, simbolizava um julgamento de correção com que Deus preparava o coração para coisas melhores. Ele era também um símbolo e um sinal de benção sobre a dedicação de alguém. O sal era também o sinal de um compromisso de Deus com o Seu povo de que Ele cumpriria Suas promessas a respeito deles e também era usado quando duas pessoas faziam acordo uma com a outra. Uma aliança de sal tinha que ser perfeita.
Deus diz: “Vocês têm sal em si mesmos, mas se o sal se tornar insípido, para nada servirá. Ele será lançado no lixo” (Lucas 14:34-35).  Nem  mesmo para a terra ele servirá! Não terá nenhum proveito. Através dos tratamentos e do julgamento que Deus traz sobre sua vida, Ele está preparando a sua submissão e dedicação a Ele. A garantia de que as águas estéreis serão curadas está na abertura do seu coração para Ele.
Quando o profeta Eliseu derramou sal sobre as águas de Jericó, isto teve um significado espiritual profundo. Deus está fazendo o mesmo com você, mesmo que você não perceba. Você pode pensar que Deus esteja usando o sal para esfregar sobre suas feridas, mas o sal não é para as suas feridas, mas sim para garantir frutificação futura. Deus está fazendo uma aliança com você. Se o Senhor não lhe amasse, Ele não trataria com você desta forma.
As várias utilidades do sal é algo espantoso. Eu me lembro de ter lido um livro contendo 1600 diferentes usos do sal. Alguns deles eram muito estranhos. Por muito tempo o sal foi usado para a preservação e também como desinfetante. Depois que os romanos espancavam uma pessoa, eles esfregavam o sal nos ferimentos. Aquela era uma atitude cruel, mas o sal  diminuía o risco de uma infecção.
Os tratamentos de Deus conosco são para  garantir um futuro fértil. Por que uma árvore é abortiva em sua natureza? Por que seus frutos caem quando ainda são verdes? Deus fez a árvore para que produza frutos, então deve haver alguma doença no solo, na água ou nas circunstâncias que  impedem o surgimento do fruto em sua plena maturidade. Por que os esforços da Igreja têm abortado? Por que nós temos semeado tanto e colhido pouco? Por que temos trabalhado para pormos o nosso dinheiro numa sacola furada? Por que ao esperarmos muito o Senhor com um assopro o reduz a tão pouco? (Ageu 1:6-9). A falta de dedicação  e as raízes de muitas coisas estão em nossos corações. Satanás sabe como usar as fraquezas em nossos corações para abortar os verdadeiros resultados que poderíamos obter. Os tratamentos de Deus sobre você hoje são os tratamentos de sal. São o começo de um tratamento que será profundo e drástico em sua natureza para que o futuro seja garantido e a fertilidade venha à luz. Deus não permitirá uma infeção em seu  espírito que venha mais tarde derrubar o fruto ou levar o processo de frutificação ao aborto. Você não irá carregar dentro do seu coração a semente de suas derrotas futuras, nem tampouco as raízes, em sua natureza, daquilo que poderia se levantar como espinhos para sufocar a Palavra. Você não irá carregar dentro de si uma reação escondida, uma abertura para a velha vida ou para um contato ou laço satânico. Isto poderia destruir tudo o que foi alcançado em Deus através dos anos no momento  em que você atinge o ponto de estar pronto para realmente obter algo tremendo de Deus.
O Reino de Deus começa  com Ele removendo toda ofensa das nossas vidas. Podemos nem mesmo estarmos conscientes do motivo de Seus tratamentos conosco. Mas Seus profundos tratamentos alcançam o mais profundo do nosso ser, para que as causas da esterilidade e da não frutificação sejam removidas. Nos dias por vir, os nossos esforços não serão sem efeito. A eficácia da nossa palavra e ministério será maior. Deus  não está tratando com uma unção que diminui. Ele está trazendo uma experiência e uma unção que cresce dia a dia. Enquanto antes nós trabalhávamos muito e a longo prazo obtíamos poucos resultados, hoje um pequeno esforço traz  à luz muitos frutos. Há uma maior plenitude surgindo e nós estamos só começando.
Os ministérios serão restaurados com tanta autoridade e poder que a companhia apostólica sairá por toda a terra. Os resultados serão tão grandes ou maiores do que aqueles obtidos nos dias do apóstolo Pedro, cuja  sombra curou muitos doentes (Atos 5:15). A plenitude não será menor. Nós ainda não percebemos como temos sido infrutíferos e quanto esforço tem sido feito para nos trazer a este ponto. Há fome na terra (Amós 8:11); mas existe hoje uma Palavra Viva que está vindo de Deus. Há pão. Agora as águas estão fluindo, e elas são curadas.
A Palavra Viva não irá diminuir, mas virá como uma torrente. Ela será como uma maré que varrerá toda mentira. A babilônia vai odiar a Palavra que está fluindo. Há apenas uma coisa que podemos fazer com estas  belas águas que foram curadas: deixá-las fluir. O mundo não tem sido influenciado de forma significativa pelos métodos que o Cristianismo tem usado. Reuniões para testemunhos, revistas de auxílio espiritual, programas perspicazes  e as organizações não trazem à luz frutos maduros. Os cristãos têm até recorrido às táticas do mundo e enviado cartas feitas no computador solicitando dinheiro. Toda sorte de mecanismo tem sido usado, mas sem sucesso porque todos os programas e organizações são corruptas segundo o conceito de Deus. O fruto se perde e nada vem à luz .
Muitas pessoas  se gabam pelos anos em que elas sustentaram financeiramente um ministério, sem perceberem que elas não cresceram naquele período. Elas acreditam que o ministério está fazendo um bom trabalho, mas se esquecem de verificar os frutos. Elas continuam enviando dinheiro para manter algo que é uma abominação e cheira mau para Deus. Beber destas águas infrutíferas é prolongar a infância das pessoas, não permitindo o seu desenvolvimento. Quando elas bebem as águas, nada chega à perfeição ou à maturidade.
A Palavra Viva deve ser exaltada tendo como foco único o Senhor. O Senhor não é contra publicidade, contanto que nós anunciemos a Sua Palavra. Nós não tornaremos público nenhum homem, pois a ordenança de Deus é que a carne não seja exaltada. Por isso, nós divulgaremos a Palavra Viva que Deus tem trazido, colocando-a  nas mãos de muitas pessoas. Ainda que elas não venham a entendê-la de imediato, Ela estará trabalhando em seus espíritos e, lentamente, algo acontecerá. Uma Palavra pura de Deus é capaz de mudar o mundo.
O sal foi colocado na nascente de águas e a cidade começa a renascer. Bebês estão vindo à luz. As árvores e  os pomares estão florescendo. Os rebanhos reproduzem abundantemente. Ouve-se o grito das ovelhinhas, enquanto saltam pelos campos e o som do gado e dos bezerros mamando. O que ocasionou toda esta fertilidade? A cura das águas. As obras de corrupção do homem foram removidas e agora a vida pode ser mantida. O dia da frutificação chegou porque a fonte pura está fluindo.
A motivação de um caminhar no Espírito é  diferente das motivações usadas no passado. No passado, o foco era proibir as pessoas de fazerem certas coisas, criando nelas o medo de que, se elas as praticassem, elas iriam para o inferno. Por exemplo, as pessoas não podiam ir a um salão de baile, pois o Senhor podia voltar naquela hora e elas seriam deixadas na pista de dança. O ensinamento sobre o arrebatamento era usado como uma ameaça. O som da trombeta não seria ouvido se estivessem dormindo no colo de Dalila. 
Hoje, a motivação é outra. Em um caminhar no Espírito, a motivação das pessoas não está no medo de serem rejeitadas, mas está no prazer de serem aceitas por Deus. Está na esperança viva de que Ele em breve Se manifestará. E esta esperança nos motiva a nos tornarmos puros, assim como Ele é puro. A nossa motivação não é a ameaça do que perderemos; é a esperança com relação ao que teremos. Nós suplicamos pelas misericórdias de Deus, não pela ameaça do julgamento; por isso nós nos apresentamos como sacrifícios vivos. Nós nos purificamos numa aliança de sal para que sejamos sacrifícios aceitos por Deus.
Os jovens no mundo não são persuadidos  pelas ameaças do legalismo. Eles não se preocupam com irem para o inferno por causa da promiscuidade sexual. Mas quando assumem um caminhar com Deus, nós os prevenimos de que eles  não podem ser promíscuos porque os laços criados tornarão obscuro o relacionamento deles com o Senhor. Eles vão se esforçar para serem puros porque estarão conscientes de que um laço errado os impedirá de servirem a Deus como deveriam. Hoje, não é uma abordagem negativa que motiva as pessoas e sim uma Palavra Viva de Deus. Pela lavagem de água na Palavra pura, nós seremos Sua Noiva sem mancha ou ruga, santa e sem mácula. 
O início do Reino é caracterizado por uma aliança de sal que tornam puros os mananciais. Esta é a chave para a fertilidade. Vamos andar nisto. Vamos clamar a Deus para que Ele purifique  os nossos corações. Sejamos vasos de honra na casa de Deus.
“ Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns para honra; outros, porém, para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros (com sal),  será utensílio para honra, santificado e útil (preparado) ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra”  (II Timóteo 2:20 -21).
Estes são dias em que as puras águas de Jericó fluem. Dias de fertilidade e unção. Veremos o fruto do nosso trabalho. Vamos semear e colher em abundância. Estes são dias em que a terra se encherá do conhecimento do Senhor.
Há um profundo arrependimento sobre nós; um arrependimento que anseia crer em Deus. Nós lançaremos fora toda coisa abominável que poderia nos derrotar. Deus está criando tamanho amor pela justiça dentro dos nossos corações, que teremos aversão a tudo o que desagrade a Deus.
Senhor, nós elevamos os nossos corações a Ti em profundo arrependimento. Purifica-nos, Senhor, de toda iniquidade. Purifica-nos com hissopo, e ficaremos limpos. Avive as profundezas do nosso ser e faz de nós o Teu povo santo e justo. Sabemos que a justiça não é obtida por esforço próprio, mas por estendermo-nos a Ti, com fome  e sede por ela. Perdoa-nos e purifica-nos de toda injustiça na nossa mente e pensamento. Derrube tudo o que glorifica a si mesmo e não ao Senhor e permita que os nossos corações focalizem somente em Ti. Senhor, nós sujeitamos tudo o que há dentro do nosso ser aos Teus tratamentos, para que nos tornemos vasos de honra para Ti. Recusamo-nos a carregar nos nossos corações as sementes das derrotas futuras. Seremos um povo que caminhará com o Senhor com toda graça.
Oh, Senhor, nós firmamos Contigo uma aliança de sal. Nós apresentamos os nossos sacrifícios temperados com sal. Chegamo-nos diante de Ti com o propósito de rejeitar toda corrupção e sermos purificados de tudo dentro de nós que, de alguma forma, pudesse  corromper o fluir da Tua palavra através de nós.

OS PROBLEMAS DOS PROFETAS
Há nos capítulos 4 e 6 de II Reis três breves histórias de milagres; três problemas dos filhos dos profetas.
A primeira história está em II Reis 4:38-41. “Voltou Eliseu para Gilgal. Havia fome naquela terra, e estando os discípulos dos profetas assentados diante dele, disse ao seu moço: Põe a panela grande ao lume, e faze um cozinhado para os discípulos dos profetas. Então saiu um ao campo a apanhar ervas, e achou uma trepadeira silvestre; e, colhendo dela, encheu a sua capa de colocíntidas; voltou e cortou-as em pedaços, pondo-os na panela, visto que não as conheciam. Depois deram de comer aos homens. Enquanto comiam do cozinhado, exclamaram: Morte na panela, ó homem de Deus! E não puderam comer. Porém ele disse: Trazei  farinha. Ele a deitou na panela, e disse: Tira de comer para o povo. E já não havia mal nenhum na panela.”
Como os profetas de Deus surgem na terra novamente, esta “morte na panela” torna-se um problema sério. Trata-se do problema de apresentar uma Palavra pura para que o povo receba algo de Deus. Paulo diz em II Coríntios 3: 6 : “... a letra mata, mas o espírito vivifica.”  Um homem pode pregar as Escrituras, no entanto, a maneira com que ele as usa e o que emana do seu espírito, pode ministrar morte. Chegará o tempo quando falsos profetas irão falar quase que as mesmas palavras que encontrarem na Palavra Viva, mas será morte. As pessoas ao ouvi-las pensarão ser a mesma Palavra Viva, mas haverá morte na panela. “... a letra mata, mas o espírito vivifica.”
Não importa quão semelhante uma palavra seja da Palavra Viva, se ela é desprovida de ordem divina e da unção do Espírito Santo, é uma letra que mata. Há pessoas que parecem se mover em um dom, mas se existe um fluir de morte, aquele não é um dom verdadeiro de Deus. Fiquem atentos a isto porque o Senhor já nos advertiu de que falsos profetas surgirão e, se possível, enganarão os próprios eleitos (Mateus 24:24). Eles tentarão parecer serem de Deus.
Organizadores gastam centenas de milhares de dólares para organizarem várias campanhas. Eles conseguem atrair um grande número de pessoas, mas não é uma evidência de que elas estejam famintas. Um esquema de publicidade é montado para estimular as pessoas durante todo o tempo. Nenhuma vida e unção é ministrada; não há mudança verdadeira nas pessoas. Por um instante pode parecer-se com  vida, mas é morte.
Este é um dia de muita morte no Cristianismo. Um pastor hoje faz o papel de um agente funerário, que  injeta fluidos num cadáver para que ele fique com uma expressão melhor e aplica cera em seu rosto, dando-lhe bochechas rosadas, para que ele pareça estar dormindo. Ele não está dormindo, ele está morto! O Espírito não está mais ali.
Muitas igrejas estão tentando disfarçar o seu verdadeiro estado de morte. Como diz em Apocalipse 3:1, “... tens nome de que vives e estás morto.”  O principal esforço delas é fazer com que o cadáver tenha uma aparência boa, como se estivesse dormindo e a qualquer momento fosse se levantar e falar a Palavra do Senhor. Uma igreja como esta não é capaz de se levantar e falar a Palavra do Senhor porque há morte na panela. Os homens expõem sua própria interpretação da Palavra e fazem exatamente tudo o que desejam fazer. Suas igrejas não são fundamentadas na ordem divina, e, quando elas começam a funcionar, logo se tornam parte da iniciativa privada quanto qualquer outro negócio. Eles podiam abrir uma oficina, uma mercearia ou uma loja de ferragens e ganhar dinheiro. Em vez disso, eles escolhem abrir uma igreja e ganham dinheiro com ela. É uma iniciativa privada e não uma igreja. Não é este o plano de Deus.
Ter todos os aparatos da vida sem uma Palavra Viva não é o que Deus deseja para o Seu povo. Com o pretexto de construir orfanatos e manter missionários, a Babilônia tem obtido muito dinheiro. Mas que porcentagem deste dinheiro é encaminhada para as crianças ou para os missionários e que porcentagem mantém os executivos que amam sentar em seus escritórios luxuosos e fazer o papel de Deus? Eles têm nome de que vivem, mas estão mortos. Há morte na panela. Qual é a resposta? A farinha da Palavra Viva.
Muitas igrejas que  não têm uma Palavra Viva e a ordem divina permitem que qualquer um ministre em seus cultos, dizendo que o púlpito é livre. Assim, todos que quiserem podem lançar suas ervas venenosas. Sentem-se  à vontade para apresentarem tudo quanto desejarem e pregam sua própria doutrina. Como resultado, o povo se torna como ovelhas morrendo nos corredores da igreja.
As igrejas não devem permitir que qualquer um fale em suas reuniões. A Palavra deve ser dada por homens que sejam ungidos e guiados por Deus. Assim mesmo, é importante que estes falem apenas quando houver um testemunho dos irmãos de que eles têm uma palavra de Deus. O púlpito não é livre em um sentido mas, no entanto, é completamente livre no sentido de que haja um cuidado para que a palavra pura de Deus tenha livre curso e não seja restringida. A letra provocará morte, mas o Espírito trará vida. Com tudo isto, então, vemos que o primeiro problema do profeta é ter uma palavra pura.
Vejamos agora o próximo relato em II Reis 4:42-44. “Veio um homem de Baal-Salisa e trouxe ao homem de Deus pães das primícias, vinte pães de cevada, e espigas verdes no seu alforge. Disse Eliseu: Dá ao povo para que coma. Porém seu servo lhe disse: Como hei de eu pôr isto diante de cem homens?  (isto lhe dá uma noção do número daqueles que participaram da escola de profetas).  Ele tornou a dizer: Dá-o ao povo, para que coma; porque assim diz o Senhor: Comerão, e sobejará. Então, lhos pôs diante; comeram, e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor .”

Este foi o milagre da sobra. O segundo milagre envolve o problema da provisão insuficiente, aquilo que nunca parece satisfazer. Nós nos regozijamos em tudo o que estamos recebendo do Senhor, mas o clamor do nosso coração é que ainda não temos o suficiente de Deus. Ele não tem liberado o bastante de Si mesmo atrás da Palavra que o Seu povo fala. Oh, quanto nós temos esperado, clamado e ansiado pelo Senhor! Mas estamos vivendo o dia em que Deus está liberando muito mais do que estamos caminhando. Devemos, com muita diligência nos esforçarmos para andar nisto. Deus tem nos dado muito além do que somos capazes de andar e precisamos sacrificar o menor pelo maior e fazermos apenas as coisas que são mais importantes. Contudo, nós podemos fazer mais do que estamos fazendo hoje. Podemos nos apropriar da unção do Senhor para executarmos tudo o que Ele tem colocado diante de  nós.
Há o suficiente de Deus para satisfazer as suas necessidades? Quando você se deparar com o problema da provisão insuficiente, preste atenção na Palavra de Deus e veja que Ele é o Deus das sobras. Ele sempre dá um pouco mais do que a capacidade humana é capaz de receber. Davi disse: “O meu cálice transborda” (Salmos 23:5). Quando o Senhor começa a despejar chá na sua xícara, Ele não sabe quando parar. Ele a enche até que transborde e ocupe todo o pires. A intenção do Senhor é que não haja espaço suficiente  para receber o que Ele dá (Malaquias 3:10). Ele não é um Deus que falha em satisfazer uma necessidade, mas Ele é o Deus que sempre dá um pouco mais. Ele pegou cinco pães e dois peixinhos, os abençoou e os partiu e alimentou as multidões. Depois de terem comido, recolheram doze cestos cheios de pedaços que não foram tocados (Mateus 14:17-20). Ele é sempre um Deus de sobras.
Quando o coração humano recebe tudo que é capaz de reter, algo de Deus ainda é deixado como sobra. Deus pode nos enviar benção após benção até que Lhe suplicamos que pare porque  não podemos mais comportá-las. O próximo nível no nosso caminhar com Deus trará esta experiência. Estes são os problemas dos profetas. Veremos Deus fazer infinitamente  mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos (Efésios 3:20). Quando Deus  Se move, é desta forma que Ele opera.
Quando nos movemos em Deus pela fé, nos deparamos com circunstâncias adversas, assalto demoníaco e a velha natureza carnal. A maioria daqueles que servem ao Senhor nunca se arrependeu profundamente o suficiente para o Senhor tratar de forma conveniente com a profundeza de suas necessidades e com a natureza adâmica dentro deles. Eles têm pedido ao Senhor que  os perdoe, mas não tratam com as reações e laços profundos que foram criados pelo modo de vida errado que tiveram. Quantos jovens, de repente, são confrontados por velhos amigos e persuadidos a voltarem ao velho modo de vida? O arrependimento não foi profundo o suficiente para quebrar os laços e condicionamentos. Deus precisa libertar Seus profetas e reverter esta situação em que a velha natureza os puxa sempre para baixo. É a experiência da cruz que executará isto.
“Disseram os discípulos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos contigo é estreito demais para nós. Vamos, pois, até o Jordão, tomemos de lá, cada um de nós uma viga, e construamos um lugar em que habitemos. Respondeu ele: Ide. Disse um: Serve-te de ires com os teus servos. Ele tornou: Eu irei. E foi com eles. Chegados ao Jordão, cortaram madeira. Sucedeu que, enquanto um deles derrubava um tronco, o machado caiu na água; ele gritou, e disse: Ai ! meu senhor ! porque era emprestado.” (II Reis 6:1-5). Isto aconteceu no começo da Idade do ferro nesta subdivisão de Canaã. Naqueles dias, ferramentas de metal eram tão raras que só os reis levavam uma espada para a batalha. Até mesmo os arados e  os apetrechos agrícolas eram feitos de madeira-de-lei (madeira dura). Um machado era algo raro e os filhos dos profetas perderam o que eles tinham tomado emprestado.
“Perguntou o homem de Deus: Onde caiu? Mostrou-lhe ele o lugar. Então Eliseu cortou um pau, lançou-o ali, fez  flutuar o ferro, e disse: Levanta-o . Estendeu ele a mão e o tomou.” (versículos 6-7). O profeta fez o ferro flutuar, lançando um pau na água. Este relato tem um significado espiritual que não podemos perder. O milagre que  irá mudar o poder que a nossa natureza tem de nos puxar para baixo será a cruz de Cristo lançada em nossa vida. As águas no deserto de Mara estavam tão amargas que Moisés teve que cortar uma árvore e jogá-la nas águas para que fossem curadas (Êxodo 15:23-26). Isto simboliza a obra da cruz na nossa vida.

Você perceberá sempre a atração da gravidade; a velha natureza lhe  puxando para baixo. Mesmo sendo um cristão, você irá sentir a pressão da futilidade, do assalto satânico, problemas, desencorajamento e hostilidade que virão sobre você. O desencorajamento lhe sobrevem  porque você olha para as suas circunstâncias ou para as suas finanças e elas não são animadoras. O que poderia impedir que você se tornasse tão desencorajado consigo mesmo a ponto de entrar num vale de derrota? Há alguma coisa que possa mudar esta força? Sim, a obra da cruz. Deus deseja desafiar a gravidade e invertê-la para você, para que, ao invés de sua natureza ser puxada para baixo ela seja atraída para cima.
Você acha mais fácil relaxar-se e se divertir do que gastar horas intercedendo por um fardo que você tenha?
As coisas do Espírito ainda são uma disciplina para a maioria dos cristãos e eles não as fazem prontamente. Eles têm que se disciplinar para executá-las, mas os prazeres do mundo parecem vir naturalmente. Isto é exercer atração para uma posição inferior. Se eles permitirem que suas vidas sigam seu curso normal, logo descobrirão que precisam buscar o Senhor porque suas vidas estão em um nível muito baixo.
Você não se torna  espiritual automaticamente. O que é preciso fazer para perder Deus? Nada. Simplesmente  deixe que a gravidade natural lhe puxe para baixo. “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.”  (Mateus 24 :12). O poder do pecado ao seu redor, o poder de uma era perversa lhe puxará para baixo. Haverá mudança algum dia?  Sim, “ a casa do Senhor será estabelecida acima dos montes, e todos os povos afluirão para ela.” (Isaías 2:2). Ao invés de uma tração descendente, haverá uma tração ascendente nos dias que estão bem à nossa frente. Ao invés de ser derrotado pela hostilidade e futilidade das circunstâncias, o ferro irá flutuar e o seu desejo de crescer e fazer a vontade de Deus será cumprido. Isto se efetuará através da obra da cruz em sua vida.
“Digo, porém: Andai no Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne.” (Gálatas 5:16). Uma pessoa pode dizer que estava caminhando com Deus, adorando e servindo ao Senhor, quando um dia foi vencida pela tentação e perdeu Deus completamente . Tal pessoa está enganando a si mesma. Se você, de fato, está andando no Espírito, isto não lhe acontece. Apenas acontece quando você cessa de andar no Espírito. Quando não estiver adorando, ouvindo o Senhor nem crendo na Sua Palavra, então você estará em perigo espiritual. Você não perde a revelação de Deus quando vai a uma cervejaria, mas quando não persiste no caminhar no Espírito. Se andar no Espírito, você não satisfará os desejos da carne. Primeiro você pára de caminhar no Espírito, e, depois, entra em apuros.
“ Porque toda lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vêde que não sejais mutuamente destruídos. Digo, porém: Andai no Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que porventura seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei.” (Gálatas 5:14-18).
Quando caminha no Espírito, você não está sob a condenação e a força da lei. Alguém que se move no Espírito e tem o amor de Deus fluindo através dele, não precisa ser ordenado a não matar, pois, de qualquer forma ele não o faria. A lei não se aplica aquele  que esteja andando no Espírito, porque ele está funcionando num nível mais alto. Mas ao caminhar na carne, a lei lhe será  aplicada a todo momento. Ande no Espírito, e você  não satisfará os desejos da carne. Quando vive no Espírito, você não está sob a lei.                
Quando satélites são lançados a grande distância no espaço, a gravidade deixa de ter influência sobre eles. Teoricamente, eles irão voar por toda parte para sempre porque estão tão altos que a força da gravidade não os afeta. Se vivermos nos lugares celestiais e andarmos no Espírito, a força da gravidade da carne deixará de existir para nós. O milagre do machado é uma amostra do nível espiritual de Eliseu. Ele foi capaz de inverter a gravidade e fazer o ferro flutuar.
Deus estará com você e o ajudará sob a condição de você se submeter a obra da cruz em sua vida. “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.” (Gálatas 5:24). Você dá um basta para a carne porque crê que Deus vai lhe conceder uma experiência profunda da obra da cruz.

“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gálatas 6:14). Paulo está falando de uma morte recíproca.
Você percebeu que o mundo morreu para você ? Houve o tempo que você era atraído por suas coisas atraentes e fascinantes. Mas, à medida em que começou a caminhar com Deus e a experimentar a obra da cruz em sua vida, as coisas pelas quais se sentia atraído começaram a morrer; o poder de influência e atração do mundo não mais o afetaram. O mundo todo é baseado numa beleza ilusória. “Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.”   (I João 2:16-17).
Nós temos que ser justos diante de Deus e viver no Espírito. Temos que passar por uma crucificação recíproca, onde o mundo é crucificado para nós, e nós somos crucificados para o mundo. Nós olhamos para o mundo e ele está morto para nós e nós mortos para ele. Não mais somos atraídos por shows ou bailes, nem sentimos o desejo de roubar, matar ou usar drogas ou álcool para nos ajudar a encararmos a vida. Tudo isso são recursos utilizados por aqueles que estão no mundo, mas nós temos tido os nossos desejos transformados. Nos encontramos desejosos em fazer outras coisas. Hoje, queremos abençoar o nosso irmão. Ao invés de tomarmos dele o que lhe pertence, nós o ajudamos e damos a ele. A força da gravidade tem se invertido para nós.
As pessoas do mundo pensam que somos loucos. No mundo ninguém faz nada de graça; todos têm um motivo egoísta em suas ações e esperam sempre a paga pelo que fazem. Mas de graça nós damos, sem nenhuma condição ou restrição.
Saberemos que a força da gravidade do mundo foi invertida para nós, quando chegarmos ao ponto em que apenas desejaremos dar e ser uma bênção uns para os outros. O egoísmo, luxúria e aquele amor do mundo estarão mortos. O mundo estará morto para nós, e, absolutamente nada nele irá nos influenciar ou atrair. Nós somos mortos para o mundo para que possamos viver para Deus.
A sua crucificação não é apenas para se identificar com Cristo, ela é uma experiência idêntica com Cristo. Lance a cruz na sua vida. Ela irá inverter a depressão e desencorajamento que facilmente vêm contra você, puxando-o para baixo.
Estes três milagres de Eliseu são os problemas que um profeta tem e nós vamos encarar os mesmos problemas: o problema de ter uma Palavra pura, o problema da provisão insuficiente para as nossas necessidades e o problema de circunstâncias adversas e sua força sobre nossa vida para nos atrair para baixo. Não precisamos mais andar derrotados e desencorajados. Vamos inverter esta força de gravidade negativa, permitindo que a atração ascendente comece a operar em nossa vida. Isto pode ser feito muito facilmente. Aquilo de que nos alimentarmos é que irá controlar a nossa vida. Quando andamos no Espírito, não satisfazemos os desejos da carne. “Pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna” (Gálatas 6:7b-8). Isto foi escrito para os cristãos e não para os pecadores. Um pecador não pode semear para o Espírito; ele não sabe nada sobre o Espírito. Seu espírito está morto. Ele não colhe corrupção,  pois já está na corrupção e está morto. O cristão é quem irá determinar o resultado que terá em sua vida pela maneira em que crê  e experimenta a cruz. Deus nos conceda caminharmos de glória em glória constante, como pelo Espírito do Senhor.       (II Coríntios 3:18).  

Não seja pisoteado até a morte

As histórias de Elias e Eliseu nos mostram como serão os dias por vir. Elias e Eliseu viveram em dias de fome nos quais as pessoas tinham muitas dificuldades para sobreviver. Eliseu lidou mais com reis do que Elias, reis como o da Síria, Israel e de Judá. Eliseu tinha muito aconselhamento e sabedoria para oferecer aos reis.
            Certa vez, Ben-Hadade, rei da Síria, pensou que havia um espião de Israel entre os seus. Ele disse: “Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel?” Todas as vezes que ele planejava um ataque, seu exército era completamente derrotado porque Eliseu fazia saber ao rei de Israel, o relatório completo dos planos de Ben-Hadade. (II Reis 6:11-12).
            Nesta época, Eliseu morava em Samaria e Jorão, o rei de Israel morava na capital de Samaria. O rei de Israel era o segundo filho de Jezabel e Acabe. Eliseu o chamava de “filho do homicida”( II Reis 6:32). Jezabel matou Nabote e muitos profetas do Senhor. (I Reis 18:4; 21:11-14).
A história na qual estamos interessados começa em II Reis 6 e continua no sétimo capítulo. “Depois disto, ajuntou Bem-Hadade, rei da Síria, todo o seu exército, subiu e sitiou a Samaria. Houve grande fome em Samaria; eis que a sitiaram, ao ponto de se vender a cabeça dum jumento por oitenta siclos de prata e um pouco de esterco de pombas por cinco siclos de prata.” “Esterco de pombas” era uma pequena ervilha que tinha este nome por assemelhar-se a esterco de pombas “Passando o rei de Israel pelo muro, gritou-lhe uma mulher: Acode-me, ó rei meu senhor. Ele lhe disse: Se o Senhor te não acode, donde te acudirei eu? da eira ou do lagar? Perguntou-lhe o rei: Que tens? Respondeu ela: Esta mulher me disse: Dá teu filho, para que hoje o comamos, e amanhã comeremos o meu. Cozemos, pois, o meu filho, e o comemos; mas, dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá o teu filho, para que o comamos, ela o escondeu. Tendo o rei ouvido as palavras da mulher, rasgou as suas vestes, quando passava pelo muro; o povo olhou e viu que trazia pano de saco por dentro, sobre a pele. Disse o rei: Assim me faça Deus o que bem lhe aprouver se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, lhe ficar, hoje sobre os ombros. Estava, porém, Eliseu sentado em sua casa, juntamente com os anciãos. Enviou o rei um homem de diante de si; mas, antes que o mensageiro chegasse a Eliseu, disse este aos anciãos: Vedes como o filho da homicida mandou tirar-me a cabeça?” Eliseu tinha a capacidade de ver o que estava acontecendo. Ele tinha em seu espírito uma consciência projetada para ver o que estava acontecendo. “Olhai, quando vier o mensageiro, fechai-lhe a porta e empurrai-o com ela; porventura, não vem após ele o ruído dos pés de seu senhor?” Ele não queria ser executado antes de dar a palavra ao rei. “Falava ele ainda com eles, quando lhe chegou o mensageiro; disse o rei: Eis que este mal vem do Senhor, que mais, pois, esperaria eu dele? Então disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, a estas horas mais ou menos, dar-se-á um alqueire de flor de farinha por um siclo, e dois de cevada por um siclo, à porta de Samaria. Porém o capitão, a cujo braço o rei se apoiava respondeu ao homem de Deus: Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poderia suceder isso? Disse o profeta: Eis que tu o verás com os teus olhos, porém disso não comerás.” (II Reis 6:24-7:2)
            Vemos nesta história um padrão que se aplica a nós hoje. O cerco a Samaria é paralelo ao assalto satânico que está vindo contra a Palavra de Deus. Amós profetizou que haveria fome na terra, uma fome, não de pão, mas de ouvir as palavras do Senhor. (Amós 8:11) Onde quer que haja um profeta de Deus, uma Palavra de Deus, Satanás inicia um cerco. Deus dá uma Palavra e parece que Satanás coloca vários obstáculos para atrasar e impedir que o povo se mova na plenitude daquela Palavra. Satanás está rugindo porque ele sabe que seu tempo é curto (Apocalipse 12:12) e ele sabe que a Palavra que está vindo está encurtando seu tempo. Quando esta Palavra do Reino for pregada por todo o mundo, para testemunho a todas as nações, então virá o fim ( Mateus 24:14). Nós temos uma Palavra a falar. Satanás irá atacar a Palavra e fazer tudo o que puder para fazer um cerco e manter todo povo de Deus encurralado.
Estamos sendo encurralados por todos os lados e precisamos nos libertar. Como podemos fazer isso? Através da fé pura. Durante o tempo em que Satanás nos assedia, nós vemos os verdadeiros intentos de nossos corações expostos. O que havia no coração de Eliseu era uma fé pura. O que havia no coração do rei Jorão, filho de Jezabel, era o homicídio. Jorão declarou que o homicídio estava nele. Ele queria matar Eliseu e culpá-lo por tudo o que estava acontecendo.
            Qualquer dia destes, o mundo encontrará uma maneira de culpar os cristãos por todas as maldades que têm ocorrido. Nero culpou os cristãos pelo incêndio de Roma. Os cristãos têm sido vítimas de perseguição por toda a história. Quando o mundo descobrir aqueles que caminham com Deus, eles terão o bode expiatório que estão procurando para colocarem a responsabilidade por tudo o que eles estão trazendo sobre si mesmo.
            O cerco satânico não está somente sobre o remanescente de Deus, mas também sobre a Babilônia. Será mais difícil do que pensamos para as pessoas saírem da Babilônia. Apenas a voz do Espírito as chamando é que as trará para fora. Nem todas as pessoas estão tão arraigadas à Babilônia; algumas desejam muito sair mas Satanás está sitiando a Babilônia. Ele quer manter todos lá e entrincheirar todo o povo de Deus. O que acontece dentro deste cerco? As pessoas que não estão caminhando com Deus consomem a si mesmas. As mães de Samaria queriam comer seus próprios filhos. É exatamente isso que a Babilônia está fazendo.
            A Grande Babilônia está embriagada com o sangue dos santos (Apocalipse 17:6). Se um filho que poderia caminhar com Deus começa a nascer na Babilônia, ele é devorado. Babilônia é a cidade dos canibais espirituais. Assim que um jovem homem ou mulher se enche de fervor, baldes de água gelada são jogados no seu fogo. A Babilônia está cheia de canibais. Eles destroem o menor resquício de vida e de fervor. O povo da Babilônia se autoconsome na apostasia. Sob o cerco eles começam a destruir uns aos outros. Você pode pensar que, se a situação deles piorar, eles irão se arrepender. Mas se a situação piorar eles irão comer e consumir uns aos outros. “Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos.” Gálatas 5:15
            O capitão a cujo braço o rei se apoiava demonstra o contraste entre a fé e a incredulidade. Não pense que um homem cheio de incredulidade nunca verá as verdades de Deus. Ele verá, mas tarde demais. Aquele capitão foi pisoteado até a morte quando o povo saqueou o arraial dos siros. Ele viu o cumprimento da palavras de Eliseu, mas não viveu para partilhar delas. As pessoas que hoje estão cheias de dúvidas quanto ao nosso caminhar com Deus e quanto àquilo que Deus está dizendo verão a verdade, mas será tarde demais.
Os céticos dizem que crerão se lhes forem dada alguma evidência ou sinal. Não, os sinais vêm para aqueles que crêem. Se Deus desse aos céticos sinais para que eles cressem, eles seguiriam aos sinais e não ao Senhor. Cristo disse aos seus discípulos que os sinais seguiriam os que crêem (Marcos 16:17). Não seremos um povo que segue sinais. Se este fosse o caso, poderíamos ser facilmente enganados quando Satanás viesse com sinais e maravilhas (Mateus 24:24). A incredulidade busca evidência mas Deus dá a palavra e diz: “...se creres, verás a glória de Deus.”(João 11:40).
            “Quatro homens leprosos estavam à entrada da porta”. Apesar de estarem morrendo, as pessoas da cidade não queriam ficar perto dos leprosos. Isto é também verdade com relação a Babilônia. Eles têm a morte espiritual neles, mas não querem nenhum pecador por perto, nenhum dos pecados detestáveis. Eles querem ficar longe da ralé, mas é a ralé que acaba se salvando.
            Deus é um grande equalizador. Ele toma os pobres deste mundo e os faz ricos em fé (Tiago 2:5). Ele não libertou Israel do gigante através de Saul, que era ombro e cabeça sobre todos. A libertação veio pelas mãos de um jovem garoto com uma funda. Quando Deus deseja trazer libertação Ele faz de uma maneira humilde.
            Os leprosos olharam um para o outro e disseram: “Para que estaremos nós aqui sentados até morrermos? Se dissermos: entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos lá; se ficarmos sentados aqui, também morreremos. Vamos, pois, agora, e demos conosco no arraial dos siros; se nos deixarem viver, viveremos; se nos matarem, tão-somente morreremos. Levantaram-se ao anoitecer para se dirigirem ao arraial dos siros; e, tendo chegado à entrada do arraial, eis que não havia lá ninguém.”(II Reis 7:3-5)
Os problemas que você antecipa raramente acontecem. Os problemas que você não espera é que perturbam você. Os leprosos pensavam que tinham o plano todo elaborado, mas quando entraram no acampamento, o inimigo havia ido embora. “Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos siros ruído de carros e de cavalos e o ruído dum grande exército; de maneira que disseram uns aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós. Pelo que se levantaram, e, fugindo ao anoitecer, deixaram as suas tendas, os seus cavalos, e os seus jumentos, e o arraial como estava; e fugiram para salvar a sua vida. Chegando, pois, aqueles leprosos à entrada do arraial, entraram numa tenda, e comeram, e beberam e tomaram dali prata, e ouro e vestes e se foram, e os esconderam; voltaram, e entraram em outra tenda, e dali também tomaram alguma cousa, e a esconderam.”(II Reis 7: 6-8)
“Então, disseram uns para os outros: Não fazemos o bem; este dia é dia de boas novas, e nós nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, seremos tidos por culpados; agora, pois, vamos e o anunciemos à casa do rei.” (II Reis 7: 9). Esta é uma verdade que geralmente passa desapercebida. Os leprosos receberam tanto que disseram: “se esperarmos até a luz da manhã, punição e julgamento virá sobre nós”. Você sofrerá os julgamentos que estão para vir sobre este mundo se você permanecer calado com relação à provisão de Deus. Se você deseja escapar dos julgamentos que virão sobre todo o mundo, então você deve cumprir o propósito para o qual Deus o levantou, que é proclamar o Evangelho do Reino aos confins do mundo. Se você cumprir o propósito de Deus para sua vida, você escapará dos julgamentos e será preservado. Se você não cumprir este propósito, então Ele tratará com você como tratará com todo o mundo.
            Os siros fugiram de seu acampamento. Algo muito básico no homem deste mundo é o medo. Muito básico nos filhos de Deus é a sua confiança no Senhor. “Fogem os perversos sem que ninguém os persiga” (Provérbios 28:1). O temor enche o coração dos temerosos e incrédulos.
            Os leprosos contaram aos porteiros da cidade que o acampamento siro estava vazio. “Então os porteiros gritaram e fizeram anunciar as boas novas na casa do Rei.” A reação do rei foi aquela que se podia esperar de um filho de Jezabel. “Levantou-se o rei de noite, e disse a seus servos: Agora eu vos direi o que é que os siros nos fizeram. Bem sabem eles que estamos esfaimados; por isso saíram do arraial, a esconder-se pelo campo, dizendo: Quando saírem da cidade, então, os tomaremos vivos e entraremos nela. Então um dos seus servos respondeu e disse: Tomem-se, pois, cinco dos cavalos que ainda restam na cidade...” (II Reis 7: 11-13a). Todos os outros animais ou haviam morrido ou haviam sido comidos. O povo estava tão desesperado por comida que a cabeça de um jumento era vendida por oitenta ciclos, apesar de a cabeça não ter muita carne. Para o servo, os homens que iriam verificar não correriam mais perigo do que os outros, pois de qualquer forma, todos morreriam de fome. “.... pois toda a multidão de Israel que ficou aqui de resto terá a mesma sorte da multidão dos israelitas que já pereceram; enviemos homens e vejamos.”. Os homens tomaram então dois carros com cavalos e foram até o acampamento. No caminho eles encontraram roupas e armas que os siros haviam deixado em sua pressa. (II Reis 7: 15).
            “Então saiu o povo, e saqueou o arraial dos siros; e assim se vendia um alqueire de flor de farinha por um siclo, e dois de cevada por um siclo, segundo a palavra do Senhor. Dera o rei a guarda da porta ao capitão em cujo braço se apoiara” (II Reis 7: 16-17b). Você pode imaginar aquele homem pomposo dizendo ao povo o que deveria fazer? O povo estava morrendo de fome. Assim como ele não julgou bem o que Deus iria fazer, não julgou o que o povo seria capaz de fazer. E ele era um ótimo político. O homem em quem o rei confiava.
            O rei deu a guarda da porta ao capitão. “mas o povo o atropelou na porta, e ele morreu, como falara o homem de Deus, o que falou quando o rei descera a ele. Assim se cumpriu o que falara o homem de Deus ao rei: Amanhã, a estas horas mais ou menos, vender-se-ão dois alqueires de cevada por um siclo, e um de flor de farinha por um siclo, à porta de Samaria.” (II Reis 7: 17b-18). O profeta havia dito ao capitão: “Eis que tu o verás com os teus olhos, porém disso não comerás”. Foi o que aconteceu. O povo o atropelou na porta e ele morreu. Não deixe para enxergar as verdades de Deus tarde demais. O homem do mundo, assim como o homem religioso, duvida da validade de um caminhar com Deus, da profecia e da revelação. Estas verdades devem se tornar uma revelação para o coração deles e eles devem crer.
            Dias virão em que as pessoas irão procurar as gravações das profecias que têm vindo. Eles se maravilharão com o que tem acontecido nas vidas daqueles que crêem. Ele se maravilharão ao ver quão acuradas eram as profecias. Estamos em um tempo de revelação. Aqueles que dizem que precisam primeiro ver para depois crerem, verão a verdade tarde demais para partilharem dela. Nós queremos crer agora.
Muitas poucas pessoas caminham com Deus por causa daquilo que observam ou vêem. O Reino de Deus não vem com visível aparência (Lucas 17:20). As pessoas não vêm para este caminhar porque vêem certos eventos e percebem que o Reino está vindo. Ninguém caminha com Deus por causa das coisas que vê naturalmente. Você está em um caminhar com Deus porque Deus o revelou ao seu coração. À medida que o caminhar foi se tornando uma revelação para o seu coração, você foi se preparando para caminhar com Deus. Se você crer você verá. Deus dá uma visão especial ao homem de fé. Pela fé ele compreende; pela fé ele percebe; pela fé ele é capaz de ver o que acontecerá.
            “Estes sinais hão de acompanhar  aqueles que crêem: em meu nome expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma cousa mortífera beberem, não lhes fará nenhum mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.” (Marcos 16:17-18). Se este comissionamento tivesse sido dado pela sabedoria humana, a ordem teria sido revertida da seguinte maneira: “Primeiro vamos curar os enfermos. Segundo, nada nos fará mal. Terceiro, pegaremos em serpentes e por último, expulsaremos demônios.” Mas no nível espiritual, esta não é a ordem certa.
            Quando Deus o coloca em um novo plano você entra em um novo nível para possuí-lo e você pode ficar surpreso ao ver os habitantes daquele nível. Trata-se de uma terra que mana leite e mel, mas há também um gigante! O Senhor não disse nada sobre o gigante. Deus permitiu que ele ficasse na terra para cuidar das vinhas para você, para que as feras do campo não se multiplicassem (Êxodo 23:29). O que você fará com o gigante? Você deve vencê-lo e tomar o vinhedo dele. Primeiro você enfrenta os gigantes e os derrota. A ultima coisa é o leite e o mel.
            Se você pregar o evangelho aos confins do mundo, o que acontecerá? Primeiramente, no nome do Senhor, você expulsará demônios. O que acontecerá se você tentar caminhar com Deus? Primeiro você encarará o demônio. A batalha espiritual é parte integrante de um caminhar com Deus. Você deve entender isso. Satanás batalhará toda nova área para a qual você se mover. A primeira coisa com a qual você se deparará é o usurpador habitando naquele nível espiritual para expulsar o povo de Deus.
            Os filhos de Deus vêm a luz para libertar o mundo espiritual da sua futilidade e da perseguição demoníaca e opressão. Demônios não têm autoridade; eles são usurpadores. Eles têm tido poder para resistir, mas toda autoridade na terra e no céu é nossa. Devemos perceber que Satanás não pertence a este território; ele é nosso. Temos a autoridade como reis e sacerdotes do Senhor para nos movermos e possuí-lo em nome do Senhor Jesus.

carros de Fogo ao redor

O principal tema nas histórias de Eliseu é a prioridade e superioridade do espiritual sobre o natural. Isto é enfatizado na história dos carros de fogo.
            Para entendermos a vida naqueles dias precisamos nos lembrar que não havia uma grande produção de alimentos. Pessoas faziam outras de presas de uma maneira que hoje consideraríamos selvagem. Nos tempos de Eliseu, o rei da Síria enviou muitas tropas saqueadoras a Israel. Na história de Naamã, o leproso, uma pequena garotinha é levada cativa em uma destas tropas de saque para servir a esposa de Naamã, o capitão do exército do rei da Síria (II Reis 5:1-2). Naqueles dias não havia reuniões trabalhistas e, ao invés de empregar pessoas, uma nação simplesmente raptava crianças e adultos de uma tribo inimiga. Os cativos viviam em servidão sob espancamento e pertenciam aos seus senhores pelo resto de suas vidas.
            Você está feliz por não viver nestas circunstâncias? Pense na aflição de uma mãe ao ver que o filho não chegou em casa no fim da tarde, e saber que aquela criança foi levada para ser uma escrava. Os israelitas conviviam diariamente com estas tropas vindas da Síria, para saquear e destruir.

            II Reis 6:8-23 O rei da Síria fez guerra a Israel, e, em conselho com os seus oficiais, disse: Em tal e tal lugar, estará o meu acampamento. Mas o homem de Deus mandou dizer ao rei de Israel: Guarda-te de passares por tal lugar; porque os siros estão descendo para ali. O rei de Israel enviou tropas aquele lugar de que o homem de Deus lhe falara, e de que o tinha avisado, e assim se salvou, não uma nem duas vezes. Então tendo-se turbado com este incidente o coração do rei da Síria, chamou ele os seus servos, e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel? Respondeu um de seus servos: Ninguém, ó rei meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que falas na tua câmara de dormir. Ele disse: Ide, e vede onde ele está, para que eu mande prendê-lo. Foi-lhe dito: Eis que está em Dotã. Então enviou para lá cavalos, carros e fortes tropas; chegaram de noite e cercaram a cidade.” Imagine os soldados planejando a estratégia para apanhar o velho profeta, agora que haviam cercado a cidade. Tendo-se levantado muito cedo o moço do homem de Deus e saído, eis que tropas, cavalos e carros haviam cercado a cidade; então o seu moço lhe disse: Ai! meu senhor! que faremos? Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. Orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu. E, como desceram contra ele, orou Eliseu ao Senhor e disse: Fere, peço-te, essa gente de cegueira. Feriu-a de cegueira, conforme a palavra de Eliseu. Então, Eliseu lhes disse: Não é este o caminho, nem esta a cidade; segui-me, e guiar-vos-ei ao homem que buscais. E os guiou a Samaria. Tendo eles chegado a Samaria, disse Eliseu: ó Senhor, abre os olhos destes homens para que vejam. Abriu-lhes o Senhor os olhos, e viram; e eis que estavam no meio de Samaria. Quando o rei de Israel os viu, perguntou a Eliseu: Feri-los-ei, feri-los-ei, meu pai? Respondeu ele: Não os ferirás; fere aqueles que fizeres prisioneiros com a tua espada e o teu arco. Porém a estes, manda pôr-lhes diante pão e água, para que comam e bebam, e tornem a seu senhor. Ofereceu-lhes o rei grande banquete, e comeram e beberam; despediu-os, e foram para seu senhor; e da parte da Síria não houve mais investidas na terra de Israel.”
            Há uma maneira de matar seus inimigos gentilmente. Cristo ordenou “...fazei o bem aos que vos odeiam.” (Lucas 6:27b). Esta técnica parece funcionar. No caso de Eliseu ela foi bem eficaz. Os siros desistiram de enviar tropas para saques, tomar servos e destruir os israelitas.
            A revelação e compreensão dos fatos que o Senhor revelava a Eliseu permitiram que ele desse conselhos muito valiosos. Mesmo quando o rei da Síria veio diretamente contra ele a Dotã, ele foi capaz de derrotar o exército e frustrar completamente seus planos pela superioridade de sua autoridade atingindo-os com uma cegueira.
            Como povo escolhido de Deus devemos nos mover em nossa autoridade, na superioridade do espiritual sobre o natural. Podemos ser tachados de fanáticos neste ponto, mas eu não creio que haja alguma esperança para a terra a não ser que comecemos a amarrar as coisas que precisam ser amarradas e a libertar as que precisam ser libertas (Mateus 16:19). O tempo do nosso privilégio de publicar o evangelho e a Palavra do Reino pode ser provavelmente medido em termos de meses e não anos. Não é de se espantar que Deus nos diga para nos apressarmos. O que devemos fazer? Devemos imprimir a Palavra Viva e enviá-la a toda a terra, mas, principalmente, precisamos orar e buscar a autoridade que deve estar sobre o remanescente.
            Não há resposta para a grande maioria das pessoas que, desconhecendo os fatos, têm feito a coisa errada durante todos estes anos. A voz do povo não é a voz de Deus. Por outro lado, uma pequena minoria pode fazer como o profeta Eliseu, amarrar e frustrar os propósitos dos homens que desejam destruir o sistema prematuramente, antes que tenhamos a oportunidade de vermos o evangelho do Reino pregado aos confins da terra.
Satanás tem um planejamento de tempo. Se este planejamento não for atrasado e interrompido, irá empurrar o mundo para outros mil anos de escuridão antes que os propósitos de Deus sejam cumpridos. Este é um tempo estratégico para taparmos a brecha com nossas orações e fé. Se falharmos em fazer isso, o que Deus planejou fazer pode não se cumprir no período em que estamos vivendo. A Sua Palavra se cumprirá, mas não em plenitude nos nossos dias. A palavra diz que Deus fará uma obra rápida na terra ( Romanos 9:28). As Escrituras também dizem que,  a não ser que aqueles dias fossem abreviados, ninguém se salvaria ( Mateus 24:22)
            O quão seriamente nós desejamos esta verdade? Grandes corporações estão caindo. Alguns bancos estão enfrentando problemas. As notícias dos jornais trarão um grande terror aos nossos corações se pararmos para ouvi-las. Sabemos que o tempo é curto. Entraremos como Eliseu para tapar a brecha no tempo da transição e ver a mudança vir? O planejamento de tempo de Satanás precisa ser revertido.
            Satanás sempre tenta passar à frente de Deus. Ele se move no nível religioso e como resultado do desespero do homem, um Ismael sempre vem antes de um verdadeiro Isaque. Antes da esfera espiritual se abrir para o povo de Deus, o espiritismo foi introduzido nos Estados Unidos. Antes do povo de Deus começar a se mover em dons de curas e milagres, vieram outros com um tipo de cura mística que não era a coisa espiritual que Deus desejava. Um reino que não era o Reino de Deus foi pregado antes de vir a verdadeira revelação. Antes de toda verdadeira obra de Deus veio uma falsa.
            O povo que está se movendo em Deus hoje herdou o manto de reprovação da coisas falsas que os precederam. Eles têm caminhado sob um manto de reprovação por causa dos curadores e charlatães que conseguiram milhões de dólares no nome dos dons e ministérios espirituais. Agora Deus está levantando o mais belo corpo de ministérios; homens inigualáveis no sacrifício pessoal e na maneira como vivem e se dão sem reservas.
            No passado, primeiro veio a manifestação de Satanás e depois as coisas de Deus. Se o remanescente não reverter isto e se o plano de Satanás se completar primeiro, nenhuma carne se salvará. Neste momento os planos de Satanás para a destruição do mundo dentro dos governos estão mais completos do que imaginamos. Acorde remanescente do Senhor! O Senhor nos chamou para sermos o sal da terra ( Mateus 5:13). Ele tem nos chamado para sermos o canal da libertação.
            John, Charles Wesley e George Whitefield mudaram a história da Inglaterra por causa de seus encontros de oração. Martin Lutero passava uma média de seis horas por dia clamando diante de Deus. O apóstolo Paulo escreveu sobre a maneira como clamava ao Senhor de dia e de noite  (I Tessalonicenses 3:10). Aqueles homens sabiam orar. Hoje, nesta era de facilidades estamos completamente enganados se não cremos que fomos chamados para orar e tapar a brecha.
            Os profetas de Deus viram os dias de terror e trouxeram uma palavra de Deus: “Eu procurei por um intercessor, por alguém que tapasse a brecha e não encontrei nenhum” ( Isaías 59:16, Ezequiel 22:30). O Senhor quer nos mostrar misericórdia, mas, a não ser que haja canais humanos que estejam dispostos a serem usados por Ele para reverter o curso dos eventos humanos, experimentaremos mais desastres do que estamos preparados para suportar. De agora em diante temos que ter fé o suficiente para segurar o Mar Vermelho e andar em terra seca. Nossa transição da escravidão de uma era para a liberdade de uma nova era, deverá acontecer através de um caminhar miraculoso, sustentado pelo milagroso poder de Deus. Temos que crer na Palavra de Deus e agir nela. Se esperarmos esta transição ocorrer automaticamente e olharmos o que está acontecendo no nível natural, nossa fé será balançada e as palavras de Deus irão perder seu valor para nós. A transição só virá quando começarmos a orar.
            Devemos orar por muitos líderes e situações neste governo. É perturbante que não tenhamos como nos defender contra algumas coisas que outros líderes estão fazendo. O povo americano não é consultado com relação às decisões políticas do país. As pessoas são levadas a votarem em questões tão veladas pelos políticos e seus discursos que elas não vêem a verdade. Até os políticos parecem estar perdidos quanto à solução dos problemas econômicos do mundo hoje. Qualquer pessoa que apresente respostas é imediatamente desacreditado e seu conselho é ignorado. O resultado é que a confiança  e a credibilidade nos Estados Unidos está desaparecendo. O que devemos fazer? Podemos entrar em nossos armários e morrer de medo ou podemos crer que fomos levantados por Deus por um propósito e crer por este governo que Deus levantou.
            Quando leio a Declaração dos Direitos Humanos ou a Declaração de Independência, me sinto comovido. Sob nossa bandeira, coisas gloriosas aconteceram. Os programas de ajuda mundial salvaram as vidas de muitas pessoas. A maior realização da América foi o sacrifício que muitos cristãos fizeram para enviar o evangelho a todo o mundo. Mesmo assim, Deus nos enterrará em nossos próprios pecados, a não ser que haja intercessores que tapem as brechas, que orem e busquem a face do Senhor.
            Desde que o Senhor tornou real para nós a necessidade de que haja intercessores, uma batalha espiritual implacável contra nós teve início. Assim como Eliseu foi cercado pelo exército da Síria, nós também somos encurralados pelo poder demoníaco. O Senhor abrirá nossos olhos para que vejamos que são mais os que estão conosco do que os que estão com eles. No nível natural, o quadro mundial atual parece desesperador. É assim que parecia ao jovem moço ao ver os exércitos da Síria cercando a cidade. O profeta orou: “Abra seus olhos, Senhor”. Deus está se movendo para abrir os olhos de seu povo e cegar os olhos dos servos do inimigo, para trazer confusão entre eles e levar o povo de Deus ao entendimento.
            A oração é muito importante, mas neste momento precisamos profetizar em fé e autoridade para libertar este país para servir a Deus. Pelos desígnios de Satanás, muitas forças destrutivas estão operando neste país. Josué fez o sol parar, (Josué 10:12) e o espírito de Josué no remanescente de hoje pode fazer parar a onda de destruição, para que tenhamos a oportunidade de realizar a obra que Deus colocou diante de nós. Nossos corações devem perceber a urgência de que nos tornemos instrumentos de Deus na terra.
            O Senhor trouxe você a um caminhar com Ele não para que você seja abençoado, mas para que você se torne um instrumento escolhido por suas mãos. Uma das mentiras mais eficazes e destrutivas que Satanás poderia dizer a você é a de que não existe nenhum propósito para a sua vida, de que você não tem nenhum valor e de que não há nenhum sentido em você servir a Deus. Abra seus olhos. Você é chamado por Deus. A maioria dos seus problemas surge porque você não começou a se mover na sua posição em Deus. A batalha é grande, mas seja alguém que crê e assuma sua posição no Senhor.
Não devemos viver em comodidade em Sião. Não há muito tempo para o lazer. Devemos orar, crer, jejuar e buscar a face do Senhor. Devemos buscar ajuda e força, devemos orar para que as finanças sejam liberadas, para a supremacia espiritual sobre o natural seja manifesta. Alguém precisa trazer o rompimento na área das finanças, no físico, a vitória sobre o poder demoníaco e sobre toda situação e circunstância. Somos assaltados em Dotã, mas Deus irá derrotar com confusão os inimigos que nos sitiam para que a Palavra de Deus tenha curso livre através de nós. Em algum momento temos que deixar de ser os possuídos e nos tornarmos os possuidores. Em algum momento temos que tomar a iniciativa. Se assumíssemos autoridade e especificamente amarrássemos os movimentos do inimigo, prevaleceríamos com uma força inacreditável. Podemos ser os instrumentos nas mãos de Deus para trazer à luz uma nova era.

Por que você rasgou suas vestes?

Nos dias de Elias e Eliseu a vida era consideravelmente barata. Países que não eram muito produtivos, faziam seus vizinhos de presas. Eles atacavam um país vizinho e roubavam pessoas para torná-las escravas. Uma pequena garota que havia sido raptada desta forma teve um importante papel em uma libertação que Deus desejava trazer.
II Reis 5: 1-3 “Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o Senhor dera vitória à Siria; era ele herói da guerra, porém leproso. Saíram tropas da Síria, e da terra de Israel levaram cativa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Disse ela à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.” Mesmo em sua aflição, a pequena garota ainda demonstrou amor. Apesar de ser uma garota israelita livre que deveria estar andando em sua herança, ela amava o senhor que possuía seu corpo e sua alma.
É bom que, quer seja o que aconteça a você, você não sucumba à perversa raiz de amargura. Esta raiz de amargura pode se mover como um câncer espiritual através de você e corromper todo aspecto de sua vida espiritual. Nada pior poderia sobrevir a você em uma circunstância do que a amargura do seu próprio coração com relação àquela circunstância.
“Então, foi Naamã e disse ao seu senhor: Assim e assim falou a jovem que é da terra de Israel. Respondeu o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. Ele partiu, e levou consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes festivais. Levou também ao rei de Israel a carta, que dizia: Logo, em chegando a ti esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra. Tendo lido o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes, e disse: Acaso sou Deus com poder de tirar a vida, ou dá-la, para que este envie a mim um homem para eu curá-lo de sua lepra? Notai, pois, e vede que procura um pretexto para romper comigo. Ouvindo, porém, Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara a suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel. Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e os seus carros e parou à porta da casa de Eliseu. Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo. Naamã, porém, muito se indignou, e se foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso. Não são porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo? E voltou-se e se foi com indignação.” II Reis 5: 4-12.
A humildade não pode ser separada da fé. Você não pode crer em Deus por algo sem passar por um processo de humilhação. Esta é a razão pela qual quanto mais orgulho e arrogância prevalece em uma pessoa, menos ela obtém de Deus. Deus diz: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar,  orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”(II Crônicas 7:14). Tudo o que vem de Deus começa com um coração humilde. Deus está sempre atento ao estado do seu coração.
À medida que você caminha continuamente em arrependimento, o arrependimento se torna um estado de coração. Um verdadeiro cristão que caminha em fé é alguém que se arrepende instantaneamente. No minuto em que ele vê algo errado em sua vida, ele se humilha diante do Senhor. Às vezes, o seu espírito antecipa quando algo está errado, pois ele chora antes mesmo de perceber  o que fez de errado. O arrependimento vem muito rápido, pois esta é a maneira do Espírito de produzir um verdadeiro caminhar em fé.
As pessoas sempre tendem a querer algo espetacular. Foi isto o que aconteceu com Naamã. “Então se chegaram a ele os seus oficiais, e lhe disseram: Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma cousa difícil acaso não a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: Lava-te e ficarás limpo.” versículo 13. As pessoas querem misturar sua fé com orgulho. Este era o caso de Naamã. Se fosse para ele se banhar em um rio, ele escolheria um rio em Damasco que fosse menos sujo que o Jordão. Quem iria querer banhar-se em um rio sujo? O orgulho entrou junto com sua fé.
O Senhor sempre escolhe os rios que parecem imundos para a humanidade para fazer Sua purificação. Se você procura por uma igreja  que seja apreciada pela comunidade religiosa, lembre-se das palavras de Jesus: “Ai de vós, quando todos vos louvarem! porque assim procederam seus pais com os falsos profetas.” (Lucas 6:26). Se você quer encontrar uma palavra pura, procure por ela onde os rios parecem lamacentos e desagradáveis aos olhos dos homens. Ali você será curado de sua lepra.
O orgulho sempre busca algo que seja bem recebido por outras pessoas. As pessoas são freqüentemente convictas de seus pecados, mas não assumem sua posição por Cristo, porque há alguma reprovação sobre a igreja que ministrou a elas. Mas quando um evangelista de respeito vem à cidade, elas declaram publicamente sua salvação. Deste momento em diante, elas se dizem “salvas,” mas fogem da obra da cruz. Elas fogem de tudo o que possa manchar seu bom nome. Para que uma pessoa caminhe com fé verdadeira, o orgulho deve desaparecer.
A estória de Naamã nos mostra que fé e orgulho não podem coexistir. Para que uma pessoa tenha sucesso no seu caminhar com Deus, o orgulho tem que ser deixado para trás. Quando Eliseu viu Naamã vindo, disse ao seu servo: “Vá e diga a ele para mergulhar no Jordão sete vezes”. Eliseu nem se preocupou em cumprimentar Naamã. O povo deveria pensar que Eliseu devesse ser hospitaleiro para com um homem de tanta influência, pois isto  ajudaria a acabar com a hostilidade que havia entre Israel e Síria. Mas Eliseu simplesmente enviou a ele a palavra de que deveria mergulhar sete vezes no rio lamacento para ser purificado. Naamã ficou furioso. O orgulho e o temperamento mau estão sempre juntos. Quando os pais ficam nervosos com seus filhos, não é com o comportamento errado dos filhos que eles ficam nervosos. Eles ficam nervosos porque os filhos são uma extensão de si mesmos e eles se sentem humilhados com as atitudes dos filhos. O mau temperamento de um homem está quase sempre diretamente relacionado a uma ofensa contra seu orgulho.
Naamã era um grande general, um grande estrategista. Ele teria feito qualquer grande ato que Eliseu porventura houvesse pedido. Mas quando Eliseu pediu uma pequena coisa, o orgulho de Naamã foi ferido. As pessoas ainda gostam de misturar a fé com alguma obra da carne para que possam dizer: “Veja o que fizemos”.
“Então desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou como a carne duma criança, e ficou limpo. Voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; veio, pôs-se diante dele e disse: Eis que agora reconheço que em toda a terra não há Deus senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo.” (II Reis 5:14-15) O pensamento de Naamã foi completamente mudado. É incrível o que o Senhor pode fazer. Naamã foi curado não só de sua lepra, mas também do seu orgulho.
“Porém ele disse: Tão certo como vive o Senhor em cuja presença estou, não o aceitarei. Instou com ele para que o aceitasse, mas ele recusou” (vers. 16). Precisamos de ministros que não tenham preço, que não busquem algo como retorno.
Se alguém vem a mim, me pede oração e me oferece cinco dólares eu não aceito, mesmo que a pessoa diga que é para a igreja. Não quero associar ministério e preço. Isto tem sido muito forte em meu coração. Eu não sou contra as pessoas sustentarem um ministério, mas não aceito dinheiro para casamentos e funerais. Para mim, isto é um ministério. Nenhum dinheiro do mundo poderia pagar a benção do Senhor. Não deve haver qualquer associação entre ministério e dinheiro. Se mantivermos esta verdade em nossos corações, ela evitará que nos tornemos mercenários. Jesus disse que os mercenários fogem em tempo de perigo porque não amam as ovelhas.(João 10:13) Nós não somos mercenários. Somos pastores de ovelhas. Nós não fugimos nem colocamos preço para nosso ministério.
Eliseu disse que não aceitaria nada. “Disse Naamã: Se não queres, peço-te que ao teu servo seja dado levar uma carga de terra de dois mulos; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao Senhor. Nisto perdoe o Senhor a teu servo; quando o meu senhor entra na casa de Rimom para ali adorar, e ele se encosta na minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom, quando assim me prostrar na casa de Rimom, nisto perdoe o Senhor teu servo. Eliseu lhe disse: Vai em paz. Quando Naamã se tinha afastado certa distância, Geazi, o moço de Eliseu, homem de Deus, disse consigo: Eis que meu senhor impediu a este siro Naamã que da sua mão se lhe desse alguma cousa do que trazia; porém, tão certo como vive o Senhor hei de correr atrás dele, e receberei dele alguma cousa. Então foi Geazi em alcance de Naamã; Naamã, vendo que corria atrás dele, saltou do carro a encontrá-lo, e perguntou: Vai tudo bem? Ele respondeu: Tudo vai bem; meu senhor me mandou dizer: Eis que agora mesmo vieram a mim dois jovens, dentre os discípulos dos profetas da região montanhosa de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas vestes festivas. Disse Naamã: Sê servido tomar dois talentos. Instou com ele, e amarrou dois talentos de prata em dois sacos e duas vestes festivas; pô-los sobre dois dos seus moços, os quais os levaram adiante deles. Tendo ele chegado ao outeiro, tomou-os da suas mãos e os depositou na casa; e despediu aqueles homens, que se foram” (II Reis 5:17-24). Geazi valorizava o dinheiro. Os discípulos fizeram o mesmo quando o vaso do alabastro se quebrou. Judas disse que ele poderia ter sido vendida por muito dinheiro que poderia ter sido repartido entre os pobres. O evangelho de João diz que Judas disse isso não por que se preocupava com os pobres, mas porque carregava a bolsa.( João 12:5,6).
Há tempos em que um pastor não pode aceitar dinheiro, pois corromperia o espírito da igreja. Mas há também tempos em que ele deve colocar sobre o povo a responsabilidade de um sacrifício total, pois eles não podem caminhar com Deus sem um discipulado. Geazi usou a condição dos filhos dos profetas como uma justificativa, mas ele estava pensando apenas em si mesmo.
“Ele, porém, entrou, e se pôs diante de seu senhor. Perguntou-lhe Eliseu: Donde vens, Geazi? Respondeu ele: Teu servo não foi a parte alguma. Porém ele lhe disse: Porventura não fui contigo em espírito quando aquele homem voltou do seu carro, a encontrar-te? Era isto  ocasião para tomares prata, e para tomares vestes, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas? Portanto a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então saiu de diante dele leproso, branco como a neve.”    (II Reis 5:25-27). O espírito de Eliseu era tão livre, que ele era capaz de ver coisas em lugares onde ele não estava. Alguns chamariam isto de percepção extrasensorial, mas é muito mais do que isso. O espírito de uma pessoa pode focalizar tão fortemente em um lugar que ela é capaz de ver o que está acontecendo lá. Eliseu disse: “Por acaso meu coração não foi contigo quando o homem desceu de seu carro e foi ao seu encontro?” A palavra “coração poderia ser substituída por “espírito” nesta passagem. Geazi pensou que ninguém o havia visto, mas Eliseu viu o que aconteceu e a lepra de Naamã foi transferida para Geazi e seus descendentes.
À medida que o Senhor traz para o seu povo saúde divina, teremos uma compreensão muito mais profunda com relação à saúde e a doença. A saúde depende muito do estado mental de uma pessoa. Alimentos saudáveis fazem muito bem, mas eu me pergunto o quanto tudo isso não é psicológico. A mente é muito poderosa. Eu penso que pessoas poderiam sobreviver com alimentos sem qualquer valor nutritivo. Se elas apenas confiassem no Senhor e abençoassem a comida, não ficariam doentes e teriam força e saúde. Eu estou mostrando a vocês o quanto o poder da mente é forte. Quantas doenças são realmente doenças e quantas delas são apenas psicológicas? A causa das doenças freqüentemente, não é tão física quanto  emocional e mental.
Muitas doenças são o resultado de um espírito de enfermidade, um espírito que invade o corpo para criar doença. As Escrituras falam de um espírito de enfermidade (Lucas 13:11). Algumas vezes Jesus impunha as mãos sobre as pessoas e as curava. Outras ele expulsava os demônios delas. Às vezes Ele repreendia a doença e falava com ela como se ela fosse algo vivo (Lucas 4:39).
Existem muitos aspectos com relação às doenças e enfermidades que não conhecemos ainda. Após Naamã ter sido curado, a lepra não desapareceu, mas foi transferida no mesmo dia para Geazi. Aquilo teria acontecido se a lepra fosse infecciosa, demoníaca, viva ou apenas psicossomática. Muitas coisas podem ser transferidas. O profeta Eliseu sabia como o processo funcionava. Geazi carregou aquela enfermidade até o dia de sua morte.
Muito da saúde e do bem estar é também psicossomático. Há pessoas que nunca se sentirão bem. Elas sempre estão doentes, porque não querem se sentir bem. Existem outras pessoas que confiam no Senhor, não importa o que elas passem. Elas têm um estado de saúde tão forte em suas mentes, que se recusam  a aceitar qualquer enfermidade. Recusando a enfermidade, elas se recuperam em um ritmo bem mais rápido.
Se o Espírito Santo de Deus está sobre nós, há em nós um espírito de força, o oposto de um espírito de enfermidade. A força é um fluir criativo de Deus para que o corpo possa estar constantemente em um estado superior de saúde. A saúde divina pode ser transferida e impartida. À medida que nos movemos nos dias do Reino, Deus abrirá muitos novos níveis de verdades para o Seu povo. Que tenhamos fé para andar nestas verdades.

OS CARROS DE ISRAEL
Eliseu ministrou mais para as dez tribos do norte de Israel, as quais logo após seu ministério foram levadas cativas pela Síria. Muitas pessoas foram destruídas por causa da idolatria pois os julgamentos de Deus vieram sobre aquelas tribos. Elias e Eliseu foram uma força que impediu a apostasia em Israel por um tempo. Os reis de Israel não queriam voltar para o Senhor porque se o fizessem, o povo iria para o templo em Jerusalém para as festas e sacrifícios e seriam influenciados pela Judéia e pelo rei de Judá. Os reis de Israel não queriam esta influência sobre o seu povo. Mesmo se o povo quisesse servir ao Senhor, mesmo temendo ao Senhor, eles serviam aos seus próprios deuses (II Reis 17:33). Os reis mantinham o povo longe do Senhor porque isto era política e financeiramente conveniente. Se eles não fizessem isso, o povo pagaria suas taxas e impostos em Jerusalém. Contudo, alguns reis como Jeoás, procuraram Eliseu. Em II Reis, 13:14-21 encontramos a história da morte de Eliseu. “Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer, Jeoás, rei de Israel, desceu a visitá-lo, chorou sobre ele, e disse:  Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros! Então lhe disse Eliseu: Toma um arco e flechas; ele tomou um arco e flechas. Disse ao rei de Israel: Retesa o arco; e ele o fez. Então Eliseu pôs as mãos sobre as mãos do rei. E disse: Abre a janela para o oriente; ele a abriu. Disse mais Eliseu: Atira; e ele atirou. Prosseguiu: Flecha da vitória do Senhor, flecha da vitória contra os siros, porque ferirás os siros em Afeque, até os consumir. Disse ainda: Toma as flechas. Ele as tomou. Então disse ao rei de Israel: Atira contra a terra; ele a feriu três vezes e cessou. Então o homem de Deus se indignou muito contra ele e disse:  Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido; então feririas os siros até os consumir;  porém agora só três vezes ferirás os siros. Morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora bandos dos moabitas costumavam invadir a terra, à entrada do ano. Sucedeu que, enquanto alguns enterravam um homem, eis que viram um bando; então lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, logo que o cadáver tocou os ossos de Eliseu, reviveu o homem, e se levantou sobre os seus pés.”  As tribos do norte eram próximas da Síria. Ainda nos dias atuais aquela é uma região de conflitos entre descendentes da Síria e descendentes de Israel. Grupos de guerrilheiros vêm desta área para atacar os israelitas.
            Quando Jeoás foi até Eliseu ele não foi fazer um pedido, mas precisava de ajuda. Eliseu sentou-se em sua cama e disse a ele o que fazer. As ações eram simples, mas eram ações que expressavam fé. A fé parecia determinar o  futuro. (Alguns cientistas estão realizando estudos sobre como prever se um homem terá ataque cardíaco, através da análise e classificação do tipo de personalidade da pessoa. Até as pessoas do mundo tentam prever o futuro. Mas os cristãos são chamados de fanáticos quando começam a se mover na sabedoria de previsão do Senhor). Eliseu profetizou e limitou a extensão do cumprimento da profecia. Ele disse que o cumprimento da profecia dependeria de Jeoás. A extensão do cumprimento de toda profecia depende da maneira como ela é recebida e da maneira como a pessoa age com relação a ela.
            Após Jeoás atirar a flecha através da janela aberta, Eliseu disse a ele que tomasse as flechas e atingisse o chão. Jeoás atirou para o solo três vezes e parou. Eliseu ficou furioso e disse que Jeoás deveria ter atirado cinco ou seis vezes, e, então, os siros, que sempre perseguiram Israel, teriam sido completamente destruídos. Mas ao invés disso, a Síria foi derrotada apenas três vezes. As profecias e o cumprimento delas é algo relativo. Não importa o que seja profetizado sobre você, a extensão do cumprimento desta profecia, por mais maravilhosa que seja, dependerá da maneira como você age com relação a ela.
            Alguns homens rejeitam profecias dizendo que elas são falsas porque eles desenvolvem um espírito de amargura. Eles têm profecias sobre suas vidas que dizem que eles terão certas coisas. Deus é fiel e há uma garantia de cumprimento das profecias. Mas estes homens nunca se desenvolvem realmente no ministério como se espera. As profecias se cumprem apenas em parte. O cumprimento de uma profecia depende da fé da pessoa envolvida e também do seu entusiasmo, inteireza de coração e do seu foco na Palavra.
            Paulo instruiu Timóteo: “Lembre-se das profecias que vieram sobre você. Medite nelas. Entregue-se de coração a elas para que o seu progresso seja manifesto a todos” (I Timóteo 4:15). Uma profecia pode ser muito verdadeira, mas seu cumprimento nem tanto. Depende de você. Uma profecia pode se cumprir de uma maneira tão maravilhosa que as pessoas que ouviram aquela profecia irão se espantar ao ver que uma frase tão simples poderia criar um cumprimento tão maravilhoso. O cumprimento depende de você. Você não pode julgar se uma profecia é falsa ou verdadeira através do seu cumprimento. A extensão em que a profecia se cumprirá depende da pessoa sobre a qual a profecia veio.
            Você acredita que Judas Iscariotes era um apóstolo? Você acredita que ele curou enfermos e realizou milagres? Ele certamente o fez. Ele deve ter sido um dos setenta comissionados por Jesus (Lucas 10). Pedro disse que Judas havia ido para seu lugar e que outro tomaria seu encargo (Atos 1: 20,25). Judas falhou. Ele não poderá dizer que as profecias sobre ele não se cumpriram ou que não eram verdadeiras. As profecias eram verdadeiras. O cumprimento dependia de sua fidelidade, de seu foco e de sua entrega à graça de Deus que poderia ter trazido o cumprimento. Ele mesmo determinou a extensão do cumprimento das profecias.
            Deus tem falado coisas tremendas a nosso respeito e eu não posso imaginar nada pior do que ter todas estas profecias e revelações e vê-las se cumprindo apenas em parte. Eu não quero que Deus cumpra as profecias que existem sobre mim de uma maneira pequena. Quero que o cumprimento seja abundantemente maior do que tudo o que eu tenha pensado ou pedido (Efésios 3:20). Eu quero que Deus use seu princípio da abundância. Ele multiplica pães e peixes até que todos se fartem e ainda reste. (Marcos 8:8).
            Eu francamente não estou satisfeito com o cumprimento das profecias em minha vida. Você está satisfeito com o que você está andando?  Você está satisfeito com a maneira como as profecias têm se cumprido em sua vida? Você crê que as palavras que estão sobre você estão tendo vida? Você está descontente com a medida de cumprimento das profecias em sua vida?  Está satisfeito com a medida em que a Palavra tem se cumprido?
A medida ou extensão do cumprimento de uma profecia depende de você. As profecias são verdadeiras, mas o cumprimento é relativo ao quanto você se dá por aquelas profecias. Se há uma preparação limitada em seu coração, então o cumprimento das profecias será limitado. Se você tem se recusado a entrar na obra da cruz e tem escondido do Senhor algumas áreas de sua vida, então não se surpreenda se Deus usar você de maneira limitada. Você será um utensílio de honra na mesma extensão em que se tornar um utensílio santificado e pronto para o uso do mestre. (II Timóteo 2:21).
            Eu quero que Deus me use o máximo. Quero que Ele faça o que quer que seja necessário em minha vida que me capacite a crer por um cumprimento sem limitações. Não quero atingir o chão três vezes com a flecha. Quero atingi-lo com a flecha até que as pontas sejam gastas, até que as penas voem, até que a única coisa que reste sejam os estilhaços das flechas em minhas mãos.
            A chave para o cumprimento das profecias é começar a caminhar fielmente com o Senhor. Devemos ser homens de entusiasmo. A palavra entusiasmo vem do grego “en” e “theos”. Theos significa Deus. A palavra entusiasmo significa em sua origem uma expressão para o gozo extasiante e a tremenda emoção encontrada em um homem que vive em “Theos”, em Deus.
            Oh! Deus, faça com que tenhamos entusiasmo, com que estejamos em Deus, crendo pelo gozo, pelo cumprimento das profecias, crendo para que a unção do espírito esteja sobre nós. Não queremos uma pequena medida. Eliseu viveu com este pensamento; ele exigiu uma porção dobrada. Quando ele morreu e foi enterrado, seu cadáver tinha mais vida do que muitos vivos. Quando aqueles homens assustados jogaram o cadáver de um homem sobre a carcaça de Eliseu, o homem reviveu e se levantou. Aí é que os homens devem ter ficado mesmo assustados!

            Eliseu tinha mais vida em seu cadáver do que muitas pessoas têm depois de quarenta dias de jejum. Qual era o segredo do ministério de Eliseu? Inteireza de coração. Ele se levantou do seu leito de morte para repreender o rei Jeoás, dizendo a ele com que inteireza de coração ele deveria ter crido em Deus e lançado as flechas.
            Que sirvamos ao Senhor com todo o nosso coração. Quando tivermos feito isso, teremos cumprido apenas o primeiro mandamento que Ele nos ordenou: “...Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.” Mateus 22:37. Devemos ser inteiros de coração no nosso caminhar com o Senhor.

TEREI PORÇÃO DOBRADA

Elias foi o profeta do fogo e da chuva. Ele fez descer fogo do céu sobre os sacrifícios e chuva para acabar com a fome (I Reis 18:30-46). Eliseu foi o profeta da porção dobrada. Os ministérios de Elias e Eliseu tinham muito em comum. Eles foram capazes de bater nas águas e dividi-las; trouxeram chuva em tempos de fome; ajudaram viúvas; ressuscitaram o filho único morto e realizaram milagres para os que estavam fora de Israel, o que não era uma prática comum entre os profetas do Velho Testamento. Eles pronunciaram julgamento sobre reis e vingança a incrédulos.
Elias e Eliseu realizaram milagres de julgamento e provisão semelhantes aos quais devemos crer nos dias que virão. Poderemos ter que realizar milagres como os de Elias e Eliseu nos dias por vir. É impossível estocar comida suficiente para nos sustentar nos dias que virão. Precisaremos de milagres como o que Jesus realizou, multiplicando cinco pães e dois peixinhos ou como o milagre que Elias e Eliseu realizaram, multiplicando o pão, a refeição e o azeite de forma que havia sempre o suficiente para todos. Não importa quanta provisão conseguimos com nosso trabalho, precisamos nos perguntar sobre como os profetas da antigüidade realizaram os milagres. O que desenvolveu a fé deles para que eles fossem capazes de realizar os milagres? Como os milagres foram realizados? Como o Senhor realizou o milagre de transformação da água em vinho? Como Ele mudou a estrutura molecular para criar o vinho bom na festa de casamento de Caná? (João 2:1-11).
Os milagres de julgamento são necessários. O elemento de ilegalidade que existe na terra hoje é paralelo aos tempos de apostasia em Israel, o país para o qual Elias e Eliseu profetizaram. Estes homens foram profetas que falaram a Palavra de Deus para um povo que havia se afastado do Senhor. As histórias de Acabe e Jezabel são exemplos de como a corrupção e uma completa desconsideração à justiça e ao julgamento podem existir nos governantes de um país. Foram pronunciados julgamentos sobre eles e estes julgamentos se cumpriram através da fome e de vários testes.
Nos fins dos tempos, julgamentos serão efetuados outra vez. As duas testemunhas falarão a Palavra que elas julgarem necessária e trarão julgamentos sobre os habitantes da terra. Os julgamentos serão tão grandes que os habitantes da terra irão se enfurecer contra eles. Quando as duas testemunhas forem finalmente assassinadas e deixadas mortas nas ruas por um certo período de tempo, as pessoas irão declarar um grande feriado e se alegrar com a morte delas. De repente, no meio da alegria e da festa, as duas testemunhas ressuscitarão e ascenderão ao céu. Outros selos mais serão abertos e outros julgamentos virão sobre a terra exatamente como Deus disse (Apocalipse ll).
Mesmo antes de muitos de nós estarmos andando na plena manifestação da vida ressurreta nós realizaremos milagres. Alguns de nós poderão ser assassinados e ressuscitar em uma posição de governo e autoridade. O filho varão virá à luz assim como está escrito no livro de Apocalipse e o dragão estará pronto para devorá-lo no momento do seu nascimento, mas ele será arrebatado para reger as nações   (Apocalipse 12:4,5).
Estamos em um período de transição no qual a perseguição de Satanás aos eleitos será muito grande. Uma porção dos eleitos será a companhia de Elias. Eles virão com Elias (provavelmente o próprio Elias, de acordo com Malaquias 4:5), antes do grande dia do Senhor. Haverá uma tremenda manifestação de julgamento que ocorrerá na terra enquanto as pessoas ainda estiverem em um  plano humano e no meio desta manifestação Deus irá trazer várias experiências através das quais Seu remanescente entrará no corpo glorificado e na vida ressurreta.
O livro de Apocalipse nos dá diferentes nuances do quadro futuro. Ele apresenta as duas testemunhas e o filho varão. Neste livro vemos uma certa repetição dos estilos e maneiras através das quais as libertações virão. Este é o foco desta Palavra. Deus quer que nos preparemos para fazer os milagres, sinais e maravilhas.
Os milagres que Elias e Eliseu realizaram foram diferentes dos milagres normais. Nunca vimos tanta responsabilidade de efetuar, administrar e guiar julgamento nas mãos de indivíduos, como aconteceu com Elias e Eliseu. Não compreendemos como eles foram capazes de introduzir o julgamento no plano em que estavam e também não sabemos como os julgamentos virão sobre a terra novamente. Nunca mais veremos dias como aqueles em que Elias e Eliseu viveram pois eles se moveram como indivíduos. Nos fins dos tempos, o julgamento será administrado por um Corpo de pessoas.
          As duas testemunhas mencionadas no livro de Apocalipse trarão fogo do céu quando assim acharem por bem o fazer e realizarão grandes maravilhas. Você pode ter a impressão de que estas duas testemunhas são Moisés e Elias. Elias foi transladado e Moisés morreu. Judas 9 sugere que o diabo contendeu pelo corpo de Moisés e que os anjos pelejaram com ele e, aparentemente, o corpo de Moisés nunca se decompôs. Mateus 17:3 registra que Moisés e Elias estavam no Monte da transfiguração falando com o Senhor Jesus a respeito das coisas que Ele haveria de sofrer. Eles estavam bem conscientes do Reino que estava por vir.
            Moisés e Elias são únicos. Ambos compreendiam inteiramente sobre operação de milagres e julgamento. Salmos 103:7 diz que Deus manifestou Seus feitos a Israel, mas fez conhecidos seus caminhos a Moisés. Moisés conhecia os caminhos e as obras de Deus e sabia como realizar um milagre. Ele realizou um milagre que desagradou ao Senhor porque o fez por sua própria iniciativa. Ao invés de falar à rocha, ele a feriu. Deus ficou tão descontente com a falha de Moisés em glorificá-Lo diante do povo que não permitiu que ele entrasse na terra de Canaã (Números 20:11,12). Na primeira vez Deus ordenou a ele que ferisse a rocha (Êxodo 17:6), mas, na segunda, ele deveria falar a ela. Como ele já sabia como fazer, ele tocou a rocha e a água ainda fluiu. Os caminhos de Deus foram manifestos a Moisés. Como fazemos para conhecer os caminhos do Senhor? Como entramos nos dias de julgamento e nas obras que Deus está colocando diante de nós? Certamente, esta é a hora de crermos para que Deus torne a repetir os dias de Elias e Eliseu.
            Elias trouxe fome, multiplicou refeições e azeite, restaurou a vida de um jovem, fez com que sacrifícios fossem consumidos pelo fogo e trouxe chuva. Ele fez com que capitães e homens, companhias de 50 fossem consumidas pelo fogo e dividiu as águas do Jordão.              ( I Reis 17,18; II Reis 1,2). Os milagres de Eliseu se iniciaram quando Elias partiu. Eliseu começou separando as águas do Jordão. Ele purificou as águas ruins que faziam com que a colheita não vingasse; chamou ursos para comer 42 crianças; por sua palavra, houve suprimento de água em tempos de fome e o azeite de uma viúva foi multiplicado; quando houve morte na panela ele a tirou; ele multiplicou pães em tempos de fome;  restaurou uma vida  e curou o capitão gentio Naamã da lepra que foi transferida para seu moço Geazi, por causa da sua ambição (Geazi morreu por causa desta lepra). Eliseu fez também um machado de ferro flutuar; atingiu os siros com cegueira e os fez cair em armadilha. Depois de sua morte, o corpo de Eliseu ressuscitou um cadáver (II Reis 2:6-13).
            Dois versículos das Escrituras iluminam a diferença básica entre Elias e Eliseu. I Reis 19:3-4 relata a reação de Elias diante da ameaça de Jezabel. “Temendo, pois, Elias, levantou-se e, para salvar sua vida, se foi e chegou a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço. Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais.”  Elias sentiu como se não houvesse feito nenhum progresso que justificaria a continuação de sua vida. Ele estava muito desencorajado quando fez esta oração, mas depois disso, ele realizou a maior obra de sua vida. Após um anjo cozinhar para ele sob um pé de zimbro, ele entrou em um jejum. Ele caminhou para o Monte Horebe sustentado pela força daquela comida por 40 dias. (I Reis 19:5-8). No Monte Horebe Deus mostrou a Elias o que determinou o futuro dos reis, a eleição de seu sucessor e os julgamentos que estavam por vir.
            Não há registros de qualquer período de desencorajamento na vida de Eliseu. Em II Reis 6:15,16 vemos Eliseu em uma situação muito difícil: “Tendo-se levantado muito cedo o moço do homem de Deus e saído, eis que tropas, cavalos e carros haviam cercado a cidade; (eles haviam cercado a cidade na qual Eliseu estava) então, o seu moço lhe disse: Ai! meu senhor! que faremos? Ele respondeu:  Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.” As Escrituras indicam que Eliseu tinha visões espirituais. Ele via não só o mundo físico ao seu redor, mas também a esfera espiritual. Eliseu viu as hostes de Deus, os cavalos e carros de fogo ao redor da cidade. O moço viu apenas o exército perseguidor que viera para apanhar Eliseu. Esta situação seria desencorajadora para a maioria das pessoas. Aquela perseguição sem par que parecia morte certa na opinião humana, desencorajou o moço de Eliseu. Ele não sabia o que fazer. Eliseu não estava desencorajado. Ele disse ao jovem homem que não temesse.
Nestes dias o Senhor deverá dar a Seu povo uma porção dobrada. A única coisa que distinguiu Eliseu de Elias foi o último pedido que Elias lhe garantiu: uma porção dobrada do Espírito que estava sobre ele. Durante muitos anos Eliseu derramou água nas mãos de Elias. Ele cuidava de Elias, cozinhava para ele e o servia. Mas quando a hora da partida de Elias chegou, Eliseu não se vestiu de uma pseudo-humildade, pedindo para ter apenas uma porção do espírito que estava sobre Elias. Eu acho que apesar de todo o discernimento que Elias tinha, ele esperava que Eliseu fizesse um pedido simples. Elias estava preparado para abençoar Eliseu, mas Eliseu via o que Elias tinha e sem qualquer falsa humildade ele pediu por porção dobrada.
            O pedido de Eliseu por porção dobrada despertou a fé em Elias, fé para crer que um homem poderia ministrar para outro duas vezes mais do que ele próprio tinha. As leis espirituais indicam que um rio não pode correr acima de sua fonte e que maior é o professor do que o discípulo. Estas leis são raramente violadas. Muitos poucos dos discípulos tinham qualidades tanto quanto o Senhor tinha.
            Devemos examinar nossa falsa humildade. Talvez alguns de nós devamos procurar um homem que está se movendo em Deus e pedir por uma porção dobrada do que ele tem. Deve haver uma grande expectativa nos corações do povo de Deus. Agradecemos ao Senhor pelo que Ele fez através de Lutero, John Wesley e outros grandes homens da Bíblia com Saulo de Tarso. Estes homens andaram com Deus com grande humildade e realizaram obras maravilhosas. Mas, nestes dias, quando as obras maiores estão para acontecer, precisamos andar em mais do que esses santos andaram. Precisamos de porção dobrada.
            Aproprie-se da provisão de Deus com uma coragem e uma fé que agradem ao Senhor. Você pode não saber como irá acontecer, mas creia por uma porção dobrada. Creia por um cadeia sucessiva de porções dobradas. Quando um presbítero colocar as mãos sobre você, aproprie-se de duas vezes o que ele tem. Aproprie-se humildemente. Não se inche de orgulho quando você tiver duas vezes mais do que aquele presbítero tem. Ele poderá vir até você e pedir-lhe que você o abençoe com porção dobrada do que você tem. Pense como as porções do Espírito se multiplicariam! Creia pela multiplicação da unção e da benção do Senhor sobre você.
            Se Eliseu queria aquela porção dobrada por que ele teve que pedir a Elias ao invés de ir direto a Deus e dizer que ele queria porção dobrada do que Elias tinha? Não é assim que as coisas funcionam. Deus ainda opera através de canais humanos. À medida que as pessoas abençoam umas às outras, a benção se multiplica grandemente. O que uma pessoa recebe de volta daquela que ela abençoa é mais do que ela deu. O ministério do Corpo resulta numa soma total de eficácia e fé mais do que qualquer dos indivíduos envolvidos poderia ter.
            Em Isaías 61 Deus nos dá uma promessa quanto àquilo que haveremos de ver. Deus trará o dia do grande gozo e colocará “ ...sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria em vez de pranto, veste de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória.” Versículo 3. O versículo 6 mostra isso mais claramente: “Mas vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus; comereis as riquezas das nações e na sua glória vos gloriareis.” Todas as coisas com as quais Deus abençoou o mundo fluirão para Sião. Nós não buscamos isso com ambição, mas somos persistentes em requerer as promessas de Deus. “Em lugar da vossa vergonha tereis dupla honra; em lugar da afronta exultareis na vossa herança; por isso na vossa terra possuireis o dobro e tereis perpétua alegria.” Versículo 7.
            Em um momento de estresse Elias se achou tão desencorajado que orou para que morresse. Talvez você esteja andando em menos do que Elias e fazendo esta mesma oração. Talvez você às vezes se torne tão desencorajado que não deseje mais viver. Tudo o que você precisa é de uma porção dobrada. Com uma porção dobrada, Eliseu nunca expressou qualquer desejo de morrer, até onde as Escrituras relatam. Mesmo quando ele estava morto, estava mais vivo do que muitos vivos.
            Jesus nos incitou a pedirmos para que nosso gozo seja completo. (João 15:7-11). Precisamos começar a pedir por mais do que temos agora. Tudo o que tivemos no nosso caminhar com Deus foi suficiente para nossa sobrevivência, mas se queremos ser mais do que vencedores (Romanos 8:37), é melhor que busquemos porção dobrada.

JOHN ROBERT STEVENS

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