A doutrina do
arrebatamento secreto, sete anos antes de Jesus voltar, é relativamente nova,
tem aproximadamente um século de existência, mas tem sido amplamente divulgado
no meio evangélico. Esse ensino é um falso escape da tribulação e não tem
nenhum fundamento na revelação das escrituras. Essa falsa doutrina é um
espírito de engano desviando atenção do povo de Deus e trará graves
conseqüências à, quem não abandonar este ensino enquanto há tempo e se preparar
para os dias mais terríveis que o povo de Deus há de enfrentar.
Não existe
arrebatamento separado da segunda vinda de Cristo. No exato momento da vinda do
Senhor os cristãos que estiverem preparados serão transformados (1 Co.15:52).
Isto é o arrebatamento mencionado nas escrituras. Nesse momento haverá
transformação corpórea dos que estiverem preparados para reinar com Cristo e
haverá a primeira ressurreição, incluindo os crentes de todas as épocas que
morreram qualificados para participar do reino de Cristo na terra (1
Co.15:53-54).
Os sete anos,
que muitos citam como o tempo da grande tribulação, são na verdade, há “semana”
da aliança, a septuagésima semana de anos da profecia de Daniel 9:27. Metade
dessa última semana de anos, já se cumpriu - foram os três anos e meio do
ministério de Jesus, estabelecendo a nova aliança com Israel. A outra metade,
serão os três anos e meio do ministério profético da “duas” testemunhas
(Ap.11). Esse ministério encerrará o tempo dos gentios e recomeçará o tempo de
Israel, interrompido já ha dois mil anos. Israel e a igreja serão
reconciliados em um mesmo corpo.
Os crentes que
estão esperando o arrebatamento secreto antes da tribulação, vão ter uma
angustiante surpresa, quando se virem mergulhados dentro da grande tribulação e
constataram que desperdiçaram o tempo da preparação para resplandecerem no meio
das densas trevas que já se aproximam (Is.60:1-3).
O espírito do
anti-cristo vai se apossar dos sistemas políticos deste mundo, de tal maneira,
que nenhuma igreja estruturada terá permissão de funcionar em conformidade com
os propósitos de Deus. Todas terão que cooperar com os objetivos de Satanás
disfarçados atrás da política e autoridades deste mundo. A maioria dos lideres eclesiásticos serão
seduzidos pelo espírito do engano ou levados pelo interesse próprio e assim
continuarão com suas igrejas institucionais em cooperação com sistema do mundo.
Alguns irão resistir ao sistema do anti-cristo e sofrerão cassação de registros
e direitos legais de exercício do ministério, e etc. Agora é o tempo da
preparação para vivermos fora do sistema e abandonar a apostasia, e fugir de
qualquer estrutura institucional de igreja. É necessário abandonar tudo isto e
exercitar plena confiança no Deus vivo, agora.
Deus vai
levantar as nações como instrumentos de seu juizo para cortar a igreja atual
casada com o sistema deste mundo e vai enxertar a Israel no topo e das raizes
escondidas (remanescente) fará brotar a consumação do seu eterno propósito.
Paulo, em romanos 11:22 já alertava a igreja para a possibilidade que assim
como Israel ela poderia vir a ser cortada. E, sendo cortada, enfrentaria o
tempo de indescretíveis sofrimentos, assim como Israel enfrentou nesses dois
mil anos. Quando João escreveu o Apocalipse, a igreja já havia entrado em
apostasia, assim ele descreve o que ela iria enfrentar nos seus derradeiros
dias em meio ao domínio da besta (Ap.13:7,10). Há uma guerra espiritual, que
pertence tanto ao mundo invisível quanto ao mundo visível. Deus tem o direito
de colocar o seu povo, na posição que lhe parece bem na batalha. Na maioria das
vezes Deus derrota Satanás nessa guerra colocando o seu povo na condição de
vencedor e outras vezes permite Sanatas vencer colocando o seu povo na condição
de perdedor, “como ovelhas para o matadouro” (Rm.8:35-39). Esse é o
dilema de Jó e dos cristãos durante os três primeiros séculos da igreja, será
também na eminente batalha final.
A
reconciliação de Israel e a igreja é um grande mistério que Deus irá manifestar
nesta ultima reforma (Ef.2; Rm.11). Porém, isto não acontecerá do modo que
a igreja católica e evangélica esperam. Deus não vai reconciliar Israel com a
igreja institucional. Não será através da política nem do ecumenismo Deus vai
cortar a igreja institucional e enxertar Israel, e assim haverá reconciliação
de Israel com as raízes escondidas. Ou seja, com a igreja separada dos sistemas
e estruturas, será a mulher no deserto (Ap.12:6; Rm.11:17-25).
Durante os
séculos, a teologia da substituição dominou as igrejas, católicas e protestantes,
que foi a base para a igreja excluir e até para perseguir e matar os judeus.
Entretanto, agora, quase todas as igrejas, católica e evangélica começaram a
falar em reconciliação com Israel e cresce uma grande expectativa ecumênica
para o século XXI. Porém, Deus não vai unir Israel com a igreja institucional,
por meio do ecumenismo. Antes, Deus enviará seus mensageiros (apóstolos) para
que o “joio seja atado em seus feixes”, e a igreja institucional seja
separada da igreja verdadeira. Agora mesmo, há uma janela aberta, para que os
crentes verdadeiros, que estão dentro da igreja falsa - da meretriz e das suas
filhas - possam se encontra, em preparação, para a grande purificação dos
filhos de Deus, e sua separação de todo o sistema e organização eclesiástica.
Nesse tempo de
ardente prova que está vindo sobre o mundo inteiro os vencedores não serão
vistos como “igreja visível”, mas como a mulher no deserto - fora de
todo o sistema e estrutura humana (Ap.12). Agora mesmo é o tempo de preparação
para vivermos “fora da vista da serpente”.
A igreja
gloriosa não será reconhecida como igreja, pois não terá organizações nem
estruturas. Os filhos de Deus não serão vistos como evangélicos, não serão
membros de igrejas institucionais e até serão vistos como desertores, desviados
e anarquistas. Mas uma marca ele têm que homens e organizações não podem
produzir: O caráter de Cristo, nada menos que isto.
Nesta igreja
vencedora só haverá um tipo de culto - o único culto existente na nova aliança
- que é a entrega dos nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus (Rm.12:1-2).
O corpo de
Cristo, a verdadeira igreja, só será visível aqueles a quem foi concedido a
visão profética, porque este não terá uma estrutura material. Será um corpo
espiritual, organismo vivo, funcional, operante, organismo divino e não
organização humana. No corpo não haverá interesses humanos como há hoje de
títulos, posições, hierarquias, classes, centralização de poder e etc. Só
Cristo será a “cabeça”, todos os demais serão membros e funcionarão
sobre seu comando. Será uma igreja invisivel e intangível como organização e
estrutura, porém visível e palpável como expressão da vida de Deus e do caráter
de Cristo.
Assim como
Deus abandonou o judaísmo que um dia foi seu porta-voz, e as instituições
históricas do cristianismo. Ele está hoje abandonando as igrejas evangélicas e
está suscitando novas expressões de vida e de fé genuinamente cristãs, mas que
não tenham nome de denominação nem o perfil daquilo que hoje chamamos de
evangélico. Isto é a reforma. É muito mais radical e mais revolucionário do que
pensávamos. Assim como no século 16, à partir da reforma aqueles servos de Deus
não foram mais vistos como católicos que era a única expressão de vida cristã
daquela época, também hoje, ao irromper a nova reforma os servos de Deus não
serão mais vistos como evangélicos.
Isaías
43:18-21 fala desta obra nova que Deus está fazendo, e como sempre fez em
crises como esta. No verso 26 Deus nos convida a orar por esta “nova
reforma”, trazendo-lhe à lembrança esta promessa. Estes dias são mais
críticos do que conseguimos imaginar. Um poderoso misterioso transtorno no
mundo espiritual está às portas. Oremos para que os interesses de Cristo sejam
alcançados em meio ao “caos” iminente e para que sejamos parte do eterno
propósito de Deus em Cristo.
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