sexta-feira, 12 de agosto de 2016

UMA IGREJA GENUINAMENTE APOSTÓLICA

UMA IGREJA GENUINAMENTE APOSTÓLICA

          Creio ser de fundamental importância entender o que de fato significa ser uma igreja genuinamente apostólica. No entanto, quero deixar claro que quando estou falando da igreja, não estou me referindo ao sistema institucional, nem tão pouco a nenhuma instituição religiosa chamada igreja, mas ao corpo de Cristo, o organismo vivo chamado igreja de Jesus Cristo. É necessário entender que a igreja apostólica funciona totalmente fora de qualquer sistema religioso porque a sua vida é norteada pelos fundamentos que Jesus deu aos seus apóstolos e os mesmos estão inseridos na Palavra de Deus, por isso o corpo de Cristo pode falar com autoridade contra os sistemas da injustiça que estão estabelecidos neste mundo.  
         Chamo de Corpo de Cristo, organismo vivo ou igreja, o coletivo daqueles que foram chamados para fora do mundo, os que deixaram o reino das trevas, através do novo nascimento ou experiência de salvação, porque são estes santos edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas que legitimamente formam a Igreja de Jesus Cristo sobre a terra “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular. Nele todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor. E Nele também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito” (Ef. 2:20-22).
           Paulo foi muito claro neste texto quando nos mostra que o ministério dos apóstolos e profetas é trazer a revelação dos ensinos de Jesus para o corpo de Cristo com o propósito de edificá-lo como um corpo bem fundamentado para que Deus possa morar nele com segurança. Você acha que Deus vai morar num edifício mal ajustado, ou seja, na vida de cristãos que não estão bem fundamentados na verdade? Você moraria num edifício que não está bem ajustado? Claro que não, porque você sabe que poderia cair. Agora você acha que Deus vai viver na vida de um cristão que a qualquer momento o diabo pode derrubá-lo? É evidente que não, por isso a igreja para ser sólida e madura, ou seja, muito bem ajustada, para que Deus possa fazer dela a sua habitação, precisa ser edificada no fundamento dos apóstolos e profetas.

          Uma igreja genuinamente apostólica tem as seguintes características:

RECONHECE JESUS COMO SEU SUMO APÓSTOLO

  

         Jesus, antes de começar o seu ministério publico, foi a João Batista para ser batizado por ele, todavia João que operava no dom do ministério profético não quis batizá-lo “Então veio Jesus da Galiléia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João tentava dissuadi-lo, dizendo: Eu preciso ser batizado por ti, e vens tu a mim?” (Mt.3:13-14), porém Jesus lhe disse que assim deveria acontecer para que toda justiça fosse cumprida. Então João consentiu (Mt. 3:15). Quando João batizou Jesus, o ministério profético estava dando à luz o ministério apostólico, a fim de que a Igreja que nasceria pudesse ser edificada sobre os fundamentos dos apóstolos e profetas (Ef. 2:20). Desta forma, Jesus foi constituído como o primeiro apóstolo legitimado por Deus sobre a terra, por isso devemos reconhecê-lo como nosso Sumo-apóstolo “Pelo que, santos irmãos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus, o Apóstolo e Sumo sacerdote da nossa confissão” (Hb. 3:1).
          Devemos corrigir um erro que muitos têm cometido com relação ao ministério apostólico, o apóstolo não é aquele que meramente é enviado, mas, sobretudo aquele que é enviado porque recebeu o fundamento da parte de Deus para edificar a igreja do Senhor “Pois lhes dei as Palavras que tu me deste, e eles as receberam. Verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que me enviaste” (Jo.17:8). O apóstolo não foi enviado para edificar a sua igreja, o seu ministério, a sua instituição ou a sua visão, foi enviado para edificar a igreja do Senhor para cumprir o propósito de expandir o Reino de Deus e estabelecer o Seu governo sobre a terra.
           O apóstolo não é o dono da Noiva como muitos pensam que são quando se referem a ela chamando-a de minha igreja, meu povo e a minha denominação, ele é apenas o amigo do Noivo, por isso está guardando a Noiva para o Noivo “A noiva pertence ao noivo. O amigo do noivo, que lhe assiste, espera e ouve, e alegra-se muito com a voz do noivo. Essa alegria é minha, e agora está completa. É necessário que ele cresça, e que eu diminua” (Jo. 3:29-30).  

RECONHECE OS APÓSTOLOS QUE JESUS LEVANTOU

          Jesus foi levantado por Deus como o primeiro apóstolo, porém ele levantou outros homens que estavam no coração de Deus com o chamado para o ministério apostólico “Manifestei o teu nome aos homens que me destes do mundo. Eram teus e os destes a mim, e eles guardaram a tua palavra” (Jo.17:6). Portanto, é importante saber que os doze discípulos que Jesus salvou, chamou, preparou e legitimou-os no ministério apostólico já existiam no coração do Pai “Chamando a si os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda a sorte de doenças e enfermidades. Ora, são estes os nomes dos doze apóstolos: Simão, André, Tiago (Filho de Zebedeu), João, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago (filho de Alfeu), Tadeu, Simão o Zelote e Judas Iscariotes (Mt.10:1-4).  
             Jesus, enquanto apóstolo deu à luz doze outros apóstolos porque o ministério apostólico é o ministério de governo. Assim Ele estava preparando aqueles que seriam enviados para implantar a sua igreja e governá-la, porém, após a sua morte, Jesus levantou outros apóstolos além dos doze juntamente com outros ministérios “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do ministério, para edificação do corpo de cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef.4:11-13).
          Neste texto citado não quero focar a função nem a missão dos cinco ministérios porque farei isto depois, mas quero simplesmente lhe mostrar que, além dos doze apóstolos que Jesus levantou em vida, após a sua morte, ele também levantou outros apóstolos e Paulo foi um dentre muitos outros “Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo... Jesus Cristo, nosso Senhor, pelo qual recebemos a graça e o apostolado, por amor do seu nome, para obediência da fé entre os gentios” (Rm.1:1-5). Observe que Paulo não disse, através de Jesus recebi a graça e o apostolado, mas disse “recebemos”. Desta maneira ele estava se referindo aos doze primeiros apóstolos, aos da sua época e a muitos outros que seriam chamados para o apostolado. Portanto, é importante saber que é o próprio Jesus quem continua levantando, hoje, os apóstolos na nossa geração e continuará fazendo até que a igreja cumpra o propósito de expandir o Reino e estabelecer o governo de Deus sobre a terra. Por isso devemos receber os apóstolos que o Senhor está levantando e enviando na nossa geração para restaurar a sua igreja.

É EDIFICADA SOBRE O FUNDAMENTO
DOS APÓSTOLOS E PROFETAS

          Os ministérios de apóstolo e profeta dentro dos cinco dons ministeriais: apóstolo, profeta, mestre, pastor e evangelista (Ef.4:11) são ministérios de fundamento “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular” (Ef.2:20). Como podemos ver o Senhor constituiu como fontes no seu corpo os apóstolos e os profetas, isto significa que as revelações necessárias para que a igreja seja bem fundamentada e possa andar no pleno conhecimento da verdade foram dadas diretamente aos apóstolos e profetas e os outros ministérios: mestre, pastor e evangelista devem edificar o Corpo de Cristo em cima destes fundamentos “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio construtor, o fundamento, e outro edifica sobre ele. Pois ninguém pode por outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (ICo.3:10-11).
            Paulo pode lançar fundamento para edificação da igreja porque o Senhor o constituiu como apóstolo, mas ele recomendou aos outros ministérios: mestre, pastor e evangelista para que vejam como estão edificando sobre o fundamento.  Paulo advertiu os outros ministérios para edificar o Corpo de Cristo em fundamento sólido, a fim de que a igreja possa ser madura e nada venha derrubá-la. Tendo em vista que a obra de cada um deles será provada e se cair sofrerá danos “E, se alguém sobre este fundamento levantar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará, porque o dia a demonstrará. Pelo fogo será revelada, e o fogo provará qual seja a obra de cada um” (ICo.3:12-13).
             Há muitas pessoas que analisam este texto escatologicamente pensando que isso ocorrerá quando Jesus for julgar a sua igreja, acredito que ver este texto por este prisma é um grande engano. Paulo aqui está advertindo os outros ministérios que não são de fundamento para que tenham o cuidado de não edificar a igreja em cima de ensinos teológicos, filosóficos ou devaneios humanos, mas no fundamento dos apóstolos e dos profetas porque eles receberam a revelação para que a igreja de Cristo seja edificada na verdade. Paulo ainda fala do fogo que vem para provar a obra de cada um, na verdade, ele estava falando da chegada do ministério profético que vem como fogo para medir a obra dos outros ministérios “Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre, te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta... Vê, ponho-te hoje sobre as nações, e sobre os reinos, para arrancares e derrubares, para destruíres e arruinares, e para edificares e plantares... Porque disseste tal palavra, converterei as minhas palavras na tua boca em fogo, e a este povo em lenha, e eles serão consumidos” (Jr.1:4-5,10; 5:14). Assim Como Deus constituiu o profeta Jeremias para julgar Israel nos dias do rei Josias, da mesma forma, Ele enviará antes, da vinda de Jesus para uma igreja madura, Elias para restaurar todas as coisas (Mc.9:12) e a restauração de todas as coisas começará pela casa do Senhor (IPe.4:17).
         É de suma importância saber que antes de todas as coisas serem restauradas, Deus restaurará primeiro a sua igreja por isso, neste último dia, o Senhor está enviando os ministérios de restauração que são os apóstolos e os profetas, pois muitas coisas estão fora de lugar na vida da igreja do Senhor.  Por esta razão, o ministério profético e apostólico vem como fogo para arrancar e derrubar, para destruir e arruinar porque somente assim o que Deus não estabeleceu na vida da sua igreja pode ser arrancado, mas os ministérios de restauração também vêm para edificar e plantar as verdades que a igreja perdeu e as que ela ainda não conhece. Com a chegada destes ministérios na vida da igreja, neste tempo do fim, muitos líderes se sentirão como verdadeiros desconhecedores da palavra de Deus porque seus olhos serão abertos para ver, de maneira como nunca viram as mais profundas e ricas revelações e assim a igreja do Senhor será levada para um novo nível em Deus.
         A rejeição consciente ou inconsciente dos ministérios apostólico e profético trará profundos prejuízos à vida da igreja local e dos ministros que rejeitam aqueles que o Senhor os constituiu como fontes no seu corpo. Certamente a obra destes ministros cairá porque está sendo fundamentada com madeira, palha e feno, e o fogo da verdade mostrará que Deus não pode usar as igrejas locais edificadas por eles para cumprir o Seu propósito porque as igrejas são formadas por meninos espirituais, crentes carnais e imaturos “Digo que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do escravo, ainda que seja senhor de tudo. Ele está debaixo de tutores e curadores até o tempo determinado pelo pai” (Gl.4:1-2). O evangelho da salvação gera filhos meninos para o reino de Deus, mas, se estes meninos não se alimentarem de uma comida sólida para levá-los ao crescimento, eles continuarão meninos por toda a vida, desta maneira em nada diferem do escravo, ou seja, continuarão tendo atitude e comportamento de uma pessoa carnal o que lhes impossibilitará de administrar a sua herança porque são cristãos imaturos. Todavia, o alimento sólido que é a revelação do evangelho do Reino só podem receber aqueles que recebem os ministérios que são fontes no corpo, apóstolos e profetas. O fundamento apostólico tem como objetivo gerar os filhos maduros que cumprirão o propósito de Deus.     
          O ministro que deseja edificar a igreja local fundamentada na verdade para Deus poder usá-la no cumprimento do Seu propósito, deve reconhecer que o apóstolo e o profeta são fontes dentre os cinco ministérios, desta forma deve procurar uma cobertura apostólica, a fim de formar uma equipe para trabalhar pela edificação do Corpo de Cristo. Sabemos que há muitos líderes que se fazem apóstolos e profetas, outros são feitos por suas instituições religiosas e ainda há aqueles que são legitimamente falsos. Contudo, nada disso anula a verdade, pois foi Deus quem constituiu os ministérios apostólico e profético como fontes no seu corpo, por isso devemos discernir os verdadeiros dos falsos e prosseguir para o alvo trabalhando para edificar a igreja, de tal maneira que Deus possa se utilizar dela para cumprir a sua vontade.
           Uma igreja legitimamente apostólica tem como privilégio o fato de conhecer a verdade porque é edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, mas é necessário saber que o fundamento apostólico e profético não é tão somente reconhecer a pessoa de Jesus Cristo como senhor e salvador, mas sobremodo conhecer as revelações dos seus ensinos, por isso a igreja apostólica deve perseverar estudando as doutrinas dos apóstolos (At.2:42), a fim de conhecer e prosseguir conhecendo ao Senhor até que a Sua vida seja plenamente gerada em nós e nos leve à medida da estatura da plenitude do varão perfeito, nos tornando filhos maduros, para que o Cristo se manifeste em nós e assim possamos cumprir o pleno propósito de Deus sobre a terra.  

RECONHECE QUE DEUS CUMPRIRÁ O SEU
PROPÓSITO ATRAVÉS DA SUA VIDA

            Quero que você veja com muita atenção o propósito que Deus quer cumprir através do seu corpo, a igreja, neste último dia:
                                                 
                             DEUS LEVANTARÁ UM GOVERNO JUSTO  
             A) O propósito de Deus é mostrar ao mundo através da sua igreja uma forma de governo fundamentado no princípio da justiça e retidão, por isso, quando Jesus iniciou o seu ministério levantou doze apóstolos porque um dos atributos do apostolado é autoridade de governo. Deus exerce o seu governo sobre a terra dentro de uma hierarquia de autoridade “Mas quero que saibais irmãos, que Jesus é o cabeça de todo o homem, e o homem o cabeça da mulher, e Deus o cabeça de Jesus... Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça” (ICo. 11:3,5). Neste texto, Paulo nos mostra, de maneira clara, como funciona a hierarquia de Deus: Ele é autoridade sobre Jesus e Jesus é autoridade sobre o homem, veja o homem aqui como sendo o ministério apostólico. Já o homem é o cabeça da mulher, isto nos mostra que o ministério apostólico é cobertura sobre a igreja porque a mulher é a figura da igreja. Porém a mulher só pode profetizar e orar se estiver com a cabeça coberta, agora veja o véu como a cobertura apostólica sobre a igreja. Contudo, quando a igreja não tem a cobertura apostólica fica sem autoridade para manifestar o seu poder no mundo espiritual e físico, desta forma, finda desonrando a sua própria cabeça porque o mundo espiritual e físico não se submetem a sua autoridade.
        O ministério apostólico é formado por homens que conhecem a Deus, por isso, estão qualificados para estabelecerem a igreja local e serem seus pais espirituais “Pais, eu vos escrevo, porque conhecestes o Pai... Eu vos escrevi, pais porque já conhecestes aquele que é desde o princípio” (IJo. 2:13-14). Você acha que João aqui estava falando dos nossos pais biológicos? É claro que não, ele estava falando dos primeiros apóstolos que estiveram com Jesus desde o início do seu ministério, porque estes foram os nossos primeiros pais espirituais. João, na seqüência, falar da igreja madura que foi edificada pelos apóstolos reconhecendo o seu potencial para vencer ao Diabo “Jovens, eu vos escrevo, porque vencestes o maligno... Eu vos escrevi jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno” (IJo.2:13-14). João aqui não está falando aos jovens que hoje fazem parte do Corpo de Cristo, mas da igreja madura que o Senhor levantou para vencer Satanás. Como sabemos, a igreja perdeu o seu vigor depois da morte dos apóstolos e se envolveu com a Babilônia, mas novamente o Senhor levanta-la-á, neste último dia, enviando apóstolos e profetas, a fim de restaurá-la ao nível de maturidade para cumprir o propósito de vencer as forças malignas pelo poder da palavra viva.
           João ainda escreveu se dirigindo aos meninos que conheciam ao Pai “Eu vos escrevi, meninos, porque conhecestes o Pai” (I Jo. 2:14). Neste versículo, o apóstolo nos mostra que a pessoa quando nasce de novo dentro do contexto da igreja apostólica passa a conhecer rapidamente ao Pai no mesmo nível dos seus irmãos mais maduros. Desta forma, a igreja sempre será madura devido a rapidez do seu crescimento espiritual.
            A igreja edificada sob o fundamento dos apóstolos e profetas cresce com muita maturidade espiritual porque reconhece a forma de governo que o Senhor estabeleceu para governá-la. O governo da igreja de Cristo é teocrático porque é Deus quem estabelece o seu governo, pois o Senhor constituiu no seu corpo os apóstolos como autoridade de governo. Por isso os apóstolos tem autoridade delegada por Deus para estabelecer o presbitério como governo na igreja local, assim sendo o apóstolo pode formar o presbitério da igreja  com a presença dos ministros e outros irmãos maduros e constituir como uma equipe para governar a igreja, tendo em vista que o apóstolo sempre será autoridade sobre o presbitério para ajudá-lo e orientá-lo a governar da melhor maneira a igreja do Senhor.
            Podemos ver na prática como funciona o governo apostólico na vida da igreja do Senhor. Paulo viveu um momento de muitas dificuldades no seu próprio ministério por causa de alguns irmãos que vieram de Jerusalém e começaram a ensinar aos gentios em Antioquia que eles só seriam salvos se fizessem a circuncisão. Paulo e Barnabé tiveram uma discussão com estes irmãos, mas não foi suficiente para resolver a questão, o que os levou a subir a Jerusalém para resolver o problema com o governo da igreja “Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda com eles, resolveu-se que Paulo, Barnabé e alguns dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, por causa dessa questão” (At.15:2). Observem que eles subiram a Jerusalém para resolver o problema com o governo da igreja, os apóstolos e o presbitério que era formado pelos anciãos, ou seja, os irmãos maduros, mas a igreja, os demais irmãos, não tinha autoridade para resolver esta questão “Congregaram-se os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto” (At.15:6), quem foi que se reuniu para resolver o assunto: a igreja ou os que tinham autoridade de governo? O seu governo.                                                                                                                                         
              Depois que o governo da igreja resolveu a questão, o assunto foi levado ao conhecimento de todos os irmãos, a fim de que os mesmos pudessem saber qual havia sido a decisão tomada e alguns irmãos ainda deram a sua opinião contrária a decisão do governo, mas Pedro e Tiago que eram apóstolos encerram o assunto fazendo prevalecer a decisão do governo da igreja local (At.15:7,13-15). A seguir o governo, juntamente com a igreja, elegeu alguns profetas da igreja de Jerusalém para acompanhá-los, a fim de testemunhar a decisão tomada em Jerusalém pelo governo da igreja “Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger homens dentre eles, e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homem distintos entre os irmãos” (At.15:27).                                                                                               
                A igreja de Cristo tem como governo legitimado por Deus o ministério apostólico e o presbitério, que é formado pelos ministros e outros irmãos maduros do corpo. Este governo estabelecido por Deus tem autoridade para resolver todas as questões no corpo de Cristo, bem como, poder para entrar no mundo espiritual em favor da igreja local e impedir que as forças malignas triunfem sobre o Corpo de Cristo. Portanto, o governo da igreja não pode ser estabelecido de forma democrática, ou seja, a igreja não tem autoridade para eleger os componentes da sua diretoria ou coisa semelhante porque Deus não lhe outorgou esse poder, mas estabeleceu o ministério apostólico para fazê-lo. Quando a igreja funciona dentro desta visão de governo a sua autoridade é plenamente reconhecida no mundo espiritual e Satanás treme e teme diante do Corpo de Cristo. 

DEUS SE MANIFESTARÁ NA TERRA ATRAVÉS DA IGREJA
               B) O propósito de Deus é gerar a igreja madura para que o mundo possa vê-lo vivendo e agindo por seu intermédio “Em verdade, em verdade vos digo que se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só. Mas se morrer, produz muito fruto” (Jo.12:24). Neste texto, podemos ver claramente o propósito de Deus ao semear Jesus, como um grão de trigo na morte, foi para que ele não ficasse só, ou seja, fosse o único ser vivo a manifestar o Cristo sobre a terra  “Chegando Jesus à região de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? Responderam-lhe: Uns dizem: João Batista, outros: Elias, e outros, Jeremias, ou um dos profetas” (Mt.16:13-14), perceba que as pessoas só conseguiram ver Jesus como um profeta, mas isso de fato expressava quem ele era? Claro que não, por isso continuou a perguntar aos seus discípulos “E vós, quem dizeis que eu sou? Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt.16:15-16). Veja que a resposta de Pedro nos mostra que o ministério apostólico viu Jesus numa dimensão, que os demais não haviam visto, eles viram Jesus apenas como um profeta, mas o apóstolo o viu como sendo o CRISTO. O que fez Jesus reconhecer que Pedro estava num nível de revelação superior aos demais “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi a carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus” (Mt.18). O que Pedro viu em Jesus naquele momento que nenhum outro ser humano havia visto? “A virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamarão pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus conosco” (Mt.1:23), Ele viu Deus vivendo na plenitude através da vida de Jesus, por isso, Jesus era o Cristo porque o Cristo é a natureza de Deus gerada no homem. Pedro viu Deus vivendo na terra através de uma vida humana.
               O propósito de Deus não era que Jesus como um grão de trigo ficasse só, mas morresse para produzir muito fruto. Qual é o propósito do agricultor quando planta uma semente na terra? Colher muito fruto, porém todos da mesma espécie da semente que foi semeada. Deus, a semelhança de um agricultor, plantou Jesus como um grão de trigo na morte para colher muitos filhos semelhantes a Jesus, onde o Cristo possa ser gerado “O mistério que esteve oculto durante séculos e gerações, e que agora foi manifestado aos seus santos. A eles Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória” (Cl.1:26-27). Perceba que a revelação do Cristo que esteve oculta por séculos, se cumpriu em Jesus porque ele era o Cristo, mas agora através da sua morte, Deus tem como propósito ter muitos filhos maduros onde o Cristo, ou seja, a Sua natureza se manifeste, como se manifestou em Jesus, para que Deus possa se revelar ao mundo através da sua igreja.
             O propósito de Deus ao enviar, neste último dia, os seus apóstolos é para que a Sua vida seja restaurada na igreja como era no início “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, na partir  do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que iam sendo salvos (At.2:42-43,47). Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam, e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus” (At.4:13). 
              A igreja apostólica quando nasceu era dada ao estudo da palavra, a comunhão e a oração, por isso, se via o poder de Deus se manifestado através da sua vida, mas hoje a igreja se distanciou de todas essas práticas, por isso não vemos mais Deus se manifestando com poder sobre a terra. Mas, o Senhor novamente está enviando os apóstolos, homens que tem estado com o Senhor, para por em ordem a sua casa, a igreja, para que o Cristo seja restaurado em sua vida e desta forma, Deus volte a se manifestar ao mundo por meio da  igreja.
            Há muitas coisas que foram acrescentadas a vida da igreja que contribuiu para o seu distanciamento da verdade: correntes, campanhas, graça sem compromisso, rejeição do apostólico e  a opção dos cristãos de querer viver na alma e não no espírito, mas não obstante esta seja a realidade da igreja o Senhor vai restaurar o seu Corpo para outra dimensão, neste tempo do fim,  através dos seus apóstolos “O meu povo é destruído porque lhe falta o conhecimento. Porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei como meu sacerdócio: visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” (Os.4:6). Deus trabalha dentro do Seu calendário, assim por um tempo agiu como se estivesse esquecido da Sua igreja permitindo que seus líderes fizessem o que queriam só que este tempo chegou ao fim, porque o Senhor está envia apóstolos e profetas neste tempo para trazer luz, verdade e conhecimento a Sua igreja, a fim de livrá-la de todo engano e mentiras que foram infiltrados no seu meio.
              O Senhor exorta duramente os seus sacerdotes dizendo-os que da mesma forma que eles rejeitam o conhecimento, também serão rejeitados “Porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei como meu sacerdócio”. Quando um ministro ou qualquer outro membro do corpo de Cristo rejeita os ministérios de fundamento, apostolo e profeta, que o próprio Senhor estabeleceu no seu Corpo como fonte para edificar a sua igreja é o mesmo que está rejeitando o conhecimento, desta forma, Deus os rejeitará como ministros ou membros do seu corpo.
            Jamais devemos esquecer que os apóstolos e profetas são como uma luz que ilumina no lugar escuro até que se torne dia claro, ou seja, são esses ministérios que Deus usará para nos trazer a verdade até que o Cristo seja plenamente gerando em nossas vidas “E temos ainda mais firme a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que ilumina em lugar escuro, até que o dia clareie, e a estrela da alva surja em vossos corações” (IIPe.1:19). A igreja só amadurecerá quando deixar de se alimentar de leite e começar a comer comida sólida, o leite é o alimento que sustentar crianças, mas a comida sólida é para sustentar os adultos. O leite é a revelação do evangelho da salvação que nos fala do que Deus fez por nós, mas o alimento sólido é a revelação do evangelho do reino que nos mostra o que devemos fazer para que Deus cumpra o seu propósito na terra através dos filhos maduros “Ora, todo aquele que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal” (Hb.5:13-14).
              Por muitos anos os ministérios que trazem o alimento sólido para igreja desapareceram, os apóstolos e profetas, e durante todo este tempo a igreja foi alimentada pelos outros ministérios: Pastor, Evangelista e Mestre, só que estes ministérios não são de fundamento e podem ser vistos como ministérios maternais ou mãe, ou seja, são ministérios que geram filhos para o reino de Deus e os alimentam com leite, evangelho da salvação. Todavia, neste tempo, o Senhor está enviando os ministérios de fundamento, apóstolos e profetas, esses ministérios podem ser vistos como paternais ou país, eles trazem o alimento sólido para edificar os filhos de Deus e torná-los maduros para trabalharem na expansão do reino e no estabelecimento do Seu governo sobre a terra.  

OS ELEITOS SERÃO ALCANÇADOS PELA SALVAÇÃO
              C) O propósito de Deus é alcançar os eleitos que ainda não foram alcançados por sua graça redentora. Logo após Satanás ter levado o homem criado por Deus ao pecado o Senhor guardou o caminho da árvore da vida porque ela tinha o poder para eternizar “Então disse o Senhor Deus: O homem agora se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal; assim, para que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e como e viva eternamente” (Gn. 3:22). Veja que Deus guardou o caminho da árvore da vida para nos mostrar que o Seu propósito não era eternizar o mal sobre a terra, mas restaurar o homem ao seu estado original de retidão e justiça para se manter em comunhão com Ele e continuar reinando sobre a terra.
               Desejo chamar a sua atenção para um fato muito interessante e sério sobre a eleição “Pois nos elegeu Nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante Dele. Em amor nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo” (Ef. 1:4-5), observe que a eleição foi algo que aconteceu antes da fundação do mundo, ou seja, antes do homem ter sido criado e por sua vez ter pecado. Agora imagine se Adão não tivesse pecado toda humanidade seria justa, santa e reta e a terra estaria povoada somente pelos salvos, mas como todos pecaram, o pecado serviu para fazer a separação entre os eleitos e os que não são eleitos. Deus se utilizou do pecado como uma ferramenta para revelar quem são os eleitos daqueles que não o são, porque a salvação só se manifesta na vida dos eleitos. Desta forma, podemos entender melhor porque o Senhor guardou o caminho da árvore da vida, foi para que a salvação que Jesus nos trouxe se manifeste na vida dos eleitos e eles sejam restaurados para o seu estado original de filhos de Deus.
              Devemos entender que a eleição ocorre dentro da soberania e presciência de Deus, por isso não devemos questionar sobre este assunto porque o Senhor é santo e justo em todos os seus caminhos “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça.  Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto” (Dt. 32:4). Contudo, quero fazê-lo entender três coisas importantes sobre a eleição: a) Somente Deus conhece os seus eleitos e nós não os conhecemos porque nenhum deles anda com uma placa dizendo “Eu sou Eleito” portanto, só podemos conhecê-los depois que a salvação se manifestar em suas vidas; b) Todos os eleitos nasceram perdidos por causa do pecado “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm.3:23), por isso eles precisam ser salvos; c) É necessário pregar o evangelho da salvação a todos os homens para que a salvação se manifeste na vida dos eleitos “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia. Ele é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se” (IIPe. 3:9). Deus não deseja que nenhum dos eleitos se perda, mas que todos os eleitos, arrependa-se dos seus pecados e reconheçam Jesus como salvador e Senhor da sua vida.  
          Pedro ao exortar a igreja para deixar a vida da carne e amadurecer no espírito como testemunha viva de Deus sobre a terra (IPe.2:1-2) começa trazendo a consciência de que ela é eleita de Deus “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (IPe. 2:9). Na verdade o apóstolo está nos mostrando que ninguém pode exercer um sacerdócio real e ser uma nação santa sem ter sido adquirido, mas essa aquisição ocorreu porque Deus nos elegeu antes da fundação do mundo. A igreja é eleita para testemunhar das grandezas de Deus para os eleitos que ainda estão perdidos, necessitando da salvação.
           A igreja apostólica precisa compreender de maneira clara que Deus, no que se refere à salvação, enviou Jesus ao mundo para salvar os seus eleitos “Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se extraviar, não deixará ele as noventa e nove nos montes e irá em busca da que se desgarrou? E se a acha, em verdade vos digo que maior prazer tem por aquela do que pelas noventa e nove que não se desgarraram. Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus que um destes pequeninos se perca” (Mt. 18:12-14). Jesus ao contar esta parábola nos ensina algumas verdades sobre a eleição: a) Deus está em busca do que lhe pertence, os eleitos perdidos “Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se extraviar”, perceba que Deus não está em busca do que não lhe pertence, mas do que é seu, os eleitos; b) Um eleito perdido pode correr o risco de não ser achado “E se a acha, em verdade vos digo que maior prazer tem..” este “se” é uma condicionante pode ser que sim, mas também pode ser que não. Desta maneira podemos ver que o eleito não tem nenhuma garantia de salvação pelo simples fato de ser eleito, ele pode perfeitamente se perder eternamente se não for achado, por isso a igreja deve trabalhar para encontrá-lo proclamando a salvação a todos os homens, a fim de que a salvação se manifeste na vida do eleito de Deus.
             A igreja quando é genuinamente alicerçada no fundamento apostólico e profético crer na eleição de Deus e desenvolve o seu ministério para cumprir o propósito daquele que a elegeu. Os doze primeiros apóstolos criam totalmente na eleição divina. Pedro chamava a igreja de eleita “A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda (IPe.5:13), João também escreveu para igreja chamado-a de eleita “O presbítero, à senhora eleita...Saúdam-te os filhos de tua irmã, a eleita” (IIJo.1:1,13). No entanto, Paulo, falou muito mais sobre a eleição do que os demais apóstolos e já naqueles dias muita gente achava que esse ensino era uma heresia, quanto mais hoje. Contudo, como igreja apostólica, devemos crer que a eleição é a única forma que Deus se utiliza para fazer separação entre  aqueles que lhe pertence e os que não pertence “Mas Rebeca, quando concebeu de um só, Isaque, nosso pai. Contudo, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama, foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e aborreci a Esaú. Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma! (Rm.9:10-14).
             Dentre os dois filhos de Isaque Deus de maneira soberana elegeu Jacó para que nele se cumprisse às promessas que foram feitas a Abraão. Por isso jamais se esqueça que é a geração de Jacó que vai reinar para sempre com Jesus sobre o trono de Davi porque Deus elegeu a casa de Jacó com este propósito “Ele reinará eternamente sobre à casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lc.1:33).
             Nenhum cristão deve cometer a imaturidade de achar que os eleitos estão seguros na salvação por terem sido escolhidos por Deus e começar a viver uma vida relapsa na presença do Senhor ao contrario o eleito deve procurar fazer valer cada vez mais a sua eleição se comprometendo em viver uma vida santa em Sua presença (IIPe. 1:10-11) porque a sua salvação só se manifestará no último dia e ele precisa se achado firme no Senhor (IPe.1:5). 
 
O REINO DE DEUS SE MANIFESTARÁ COM PODER NA TERRA
              D) O propósito de Deus é manifestar através da sua igreja o poder do Seu Reino sobre o reino das trevas. Por isso, neste último dia, o Senhor está enviando apóstolos e profetas para restaurar a sua igreja com o propósito de usá-la para expandir o Seu reino e estabelecer o seu governo sobre a terra.
             Neste tempo apostólico e profético, o Reino de Deus será tomado a força das mãos daqueles que o violentam “Desde os dias de João Batista até agora, faz-se violência ao reino de Deus e pela força apoderam-se dele” (Mt.11:12). Através da restauração apostólica, os justos estão sendo levantados em toda parte e começando a ver que a terra e suas riquezas lhes pertencem como herança dada por Deus “Então todo o teu povo será justo, e para sempre herdarão a terra” (Is.60:21). Os justos não vão mais permitir que o reino da injustiça siga governando sobre a sua herança, explorando a terra e desfrutando das suas riquezas.
               O corpo de Cristo, a igreja do Deus vivo, está sendo restaurada para manifestar o poder do Reino de Deus sobre toda forma de governo ou domínio que Satanás estabeleceu sobre a terra “Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte, sem que vejam ter chegado o Reino de Deus com poder” (Mc.9:1). Estas palavras são do maior profeta que já esteve sobre a terra, Jesus de Nazaré. Portanto, será impossível não se cumprirem, Ele falou aos seus apóstolos, Pedro, Tiago e João sobre a manifestação do poder do seu Reino que acontecerá neste último dia sobre a terra através da igreja apostólica e profética.
                A igreja apostólica, antes da vinda física de Jesus para estabelecer o Reino de Deus sobre a terra no milênio, manifestará o poder do reino de Deus sobre o reino das trevas “Não vos fizemos saber o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade... Nós mesmos ouvimos esta voz vinda do céu, estando nós com ele no monte santo” (IIPe.1:16,18). Pedro aqui não está falando somente da vinda de Jesus, mas também do poder que antecede a sua vida. Esse é o poder do Reino de Deus que se manifestará sobre toda forma de governo que Satanás vem exercendo sobre a terra. Pedro ainda nos adverte que há muitas pessoas que falam da vinda física de Jesus usando fábulas artificialmente compostas, ou seja, inventaram muitas mentiras acerca do que de fato ocorrerá no dia da sua volta, só quero lhe dizer que Jesus voltará para estabelecer o Reino de Deus, juntamente com os justos, sobre a terra no milênio. Vamos seguir falando sobre o poder que antecede a volta de Jesus. 
             Os justos, que formam o corpo de Cristo e têm a mentalidade do governo de Deus, serão estabelecidos sobre a terra como os melhores empresários, industriais, gestores, profissionais e etc. Porque as riquezas do reino das trevas serão transferidas para os seus legítimos donos os herdeiros de Deus e eles governarão com justiça e retidão as riquezas do Reino de Deus para ajudarem seus irmãos a prosperarem e, desta forma, o mundo vai ter uma noção de como será o reino eterno de Deus. Nós os cristãos precisamos crer na destituição total e absoluta do reino das trevas sobre a terra com a chegada do Reino de Deus.
              O governo de Deus, que será exercido pelos apóstolos e a igreja restaurada, desvendará toda iniqüidade de Satanás e desbaratará o seu engano “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo sopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (iiTs.2:8). Paulo, neste texto, fala de duas coisas distintas uma é desfazer e outra é aniquilar. Todo engano, mentira e iniqüidade que sustentam o reino das trevas neste tempo serão desfeitos pela revelação da verdade que a igreja apostólica proclamará, esse é o sopro profético que sai de sua boca para desfazer o iníquo. Assim, poderemos ver o Reino de Deus triunfando sobre o governo de Satanás e, neste período, milhares de pessoas que estavam presas nos seus enganos serão livres e virão para o Reino de Deus pelo novo nascimento, será uma colheita de almas jamais vista sobre a terra “Lançai a foice, porque já está madura a seara. Vinde, descei, porque o lagar está cheio, os vasos dos lagares transbordam; porque a sua malícia é grande. Multidões, multidões no vale da decisão! Porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão” (Jl.3:13-14).
                 Satanás e o seu governo serão totalmente aniquilados da terra na vinda gloriosa de Jesus porque ele virá para estabelecer o Reino de Deus no milênio. Logo no início do Reino milenar, a besta e o falso profeta serão lançados no lago de fogo e enxofre e depois de mil anos o próprio Satanás também será lançado no lago de fogo e enxofre “Quando se completarem os mil anos, satanás será solto da sua prisão... E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta. De dia e de noite serão atormentados para todo o sempre” (Ap.20:7,10). Perceba que o diabo quando for lançado no lago de fogo e enxofre, a besta e o falso profeta já estarão lá. Não se esqueça que isso acontecerá no milênio, depois que a igreja for restaurada para manifestar o Cristo em sua vida e por debaixo dos seus pés todos os inimigos do reino de Deus “Pois convém que ele reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo dos seus pés” (ICo.15:25). O corpo de Cristo é o pé de Deus que está sobre a terra para exercer autoridade sobre Satanás e seus demônios “E o Deus da paz esmagará em breve a Satanás debaixo dos vossos pés” (Rm.16:20). 
                A proclamação do Evangelho do Reino é um sinal claro e notório para a igreja de Cristo de que entramos no tempo do fim “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mt.24:14). O fim aqui não é o fim do mundo, mas o fim do reino das trevas. Isto significa que estamos no tempo apostólico e profético, tempo de restauração da igreja para expandir o reino e estabelecer o governo de Deus sobre a terra. Este é o tempo da manifestação do sétimo anjo que toca a sétima trombeta anunciando a conquista dos reinos do mundo para o Senhor, a fim de que os justos comecem a reinar sobre a terra no lugar dos ímpios “O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap.11:15).                  O corpo de Cristo deve ter o cuidado para não rejeitar o sétimo e último anjo que o Senhor está enviando, apóstolo e profeta, para aperfeiçoar os santos, a fim de que  toquem a sétima trombeta que é a última mensagem de Deus ao mundo, a chegada do seu reino sobre a terra. Queridos, a terra fará a vontade de Deus como é no céu e nós faremos parte deste grande exército que trabalhará para que este propósito se cumpra. Somos a geração que Deus escolheu para proclamar a chegada do seu reino.     
            
                                       
                                                                                   
                                                                                                  Gutemberg L. Braga

                                                                                                      Ministério apostólico

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Consciência Cristã


A jornada de Abraão
Gênesis é o livro dos começos. O primeiro capítulo mostra o início do universo e da humanidade. No capítulo 7 vem o dilúvio e um recomeço com Noé. No capítulo 12, Deus começa a execução do plano de salvação para o homem.
Seu propósito era construir uma grande nação, um povo especial dentre o qual nasceria o Messias. Deus poderia, por um decreto seu, salvar a humanidade. Entretanto, ele decidiu usar homens nesse processo. O Senhor escolhe, chama, capacita e envia. Ele faz desse modo até hoje.
O CHAMADO
Assim, Deus escolheu Abraão e o chamou, dizendo: 
“Sai da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, e vai para a terra que eu te mostrarei. De ti farei uma grande nação...” (Gn12.1).
A proposta divina não acompanha a lógica humana. Abraão e Sara estavam em idade avançada e não tinham filhos. Como poderiam gerar uma grande nação? Além disso, Sara era estéril. As condições e as evidências não eram favoráveis ao propósito de Deus. Aquelas não pareciam ser as pessoas mais indicadas para tão grandiosa missão. Deus faz assim. Muitas vezes, ele escolhe pessoas incapazes para que, no final da história, os méritos e a glória pelos resultados sejam só do Senhor (Rm 4.17; 1Co 1.28). Ele pode nos fazer ir muito além dos nossos limites pessoais.
DOIS ASPECTOS DA PALAVRA
A palavra de Deus a Abraão tem duas partes: ordem e promessa. Assim acontece conosco também. Não podemos abraçar um aspecto da palavra e desprezar o outro, visto que ambos estão interligados. Temos caixinhas de promessas, mas não de mandamentos. Queremos bênçãos, mas fugimos de responsabilidades e tarefas. Contudo, muitas promessas estão condicionadas à obediência às ordens. Se Abraão não obedecesse, não seria abençoado.
Nas relações de Deus com o homem, existem coisas que o homem deve fazer e outras que só Deus pode realizar. Portanto, não podemos ser negligentes e omissos, pensando que tudo depende do Senhor. Ele poderia resolver tudo sozinho, mas nos deu a honra de participarmos dos seus maravilhosos propósitos.
A ordem de Deus, em Gênesis 12, tem três elementos: sair da terra, da parentela e da casa do pai. A promessa tem sete elementos:
- De ti farei de ti uma grande nação;
- Abençoar-te-ei;
- Engrandecerei o teu nome;
- Tu serás uma bênção;
- Abençoarei os que te abençoarem;
- Amaldiçoarei os que te amaldiçoarem;
- Em ti serão benditas todas as famílias da terra.

A promessa é mais ampla do que a ordem. O que Deus nos dá é infinitamente maior do que aquilo que ele nos pede. 
FÉ E OBEDIÊNCIA
Abraão ouviu a palavra de Deus, creu e obedeceu. Em muitas situações, a palavra precisa da fé humana para produzir frutos (Hb 4.2). A fé de Abraão tornou-se padrão para todos os crentes que vieram depois dele (Gl 3.6-9). Entretanto, sem obediência, sua fé seria morta (Tg 2.20-22). Precisamos crer e agir.
Abraão tomou uma decisão e começou sua viagem em direção à terra prometida. O cumprimento da promessa está lá e não aqui. Isaque não nasceria na Mesopotâmia. Na vida cristã e também nas questões seculares, não podemos viver inertes, estagnados, esperando que tudo venha até nós. Por exemplo, quem precisa de um emprego, não pode ficar em casa dormindo o dia inteiro. Quem quer evangelizar, não deve ficar esperando que as pessoas venham suplicar pelo evangelho. É preciso caminhar, tomar iniciativa, sair do lugar.
Podemos comparar a jornada de Abraão a uma caminhada com Deus. A vida cristã é assim: saímos do império das trevas e caminhamos em direção à Jerusalém celestial.
Pelo texto de Gênesis, a saída de Abraão pode parecer algo muito simples. Entretanto, ele estava deixando uma cidade muito desenvolvida para os padrões da época. Ur dos caldeus estava localizada no território da Suméria (Iraque). Os sumérios desenvolveram técnicas de irrigação, inventaram o arado, tornaram-se grandes produtores agrícolas, grandes comerciantes, produzindo riqueza e desenvolvimento admirável. As evidências arqueológicas indicam que ali surgiu o primeiro alfabeto e a escrita.
Abraão morava numa boa cidade e ali estava bem estabelecido. Sair de Ur dos caldeus representaria renúncia ao seu conforto, aos negócios, aos amigos e a muitos familiares, a quem nunca mais tornaria a ver.
Atender ao chamado de Deus sempre envolve renúncia, perdas e entregas. Os ganhos serão muito maiores, porém não são imediatamente visíveis. Aquele que se converte pode se ver diante da necessidade de renunciar a algumas coisas, situações e compromissos incompatíveis com a sua nova vida. Aquele que é vocacionado para o ministério também pode precisar abrir mão de algo. Afinal, não podemos ter tudo e fazer todas as coisas ao mesmo tempo. Caminhar é, ao mesmo tempo, afastamento e aproximação. Toda escolha envolve uma renúncia.
Abraão saiu sem saber para onde ia (Hb 11.8). Uma viagem rumo ao desconhecido é um desafio. Queremos saber tudo? Queremos ter o controle da situação? Desejamos a compreensão exata de todos os detalhes da Palavra de Deus antes de obedecê-la? Eis porque muitos racionalistas se tornam desobedientes convictos. Não precisamos conhecer tudo, mas conhecer o Senhor o suficiente para obedecermos sem questionamentos. O filho conhece o pai e está seguro do seu vínculo com ele. O filho pode não compreender tudo, mas deve confiar e obedecer.
Na vida de Abraão, encontramos erros e acertos. Afinal, ele não era um super-homem. Era uma pessoa normal que cria em Deus. A Bíblia não esconde os equívocos de seus heróis. Nem os líderes são perfeitos, mas cada um deve cuidar para não ser “imperfeito demais”, sob pena de se tornar desqualificado. Erros acontecem, mas precisamos fazer de tudo para evitá-los, pois alguns são irreparáveis e as conseqüências podem ser devastadoras. Vejamos alguns deslizes de Abraão:
A COMITIVA
Deus mandou que ele saísse da sua terra, do meio de sua parentela e da casa do seu pai. Abraão saiu levando o pai e o sobrinho Ló. Muitos querem andar com Deus, mas levam uma bagagem indevida. Levam práticas da velha vida. A primeira conseqüência é o atraso na caminhada. Abraão saiu de Ur dos Caldeus com destino a Canaã, mas parou numa cidade chamada Harã, e ali ficou morando até que o pai morresse. Só depois pôde continuar sua trajetória (At 7.4).
O fato de ter levado o sobrinho teve efeitos trágicos. Primeiro, foi a contenda entre os pastores de Abraão e Ló, de modo que tiveram que separar-se (Gn 13.7). Quando o sobrinho se vai, Deus fala novamente com Abraão (Gn 13.14). Depois, Ló foi viver em Sodoma, colocando a família para morar no meio da podridão pecaminosa (Gn 13.12). Em seguida, ocorreu uma guerra na região, Ló se tornou prisioneiro, e Abraão precisou intervir para livrá-lo (Gn 14). Deus destrói Sodoma e Gomorra, Ló precisa sair às pressas, deixando toda a sua riqueza (Gn 19). Talvez por isso, sua mulher tenha olhado para trás, tornando-se uma estátua de sal (Gn 19.26). Por último, as filhas de Ló têm relacionamento sexual com ele e geram dois filhos, dos quais surgiriam duas nações malditas: Amom e Moabe, inimigos de Israel (Gn 19.36-38).
VISITANDO O EGITO
Outro erro de Abraão foi descer ao Egito sem a orientação de Deus (Gn 12.10). Ele já estava morando em Canaã, mas, por causa da fome, foi à nação vizinha. Embora fosse a potência mundial na ocasião, aquela não era a terra prometida. Abraão saiu do caminho determinado por Deus, como fazem aqueles que se desviam, indo buscar no mundo o suprimento de alguma necessidade ou desejo. Desse modo, caem em armadilhas e no laço do passarinheiro.
As conseqüências foram terríveis. Abraão ocultou o fato de Sara ser sua esposa, e Faraó mandou buscá-la para o seu harém. Vemos como é importante que o casamento seja de conhecimento público. (Nada de esquecer a aliança em casa!).
O texto não diz que Faraó tenha chegado a possuí-la, mas é possível que isto tenha acontecido, pois não seria sem razão que o rei daria a Abraão bois, ovelhas, jumentos, camelos, servos e servas (Gn 12.16). O patriarca aumentou muito o seu patrimônio, mas nada disso seria suficiente para compensar tamanha desonra.
Deus enviou pragas sobre a casa de Faraó, de tal modo que ele desconfiou que alguma coisa estava muito errada. O rei tinha uma sensibilidade que hoje falta a muitas pessoas. Ele logo reconheceu o erro e mandou Sara embora, juntamente com Abraão. Atualmente, muitos artifícios e desculpas têm sido utilizados para perpetuar relacionamentos ilícitos. O pecado atrai a ira de Deus.
Passadas essas coisas, Abraão voltou a Canaã, de onde nunca deveria ter saído. 

O NASCIMENTO DE ISMAEL
Parece que um dos presentes que Faraó deu a Abraão foi a serva Agar. Fato é que ela era egípcia. Deus havia prometido um filho a Abraão. Sara, sendo estéril, sugeriu que ele tivesse o filho com a escrava. E assim foi feito. O jugo desigual se estabeleceu e Ismael nasceu. Aquele foi um dos piores erros de Abraão. Ismael é a iniciativa humana no sentido de ajudar Deus, como se isso fosse necessário. Quando se trata de promessa, não há o que possamos fazer. Devemos apenas esperar. Abraão tomou a iniciativa e cometeu um grande equívoco.
Como conseqüência, podemos citar a expulsão de Agar e Ismael da casa de Abraão (Gn 21.14), a questão da herança entre Isaque e Ismael (Gn 21.10), e a discórdia entre os seus descendentes até o dia de hoje. Ismael era o primogênito, mas Isaque recebeu as honras e os bens (Gn 25.5).
A ida ao Egito trouxe mais problemas do que se poderia imaginar. Quem vai ao Egito traz lembranças de Faraó. Aquele que vai ao mundo satisfazer seus desejos, pode trazer marcas indesejáveis e indeléveis para toda a vida, prejudicando os filhos e toda a família.
Por quê Ismael não poderia ser o início da grande nação prometida por Deus? Porque ele era resultado da capacidade humana e não fruto do milagre. Deus escolheu, não apenas Abraão, mas também Sara. Deus escolheu, não apenas um homem, mas uma família. Se o Senhor puder usar um homem, ele usará, mas se a família estiver nas mãos de Deus, será ainda melhor. O filho da promessa nasceria de Sara, e não de uma mulher qualquer.
TEMPO DE DEUS 
Quando Abraão saiu de Harã, tinha 75 anos (Gn 12.4). Depois de 10 anos morando em Canaã, o filho prometido ainda não tinha vindo (Gn 16.3). As providências humanas foram tomadas e nasceu Ismael. Outros 15 anos se passaram antes que nascesse Isaque (Gn 21.5). Entre a promessa e o cumprimento houve uma distância de 25 anos. A passagem do tempo torna-se o teste da fé. A paciência e a esperança são irmãs gêmeas.
Não adianta marcar prazos para Deus, 'determinando' que as coisas aconteçam hoje, aqui e agora. Ele é o Senhor da história, principalmente daqueles que atenderam o seu chamado e se colocaram a seu serviço. Enquanto esperamos o suprimento divino, chegam as propostas malignas (Gn 16.2; Mt 4.3). O prato de lentilhas está servido, mas o preço é muito alto. É melhor esperar o que vem do Senhor, confiando na sua fidelidade. Enquanto esperamos, amadurecemos e somos preparados para o desempenho da missão.
Chegado o tempo de Deus, nasceu o filho da promessa. A palavra do Senhor não falha. De Isaque veio Jacó. De Jacó vieram os patriarcas das doze tribos de Israel. Daquela nação veio o Messias para que a bênção de Deus pudesse alcançar todas as famílias da terra (Gn 12.3).
CORRIGINDO A ROTA
Lendo a história de Abraão, observamos que, de tempos em tempos, Deus falava com ele (Gn 12.1,7; 13.14; 15.1,13; 17.1; 18.1; 21.12; 22.1). Tendo saído sem saber para onde ia, Abraão dependia de novas orientações. Precisava, portanto, manter o contato celestial. Por isso, construía altares e invocava o nome do Senhor (Gn.12.8; 13.4,18; 21.33). Abraão dependia de Deus. Cada vez que Deus falava com ele, o patriarca avançava um pouco mais em seu caminho, enfrentava um novo desafio, uma nova experiência.
A Palavra do Senhor vinha ao patriarca para lhe trazer conforto, ânimo, para lembrar-lhe da promessa e, sobretudo, para lhe dar direção. Abraão percorreu a terra santa, como que demarcando o seu território (Gn 13.17; 21.34).
Assim também, na nossa caminhada, Deus fala conosco de várias maneiras. Mesmo quando somos corrigidos, sua Palavra demonstra que o Senhor não desistiu de cada um de nós.
Abraão cometeu alguns erros, mas sua marca na história foi a fé e a obediência, porque ele soube ouvir a palavra de Deus e corrigir a sua rota.
Abraão foi ao Egito, mas voltou a Canaã. Morar no Egito é pior do que permanecer em Ur dos Caldeus. O último estado pode ser pior que o primeiro. Entretanto, Abraão não permaneceu nos domínios de Faraó. Retornou à terra prometida e todo o propósito de Deus para a sua vida foi realizado.
Nós também precisamos estar atentos ao que Deus mostra e fala. É tempo de consertar e retornar ao caminho para que Deus cumpra em nós a sua vontade que é boa, perfeita e agradável.
(Anísio Renato de Andrade)

A IMPORTÂNCIA DOS SONHOS

A IMPORTÂNCIA DOS SONHOS

Os sonhos são como combustíveis que fazem a máquina da nossa vida funcionar. Uma pessoa que não sonha é alguém que não tem um alvo para alcançar, um propósito para lutar, nem tão pouco um objetivo para entregar a sua vida.

Se certifique se os seus
sonhos são de Deus
Devemos nos certificar se os nossos sonhos são frutos da nossa ambição humana ou são visões que Deus tem colocado em nosso coração.
O sonho de Deus é impresso no nosso interior em forma de visão, não precisamos dormir para sonhar, mesmo acordado podemos vê-lo queimando no nosso coração, em forma de propósito a ser atingido.
Há muitos homens na Bíblia que Deus lhes deu sonhos que se transformaram em verdadeiras visões e estes homens fizerem destas visões alvos pelos quais trabalharam para alcançá-los. Abraão sonhou com uma multidão de pessoas sendo abençoadas por entrar na sua herança. Seu neto Jacó recebeu o governo da terra e a garantia de que o Senhor era com ele através de sonhos (Gn.28:12-18). José, filho de Jacó, recebeu através dos sonhos a visão de que seria governador do Egito e assim garantiria a sobrevivência da descendência de Abraão, seu bisavô (Gn.45:4-8). Deus, neste tempo, deseja implantar no seu coração os Seus sonhos para que você venha participar da implantação do Seu Reino sobre a terra.

Se os seus sonhos são de Deus,
compartilhe-os
 Quanto mais falarmos dos nossos sonhos mais são acesos no nosso interior e, quanto mais acesos estiverem, mais garra teremos para fazê-los acontecer na nossa geração.
José falava dos seus sonhos. Quando o nosso coração está ardendo com os sonhos de Deus, não há como ficar sem falar deles. José falou para as pessoas aparentemente erradas “José teve um sonho, e o contou a seus irmãos” (Gn.37:5ª). Muitas vezes há pessoas da nossa própria família que não vão acreditar nos nossos sonhos e ainda vão nos odiar por causa deles “Por isso o odiaram ainda mais” (Gn.37:5b). Mas o que fazer se os sonhos queimam no nosso coração? Não se cale! Fale deles!! Mesmo que as pessoas não entendam, ou não estejam prontas para ouvir, Deus tem um propósito nisso. “Teve ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, dizendo: Tive outro sonho; e eis que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam perante mim. Quando o contou a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai, dizendo: Que sonho é esse que tiveste? Viremos eu e tua mãe e teus irmãos a inclinar-nos em terra perante ti? (Gn.37:9-10). Por que José precisava contar a seus irmãos os sonhos? Porque estes sonhos eram de Governo e seus irmãos faziam parte deles, mas não estavam prontos para entender naqueles dias “Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém guardava este caso no coração” (Gn.37:11). Não se preocupe, compartilhe os seus sonhos porque muitos que, hoje lhe odeiam e o invejam, mais tarde virão ajudá-lo a concretizar. Fale  e não se cale!!! Os irmãos de José que foram contra os seus sonhos, muitos anos depois, formaram o governo no Egito. José foi apenas o pioneiro.



Esteja disposto a morrer
pelos seus sonhos
 José recebeu de Deus um sonho de governo, mas por causa dele muitas perseguições vieram sobre sua vida: “Seus irmãos o odiaram ainda mais (Gn.37:5), seus irmãos, pois, o invejaram (Gn.37:11), lá vem o sonhador! Vinde agora, matemo-lo e lancemo-lo numa destas cisternas” (Gn.37:19-20). Às vezes, para manter um sonho aceso, o preço é muito alto, por isso, muitos preferem não carregar em seu coração esta chama e facilmente desistem dos seus sonhos, mas José sabia que seus irmãos não tinham nada contra a sua pessoa, mas contra o que movia a sua vida, os seus sonhos. Por isso não desistiu e se dispôs a lutar pelos sonhos que Deus havia colocado em seu coração. Não seja covarde! Se for preciso esteja disposto a morrer, mas não desista dos sonhos de Deus, porque essa atitude atrasa o projeto de redenção e implantação do Reino de Deus sobre a terra.

Seja forte nos momentos adversos
aos seus sonhos
 José precisou muito da graça de Deus sobre sua vida para que a chama dos seus sonhos não fossem apagadas, pois muitas foram as lutas que precisou travar para deixar a visão de governo, que Deus o havia dado, permanecer viva em seu coração.
· Seus irmãos o odiavam (Gn.37:5)
·   Queriam matá-lo (Gn.37:20)
·   O desonraram tomando-lhe a túnica (Gn.37:23)
·   Jogaram-no em uma cisterna (Gn.37:24)
·   Venderam-no como escravo aos ismaelitas (Gn.37:28)
·   Os ismalelitas venderam-no ao Egito para Potifar (Gn.37:36)
·   José foi tentado em seu caráter pela mulher de Potifar, o seu dono (Gn.39:7-8)
·   José foi injustiçado pelo seu senhor quando o lançou na prisão (Gn.39:20)
Se deixar consumir pelos sonhos de Deus é o mesmo que se lançar para ser provado em todas as áreas de sua vida. Deus nunca deu Seus sonhos para covardes, mas para os corajosos, aqueles que querem ser líderes de excelência. Não olhe para esses momentos com os olhos da carne, mas com os olhos do espírito. Na verdade, as vezes é por este caminho que o Senhor está lhe conduzindo ao governo “Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito... Porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós” (Gn.45:4-7). Quase sempre os métodos de Deus são diferente dos nossos para nos fazer ver os nossos sonhos realizados. Por isso, ao invés de reclamar por causa das dificuldades, persevere, pois você está no caminho preparado por Deus para a realização dos seus sonhos.

Prepare-se para o tempo da glória
dos seus sonhos
 Antes, Deus sempre refina como o ouro aqueles que recebem os seus sonhos para que no tempo de concretizá-los, a soberba, o orgulho, a presunção e a vaidade não venham derrubá-los. Pois, todo servo, refinado como ouro, tem um caráter justo e reto e ainda está revestido da humildade de Cristo. Se porventura você ainda não está experimentando a glória dos seus sonhos é porque ainda está na refinaria de Deus. Mas não se preocupe, no tempo que Deus sentir que você está preparado para ver os seus sonhos sendo realizados, a unção da frutificação e multiplicação se concretizará em sua vida. Foi exatamente assim com José, somente depois que estava preparado, a bênção de seu pai Jacó foi desatada sobre a sua vida “Frutificai e multiplica-te” (Gn.35:11). Aí então, começou a ver os seus sonhos sendo realizados “Depois disse Faraó a José: Visto que Deus te fez saber tudo isso, ninguém há tão entendido e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo. Somente no trono eu serei maior do que tu” (Gn.41:39-40). “Disse ainda Faraó a José: Eu sou Faraó, porém sem ti ninguém levantará a mão ou o pé em toda a terra do Egito” (Gn.41:44). José era muito jovem ainda quando começou a governar o Egito (Gn.41:46). Ele estava revestido da sabedoria de Deus, por isso, no seu governo o Egito se tornou a nação mais poderosa da Terra. Será que você já está com o caráter tratado, para Deus colocá-lo como sua autoridade sobre as nações, certo de que não se ensoberbecerá, nem se utilizará da sua posição de governo, para se vingar ou humilhar alguém? “Então se lembrou José dos sonhos que tivera a respeito deles.... Retirando-se deles, chorou...” (Gn.42:23-24). Deus tinha tratado o caráter de José de tal forma que ao reconhecer os seus irmãos o seu coração se encheu de amor e não de ódio por eles. Deus deseja fazer o mesmo conosco, a fim de poder nos abençoar. Por isso, Ele também nos tem dado sonhos de governo.

Gutemberg L. Braga

segunda-feira, 20 de julho de 2015

https://soundcloud.com/flavio-policarpo/a-natureza-daqueles-que-fazem-parte-do-reino-de-deus-pr-flavio-policarpomp3

sexta-feira, 10 de julho de 2015

É tempo de vencermos por Davi (2ª Sameul 21:15-22)

Introdução:
Quando Davi soube que o povo de Israel era ameaçado por um gigante chamado “Golias“, se colocou a disposição do rei Saul para lutar contra o gigante, porém Saul não queria, pois era moço e inexperiente, mais ele convenceu Saul dizendo para o mesmo como ele defendia as ovelhas de seu pai.
É através desta luta que Davi se torna conhecido em Israel, a bíblia diz que Davi tomou o seu cajado na mão, e escolheu para si cinco pedras do ribeiro, e pô-los no alforje de pastor, que trazia, a saber, no surrão, e lançou mão da sua funda; e foi aproximando-se do filisteu... (1 Samuel 17:40). O Filisteu insulta a Davi e Davi responde ao filisteu: Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão, e ferir-te-ei, e tirar-te-ei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel (1 Samuel 17:46) o gigante vem contra Davi, veja: E sucedeu que, levantando-se o filisteu, e indo encontrar-se com Davi, apressou-se Davi, e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu.
E Davi pôs a mão no alforje, e tomou dali uma pedra e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa, e a pedra se lhe encravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra. (
1 Samuel 17:48,49) Observe que Davi utilizou apenas uma pedra do seu alforje para derrubar a Golias, quero que você entenda que tudo o que Deus tem para te fazer vencer já está com você, Davi pegou cinco pedras e utilizou apenas uma, as outras pedras do alforje serão para você vencer as batalhas futuras que virão sobre você, você verá neste estudo que Davi na sua velhice venceu quatro gigantes: "Isbi-benone; Safe; Golias(Lami) e um gigante anônimo aleijado", ou seja, a mesma quantidade de pedras que sobraram no seu alforge, porém estas batalhas não é vencida pelas suas forças, mais pela força daqueles que ele preparou para lutar em favor do reino de Deus.


O primeiro gigante é ISBI-BENONE (Significa habitantes das alturas)

Foi matando o gigante “Golias” que Davi se tornou conhecido em Israel (I Sam.17:50e51) e depois de muito tempo os gigantes reaparecem querendo matar a Davi:
 "Tiveram mais os filisteus uma peleja contra Israel, e desceu Davi e com ele seus servos, e tanto pelejaram contra os filisteus, que Davi se cansou" (II Sam.21:15).

Davi havia lutado tanto que desfaleceu. Suas forças foram minadas, e ele estava exausto, foi nesse momento quem surgiram novos gigantes.
"E Isbi Benone, que era dos filhos dos gigantes, e o peso de cuja lança tinha trezentos ciclos de cobre, e que cingia uma espada nova, este intentou ferir Davi" (II Sam.21:16).
Davi quando era moço havia vencido um gigante que era mais forte que este, observe pela palavra: E a haste da sua lança era como o eixo do tecelão, e a ponta da sua lança de seiscentos siclos de ferro, e diante dele ia o escudeiro. (1 Samuel 17:7), porém agora Davi já não era mais aquele guerreiro cheio de seiva e vigor, que na sua juventude vencera Golias. Agora com a idade avançada, Davi já não suportava mais as fadigas de guerra como antigamente, é justamente neste momento de cansaço, que surge um novo desafio, matar um gigante de nome Isbi Benone (Significa habitantes das alturas), que queria vingar a morte de Golias(herói filisteu), a quem Davi matou, e pela exaustão de Davi ele tinha todas as chances para isso. Quero lembrar que os nossos inimigos sempre querem aproveitar o momento de estafa e cansaço pra nos derrubar, foi assim com Jesus, observe que satanás esperou Jesus ter fome para tentá-lo: Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. (Mateus 4:1-3), precisamos estar atentos neste tempo, pois é nestes momentos de cansaço que o nosso adversário tenta nos matar, a palavra nos orienta, Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;(1 Pedro 5:8)
Era costume dos heróis passados passar as mãos de seus sucessores as suas armas, e neste caso a Bíblia diz que ele veio com uma espada nova. "E Isbi Benone, que era dos filhos dos gigantes, e o peso de cuja lança tinha trezentos ciclos de cobre, e que cingia uma espada nova, este intentou ferir Davi" (II Sam.21:16).
Ele estava de arma nova, porque a arma antiga Davi havia tomado de Golias, e deixado com o sacerdote Aimeleque em Nobe (I Sam.21:9). Davi a retomou e a usou como defesa no exílio que Saul lhe impôs. Por direito seria do gigante, mas por dever, ela estava com Davi.

As potestades do ar, estes principados que habitam nas alturas, sempre utilizarão novas estratégias, novos recursos, novos meios para nos matar, mais nós temos um pai que nos socorre. Observe que Davi ao ser atacado pelo gigante e já estando a mercê do mesmo, foi socorrido por Abisai (que significa Pai existe ou pai é), que o matou, defendendo-o. Aqui fica um grande ensinamento para nós, o nosso pai existe e sempre lutará em nossos favor, mais é preciso que nós preparemos guerreiros para nos substituir, pois não seremos jovens por toda vida, é preciso formar guerreiros valentes que não fogem da batalha, para termos servos que nos auxiliem.  


O segundo gigante é SAFE (Significa Limiar ou limites)

Quando o gigante Isbi-benone é vencido pelo servo de Davi, outro gigante aparece. É impressionante a persistência de satanás para nos derrotar. Olha o que a palavra nos diz:
"E aconteceu depois disto, que houve em Gobe ainda outra peleja contra os filisteus, então Sibecai, o husatita, feriu a Safe, que era dos filhos do gigante" (II Sam.21:18). 

O nome desse gigante Safe, significa Limiar ou Limites, e fala de nossa limitada capacidade humana. Davi cansado, com suas capacidades esvaídas, seria presa fácil para Safe, mas eis que Sibecai (Significa o Senhor sustenta), outro guerreiro do rei o mata. Isso nos mostra que nossa incapacidade, precisa de ser amparada por alguém. Não devemos andar sozinho
(Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Eclesistes 4:9).

Nosso sustento vem de Deus. Ninguém é auto-sustentável a ponto de não depender de Deus e do próximo. Na batalha espiritual contra os gigantes filisteus, precisamos de auxílio, precisamos de alguém que nos sustente. Davi venceu Golias com o auxilio e sustento do Senhor, ai de nós se não for o sustento do pai e o auxílio do próximo.


O terceiro gigante é GOLIAS- ”
1 Cr 20:5 (Lami - guerreiro comedor)

"Houve mais outra peleja contra os filisteus em Gobe, e El-Hanã (Elanã: TOCHA, LUZ, LUMINOSA), filho de Jaaré-Oregim, o belemita, matou o giteu, de cuja lança era a haste como órgão de tecelão" (II Sam.21:19). 

Outro Golias. Era só o que faltava, Golias voltar. Em I Cron.20:5, está escrito que esse gigante
era Lami (guerreiro comedor), irmão de Golias. Talvez, a Bíblia faz uso de uma tradição passada, de colocar os mesmos nomes nos descendentes e ascendentes das pessoas. O fato é que esse gigante era irmão do antigo Golias.

Esse talvez tenha sido o pior inimigo que Davi tenha enfrentado. Talvez, desde a infância ele foi preparado especialmente para lutar com Davi. Era uma questão pessoal de vingança. Era a honra da família que estava em jogo. A família chorava a ausência do grande campeão, morto tragicamente, por um adolescente despreparado, que mais tarde virou rei. E essa vingança, coube a Lami, irmão de Golias.

Esse gigante, fala de nossas vinganças pessoais. Justiça com as próprias mãos. Nosso desejo de vingarmos os inimigos. É engraçado que esse sentimento é o mais comum quando estamos revoltados com certas situações. Nunca queremos esperar o agir divino, antes queremos fazer justiça com nossas próprias mãos. Qualquer vingança ou retribuição, vem de Deus, deixe nas mãos Dele
: "Não vos vingueis vós mesmos, amados, mais daí lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor" (Rom.12:19).


O quarto gigante é ANÔNIMO, ANORMAL – (A vitória de irmãos)

"Houve ainda também outra peleja em Gate, onde estava um homem de alta estatura, que tinha em cada mão seis dedos e em cada pé outros seis, vinte e quatro por todos, e também este nascera do gigante, e injuriava a Israel, porém Jônatas (dado por Deus, presente de Deus, dádiva divina), filho de Simei, irmão de Davi, o feriu" (II Sam.21:20e21).
O último gigante que veio contra Davi, era anônimo, o seu nome não é citado no texto, diz apenas que ele era de alta estatura e tinha uma característica física incomum: Era anormal, com  vinte e quatro dedos, quatro dedos a mais no seu corpo. Ele era violento e feroz: "...e injuriava a Israel...", tentava vencer no grito, com desaforos e violência verbal.
Este gigante age no meio da igreja hoje se utilizando do anonimato. Por não ser facilmente identificado, vai derretendo o coração de muitos, lançando pragas, mal dizendo, insultando, ...

É interessante observar que três dos quatro gigantes, foram os guerreiros do exército de Davi que os venceu, mais esse foi diferente: quem o venceu e o matou, foi
Jônatas (dado por Deus, presente de Deus, dádiva divina), irmão do próprio Davi, tenha certeza de uma coisa alguns gigantes só serão vencidos pela unidade da igreja quando  agirmos e formos como irmãos.
Tenha certeza também que os gigantes sempre vão voltar. Quando Golias morre se levantam os seus adeptos, que querem a todo custo levar adiante suas ideias, projetos, conceitos e preconceitos contra o povo de Deus. Ele jamais vai aceitar passivamente a derrota.
Entenda uma coisa ninguém vence sozinho, você é o presente de Deus para esta geração é através de você que muitos se renderão ao Senhor, mais precisamos entender o significado real de unidade, precisamos ajudar uns dos outros, e só assim venceremos os gigantes.

Conclusão:
Os três servos de Davi, e o seu irmão venceram as batalhas, porém a honra foi dada a Davi, assim seremos nós neste tempo, não importa quem venceu a batalha, a honra e glória sempre será dada ao Senhor dos exércitos.



Pr. Flavio Policarpo

sábado, 4 de julho de 2015

O PROPÓSITO ETERNO - (Retornar ao início)

O propósito eterno consiste num retorno ao início onde Deus criou o homem a sua imagem e semelhança e o abençoou para frutificar, multiplicar, encher a Terra e dominá-la, pois a Sua vontade era que a Terra fosse cheia de homens e mulheres segundo a sua espécie e natureza para viverem para sempre sobre a Terra: "E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra (Gn.1:26). E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra" (Gn.1:28).
Deste modo, o mundo que Deus pretende criar sobre a Terra nunca existiu, por esta razão, a restauração de todas as coisas têm como objetivo nos levar para o princípio de tudo, a fim de que Deus comece a estabelecer na Terra o Seu propósito eterno sobre ela com homens e mulheres segundo a Sua espécie e natureza. Não tenho dúvida será deslumbrante algo que, de fato, os olhos nunca viram, os ouvidos nunca ouviram e jamais passou pela imaginação do homem, por isso, vale a pena viver o Sonho de Deus.
É só para pensar!!!

Ap. Gutemberg Braga