quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A comercialização do natal

A COMERCIALIZAÇÃO DO NATAL

O Natal devia ser uma época de sonho, de alegria, de auto-doação, de caridade, enfim, de felicidade. A ocupação principal dos cristãos deveria ser cantar hinos de louvor a Deus pelo nascimento de Jesus, lerem a história desse maravilhoso acontecimento que mudou o curso da humanidade, e agradecerem a Deus pelo Maior Presente de Natal que a humanidade já recebeu – a própria pessoa de Jesus, o Deus Menino.
Houve tempos em que o natal era assim. Todos se preparavam, durante o mês de dezembro, para comemorar o Natal da maneira mais pura possível.
Foi então que os negociantes descobriram que o costume de dar presentes durante a época do Natal podia propiciar-lhes maior fonte de renda. Os mais gananciosos começaram a dedicar todos os seus esforços para transformar o Natal em uma época de Vendas Especiais, de maiores lucros, de “records” de comercialização. E começou a procura infindável de produtos que pudessem chamar a atenção dos possíveis compradores, de técnicas de venda que apelassem para os melhores sentimentos altruísticos da época do Natal, que, enfim, levassem o maior número possível de pessoas a esvaziarem os seus bolsos e bolsas, a fim de encher o bolso dos empresários.
E então começou a ser criado um mercado específico e característico da época natalina, com artigos supérfluos, mas que todo mundo acha importantes e necessários, cujo o único objetivo é enriquecer quem os vende: bolas coloridas para enfeitar a árvore de Natal, a própria árvore, que agora não é mais cortada do bosque, mas comprada nas lojas, desmontável, feita de plástico; séries de lâmpadas multi-coloridas, com dispositivo pisca-pisca, para enfeitar a mesma árvore; festões de papel ou de plástico para serem estendidos dentro de casa; coroas do mesmo material para serem colocadas na porta de entrada da casa; cartões de felicitações, coloridos lindamente e com frases de efeito, cheias de carinho...
Além disso, o próprio público, quando começa o mês de dezembro, já começa a preparar as listas de presentes e a relação do nome das pessoas para quem “precisa” mandar presente, um cartão de Natal, um telegrama, ou para quem precisa telefonar.
Assim, o Natal tornou-se uma ocasião em que se gasta mais do que se pode; em que se sente a “obrigação” de dar um presente para alguém, porque essa pessoa nos presenteou no ano passado... porque nos fez um favor... porque é amigo íntimo... porque... Assim, os presentes não são “dados”, mas existe uma “troca” de presentes. Os presentes tornam-se  uma espécie de pagamento por benefícios recebidos durante o ano, de reconhecimento por favores especiais, de demonstração de gratidão ou de carinho especial. Haja vista que, dependendo da posição que a pessoa ocupa numa empresa, recebe incontável número de presentes.
Onde está o espírito do Natal?
Hoje em dia, na época de Natal, quando alguém dá um presente, é porque já recebeu algo da pessoa presenteada, ou então espera receber dela alguma coisa.
Uma demonstração bem clara de que não há o mínimo espírito cristão na maneira atual de comemorar o Natal é um fato que deixou admirados alguns cristãos ocidentais que visitaram o Japão recentemente. Apesar de ser um país pagão, em que apenas uma minoria é cristã, em dezembro as ruas se enchem de gente fazendo compras, há uma árvore de Natal em cada casa, e a figura do Papai Noel, aparece em todas as lojas. E isto está acontecendo em todo o mundo. Países em que o cristianismo é perseguido e até banido, comemoram o Natal como uma festa de fraternidade humana, de congraçamento, de alegria; contudo, o verdadeiro dono da festa, nosso Senhor Jesus Cristo, está totalmente ausente dessas comemorações. Geralmente Ele não é nem mencionado, nem lembrado.
A fé em Jesus não rende lucros, não engorda a conta bancária de ninguém; portanto, não interessa, está sendo extirpada das comemorações do Natal.
Outro aspecto negativo é o exagero de grande parte das pessoas em comer e beber nessa época. Em Galatas 5:21 o apóstolo Paulo relaciona “bebedices e glutonarias” como obras da carne. Parece que os cristãos usam especialmente a época do Natal para dar lugar à carne, comendo e bebendo até não poder mais.
Não é raro ouvir-se nos dias seguintes ao Natal que várias pessoas passaram mal, tiveram indigestão de tanto comer e beber, o que evidencia claramente o caráter carnal de tais comemorações.
O amor que não exige reciprocidade, a auto-doação, a bondade e a benignidade, a paz e a mansidão, que deviam ser características dessa época, muitas vezes estão ausentes, pois deram lugar à ganância dos aproveitadores, à gula dos comilões e beberrões, à liberação desenfreada dos instintos carnais dos que pensam que comemorar o natal é divertir-se apenas, cantar, comer e beber até não poder mais.
Oh, que bom se o nascimento do Salvador do mundo fosse comemorado com uma alegria espiritual, com banquetes espirituais em torno da palavra de Deus, com auto-doação, abnegação e altruísmo, que caracterizam o próprio espírito do Natal, porque Deus amou... e deu... deu... deu... o Maior presente que poderíamos esperar: salvação dos nossos pecados na pessoa de Jesus Cristo!
Em resumo a comemoração do Natal, se tem revestido de caraterísticas não cristãs, decididamente pagãs. Não há nenhuma diferença entre a comemoração do Natal em país chamado cristão, como o Brasil ou França, e em um país chamado budista, Japão. Por que acontece isso? A nossa conclusão é que o Natal, da maneira e na época em que é comemorado atualmente, não passa de uma festa pagã.

 QUANDO JESUS NASCEU?

O Espírito de Deus é sábio. Usando os profetas e os apóstolos como a gente, Ele escreveu um livro maravilhoso: a Bíblia. É um livro, que tem a capacidade de alimentar tanto bebês como adultos. Recém-convertidos ler a Bíblia, é encontrada leite genuíno, que lhe pode propiciar o crescimento que ele precisa. O adulto em Cristo, o cristão amadurecido, lê Bíblia, e cada dia que passa continua a encontrar nela as forças para a jornada da fé, a luz para iluminar o seu horizonte de esperança, a vida para fortalecer o seu amor ao próximo e a Deus.
As aparentes incoerências encontradas na Bíblia – disto pode estar certo o leitor – sempre escondem revelações de algo que ali está escondido, esperando homens de fé para as trazerem a luz. Bill Britton as chama de “Benditas pedras de tropeço”, que fazem tropeçar apenas os céticos e incrédulos, mas abrem a porta para que os verdadeiros crentes recebam novas revelações. Quando Natanael, ao ouvir de Filipe: Achamos aquele quem Moisés escreveu na lei, a quem se referiram os profetas: Jesus, o nazareno filho de José (João.1:45), exclamou: De nazaré pode sair alguma coisa boa? A essa altura, Jesus poderia ter esclarecido a perplexidade de Natanael, contando-lhe que embora ele fosse apelidado de nazareno, por ter passado a infância em nazaré e de galileu, por estar exercendo seu ministério na galiléia, ele na verdade havia nascido em Belém. Esta informação levaria Natanael a crer imediatamente, pois ele conhecia a profecia de Miquéias.5:2, que predizia que o Messias haveria de proceder de Belém. Todavia, Jesus não queria que a fé de Natanael se baseasse numa informação, mas numa revelação. Não queria que ela fosse intelectual mas espiritual; não baseada na alma, porém no Espírito. Por esse motivo simplesmente disse: Antes de Filipe te chamar, eu te vi, quando estava debaixo da figueira (v.48). Não nos é revelado o que ele estava fazendo debaixo da figueira, mas podemos conjectura que ele estava buscando de Deus uma revelação acerca de quem era o Messias. Essa frase de Jesus foi para ele uma revelação tão grande que ele não se conteve, exclamando: Mestre, tu és o Filho de Deus, Tu és Rei de Israel! (v.49).
Outras vezes, alusões feitas de maneira despretensiosa, quase descuidada, contém revelações importantes. Quando encontrar no texto que estiver lendo uma informação que aparentemente não tem revelação com o resto do assunto, arme as suas antenas: ali pode estar uma revelação importante.
Foi isso que aconteceu quando eu lia o evangelho de Lucas. Antes de prosseguir, é bom mencionar que Lucas era médico, e portanto, pessoa acostumada tratar de minúcias, homem que devido a sua própria profissão se acostumara a ser meticuloso, explícito, detalhista. Ele escreveu dois livros da Bíblia: O evangelho que leva o seu nome, e os Atos dos Apóstolos. Para verificar essa sua qualidade de escritor minucioso, basta comparar os textos constante do seu evangelho, também citados pelos outros evangelhos sinópticos, a saber Mateus e Marcos. Imediatamente se constata que as parábolas e os episódios citados por Lucas contém mais riquezas de detalhes, descrevem com maiores minúcias os fatos ocorridos e os personagens envolvidos e o ambiente que aconteceram.
Pois bem: ao ler o primeiro capítulo do evangelho de Lucas, cheguei ao versículo 5:
Nos dias de Herodes, rei da judéia, ouve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abias. Sua mulher era das filhas de Arão, e se chamava Isabel.
Anote essa expressão: Do turno de Abias.
Você já conhece o resto da história: Isabel era estéril (v.7), já era idosa, sem esperança de procriar. Ora, a esterilidade, para a mulher judia, era uma espécie de estigma de maldição; uma vergonha da qual ela fazia tudo para se livrar. Certamente porque cada mulher judia alimentava a esperança de dar a luz o Messias, todas elas queriam ter esse privilégio, e por isso nenhuma delas se conformava com a possibilidade de não ter essa oportunidade.
Voltando ao relato feito por Lucas em seu evangelho, e se continuarmos a leitura do capítulo primeiro, logo leremos, os versículos 8 e 9:
Ora, acontecendo que, exercendo ele diante de Deus o sacerdócio na ordem do seu turno, coube-lhe por sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no santuário do Senhor para queimar incenso.
Espírito Santo insiste: DA ORDEM DO SEU TURNO. Anote esta expressão.
E ali, conforme os versículos seguintes, Zacarias teve uma visão de um anjo, que lhe disse que ele teria um filho. Pelo fato de não ter crido, ele ficou mudo; essa mudez constituiu um sinal de que aquela visão realmente fora de Deus.
Lucas continua:
Sucedeu que terminados os dias de seu ministério, voltou para casa. Passado estes dias (dias do seu ministério), Isabel, sua mulher concebeu.
Se você, leitor está seguindo cuidadosamente o nosso raciocínio saiba que esta simples menção ao “turno de Abias”, feita de maneira casual, sub-reptícia, quase imperceptível nos levará a tremenda revelação da data exata em que nasceu nosso Senhor Jesus Cristo! Portanto, atenção!
A conclusão a que chegamos é a seguinte: João Batista, o profeta, o precursor de Jesus, foi concebido imediatamente após o período em que ocorria o “turno de Abias”. Quando Zacarias voltou para casa para a sua esposa, depois de ministrar no templo.
Lucas 1:26-38 relata que o anjo visitou Maria e ela achou-se grávida pelo Espírito Santo (Mateus.1:18). No final daquela visita o anjo disse:
E Isabel, tua parente, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já no sexto mês para aquela que diziam ser estéril (Lucas.1:36; leia também o versículo 26).
Veja bem: agora chegamos a conclusão de que Jesus foi concebido seis meses depois de João Batista, ou seja, seis meses após o período ou “turno de Abias”.
Que é esse turno de Abias? Em que época do ano ocorre? Para sabermos, precisamos voltar ao Antigo Testamento.
I Crônicas 24 apresenta a relação dos turnos em que foram organizados os sacerdotes para ministrarem na casa do Senhor. Eles começaram ministrar no tabernáculo de Davi, posteriormente passaram a ministrar da mesma forma no templo de Salomão, e conforme verificamos em Lucas 1:5 e seguinte, esses turnos de sacerdotes continuaram a ser obedecidos na ordem de vida até a destruição do templo de Jerusalém por Herodes, incendiado no ano 70 A.D.
Abra a sua Bíblia em I Crônicas 24. É fácil verificar que os versículos de 7 a 18 encontra-se uma relação de 24 turnos de sacerdotes, distribuídos entre as 24 famílias de sacerdotes descendente de Arão (a família sacerdotal por eleição). Esses 24 turnos ou turmas se sucediam ministrando na casa do Senhor. É também fácil concluir que essa escala devia ser cumprida no decorrer do ano religioso ou litúrgico dos judeus. Assim sendo, obviamente cada turno de sacerdote oficiaria durante 15 dias. É importante lermos os versículos de 7 a 10:
Saiu a primeira sorte a Jeoiaribe, a segunda a Jedaías, a terceira a Harim, a quarta Seorim, a quinta Malquias, a sexta Miamim, a sétima a Coz, a oitava a Abias.
Anote: O turno de Abias.
E quando começava a funcionar o primeiro turno? Esta interrogação é importante como o leitor já deve ter desconfiado, da sua resposta vai depender a localização exata da época do nascimento de Jesus!
É importante notarmos a esta altura que estamos tratando com um Deus sábio e lógico, o autor da matemática celeste e das ciências exatas, que determinou a órbita dos astros e dos elétrons com exatidão inimitável, e que não faz nada por acaso ou conscidência, nem é tomada de surpresa pelo desenrolar dos acontecimentos, pois é Onisciente.
Pois bem, se estivermos este conceito a respeito do Deus a quem adoramos, Iavé dos exércitos, EL-Shaddai (Todo-Poderoso), não podemos chegar a conclusão diferente desta: o primeiro turno de sacerdotes começava a servir na casa do Senhor no início do primeiro mês do ano religioso ou litúrgico dos judeus. Em êxodo 12.1’2, encontramos a determinação desse início.
Disse o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito: este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano. Leia também Êxodo 13.4e Deuteronômio 16.1
No mês primeiro, aos catorze do mês, no crepúsculo da tarde, é a páscoa do Senhor (Levítico 23.5).
É fato bem sabido que a Páscoa é uma festa móvel, que cai em Março ou Abril. Ela é uma festa móvel exatamente porque a sua data não é marcada segundo o nosso calendário, mais segundo o calendário judaico, que se baseia no ano lunar, e não no ano solar, como o calendário gregoriano, que usamos. A conclusão a que chegamos é de que o primeiro mês do calendário religioso judaico (o mês de Abibe – Êxodo 23:15) coincide mais ou menos com o nosso mês de março.
As pessoas que estão familiarizadas com os costumes modernos dos israelitas ficarão surpresas com esta constatação bíblica, pois na verdade os judeus dos nossos dias, em todo o mundo, comemoram o Ano Novo na data da Festa das Trombetas, isto é, em setembro ou outubro. Esta discrepância com a determinação bíblica se deve ao fato de que os israelitas, no decorrer dos séculos, por razões que não vêm ao caso neste estudo, mudaram  o início do ano civil para o meio exato do ano religioso – a data da Festa das Trombetas, e por isso existem dois inícios do ano judaico: o secular começa na Festa das Trombetas, no primeiro dia do sétimo mês do ano religioso (Levítico 23:23-25), e o religioso começa catorze dias antes da Páscoa. Contudo, para nós, as modificações feitas pelos homens nada nos interessam. Interessa-nos a Palavra do Senhor, que é viva e imitável: Este mês (o mês de Abibe, o da Páscoa)... será o primeiro mês do ano (Êxodo 12:1-2).
... A palavra de nosso Deus permanece eternamente. Isaías 40:8.
Vejamos agora, portanto, quando ministravam os diversos turnos de sacerdotes no tabernáculos de Davi, e posteriormente no templo de Salomão, e finalmente, na época de Zacarias, no templo de Herodes.
Ora, como já vimos anteriormente, João Batista foi gerado logo depois do período em que os sacerdotes do turno de Abias serviam no templo, isto é, no fim de junho ou começo de julho, em nosso calendário. Jesus, nosso Senhor, foi gerado pelo Espírito Santo seis meses depois, isto é, no fim de dezembro ou começo de janeiro. Contando-se os nove meses normais de gestação, segundo estes cálculos cronológicos, Maria veio dar à luz no fim de setembro ou começo de outubro do ano seguinte.
Calculando-se segundo o calendário judaico, João Batista foi gerado logo que Zacarias voltou para casa, depois de ter servido no templo de Herodes durante o turno de Abias, que servia na segunda metade do quarto mês, pois era o oitavo turno. Portanto, no começo do quinto mês. Quando Isabel sua mãe estava no sexto mês de gestação, o anjo do Senhor apareceu e Maria e lhe disse que aquela, apesar de idosa, estava grávida, e que aquele era o sexto mês da sua gravidez. Portanto, Jesus foi gerado durante o décimo mês judaico. Se acrescentarmos a esses dados os nove meses de uma gestação normal, chegaremos à conclusão de que Jesus veio a nascer no sétimo mês do calendário judaico – o mês Etanim (I Reis.8:2) ou Tisri.
O sétimo mês judaico (que cai entre o fim de setembro e o fim de outubro, em nosso calendário) era marcado pela soleníssima Festa dos Tabernáculos, da qual falaremos mais adiante.
A conclusão surpreendente a que chegaremos é de que Jesus não nasceu nem poderia ter nascido em dezembro, nem poderia usar para nascer uma data festividade pagã, como a Saturnália romana ou o natalis invicti solis, mas usou uma festa judaica, a Festa dos Tabernáculos, como ocasião para vir ao mundo.

 

O PINHEIRO DE NATAL

Um dos símbolos mais marcantes do Natal é a árvore de Natal, geralmente um pinheiro. Ela é um pinheiro verdadeiro, colhido ou cortado do bosque, ou então uma imitação boa ou sofrível, de madeira e papel, ou de plástico, de um pinheiro, que é levada para casa, “plantada” em um vaso ou lata, e depois enfeitada com bolas multi-coloridas, festões cordões e guirlandas prateadas, douradas e colorida, munidas de um dispositivo que as faz se ascenderem e apagarem intermitentemente. Geralmente uma estrela brilhante coroa essa árvore, pois ela é outro símbolo do Natal, da maneira como ele é comemorado hodiernamente.
Qual é a origem da árvore de Natal? Várias lendas européias tentam explicar o motivo porque ela é usada como símbolo do Natal. Na verdade, essas lendas estão ligada quase sempre ao fato de que algum povo da Europa Central ou da Escandinávia adorava árvores. Sacrifícios eram feitos na Escandinávia ao deus Thor, sempre ao pé de alguma árvore bem frondosa. A Enciclopédia Barsa diz textualmente: “A árvore de Natal é de origem germânica, datando do tempo S. Bonifácio (cerca de 800 D.C.). Foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin (deus germânico, demônio das tempestades), adorando-se uma árvore, em homenagem ao Deus-menino” (entre parênteses, observações do autor).
Os povos da Escandinávia (região que compreende a Suécia e a Noruega) outrora adoravam árvores. Quando se tornaram cristãos, fizeram das árvores de folhas duras (pinheiros, ciprestes, etc.) uma parte importante dos seus festivais cristãos. Em outras palavras, um exemplo flagrante de simples transposição de costumes pagãos para a igreja cristã – evidência de que não houve conversão total e genuína, mas de que aquelas pessoas simplesmente “viraram cristãs” sem uma profunda experiência com Jesus. Se esta experiência se tivesse verificado, elas teriam abandonado completamente os costumes pagãos, ficando até mesmo enjoadas deles.
Certa lenda conta como a primeira árvore de Natal foi mostrada em uma visão a um missionário cristão inglês chamado Winfrid (mais tarde chamado S. Bonifácio). Cerca de 1.200 anos atrás, Winfrid viajava pelo norte da Alemanha. Um dia, encontrou um grupo de pagãos à sombra de um carvalho, preparando-se para sacrificar o pequeno Príncipe Asulf ao deus Thor. Winfrid fez parar aquele sacrifício e cortou aquela “árvore sanguinária”. Quando o carvalho foi abatido, apareceu um pequeno abeto (espécie de pinheiro). Winfrid disse aos circunstantes que o abeto era a árvore da vida, representando Cristo.
O costume de decorar casa e igrejas com festões e guirlandas de ciprestes (ou imitações manufaturadas dele) começou nos tempos antigos. Os romanos trocavam entre si ramos de árvores verdes como sinal de que desejavam boa sorte, nas calendas (primeiro dia) de janeiro. Os ingleses tomaram este costume emprestado para usá-lo durante as comemorações do Natal. Eles decoravam as suas árvores com estrelas, anjos, brinquedos, castanhas douradas e bolas envolvidas em papéis brilhantes. Mais tarde eles acrescentaram lantejoulas e velas acesas. Esses costumes foram copiados por outros povos europeus com pequenas modificações, daí passaram para os Estados Unidos, e daí chegaram até o Brasil e todo o resto do mundo.
Em outras palavras, não há nenhuma base genuinamente cristã para se ter introduzido a árvore ou o pinheiro de Natal nas comemorações do nascimento de Jesus. Pelo contrário, é costume emprestado das religiões pagãs da Europa medieval, e da Roma primitiva.
Além disso, existe uma indicação bem clara de que já na época de Jeremias os pagãos costumavam cortar árvores, trazê-las para sua casa, enfeitá-las, e dessa forma exercerem uma espécie de culto pagão à natureza, mais especificamente à árvore. Jeremias 10:2-4: “Assim diz o Senhor: não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis com os sinais dos céus; porque com eles os gentios se atemorizam. Porque os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, com prata e ouro o enfeitam, com pregos e martelos o fixam, para que não oscile”.
Este costume, além de ser chamado pelo profeta de “vaidade” e de “caminho dos gentios”, também estava inquestionavelmente ligado à idolatria, pois o profeta em seguida passa a discorrer a respeito dos ídolos.
Assim como aconteceu no primeiro capítulo, infelizmente precisamos terminar este capítulo constatando que um dos símbolos mais característicos do Natal, da forma como é comemorado em nossos dias, é de origem pagã, e está umbelicalmente ligado com a idolatria.
O mesmo poderíamos dizer de outros costumes natalinos, como presépio. Segundo a tradição, ele foi introduzido no século XIII, por São Francisco de Assis. Na Irlanda as pessoas deixam uma vela acesa na janela, para iluminar o caminho do Menino Jesus na Véspera de Natal, como se não fosse Ele próprio a Luz do Mundo...
A nossa conclamação é para que todos os genuínos cristãos deixem de lado os costumes pagãos, a fim de comemorar o nascimento de Jesus como Ele gostaria que fosse comemorado.


PAPAI NOEL

A palavra Noel significa Natal em francês. Portanto, a expressão Papai Noel significa literalmente Papai Natal. Quem é esse “bom velhinho” que entrou sorrateiramente nas comemorações do Natal, sem ser convidado ou benvindo? Mais uma vez, é fácil constatar que essa figura, e o costume de ligá-lo com o Natal, não tem nenhuma base bíblica, e – pior do que isto – não tem origem cristã, mas é uma figura decididamente pagã, transplantada para o cristianismo pelos povos que não experimentaram uma conversão genuína a Jesus, mediante uma experiência verdadeira de salvação, mas simplesmente “viraram cristãos” por conveniência, injunções políticas ou econômicas, ou então por ignorância e falta de ensino verdadeiramente bíblico, misturaram práticas pagãs com a mensagem do Evangelho, trazendo costumes estranhos ao cristianismo para o seio da igreja cristã. Por outro lado, os líderes, por inércia, comodismo, ignorância ou deliberadamente, permitiram que esses costumes se arraigassem no meio dos cristãos, se desenvolvessem, chegando ao que vemos hoje – uma comemoração completamente desfigurada do nascimento de nosso Senhor e Salvador.
Qual é a origem do Papai Noel? Como nos outros casos, aqui também verificamos uma origem incerta, que se perde nas brumas do passado. Quase certamente a sua origem é pagã. Há, contudo, quem ligue o mito de Papai Noel com a lenda de São Nicolau. São Nicolau foi bispo de Mira, na Ásia Menor, no século IV. Tornou-se famoso por sua generosidade; muita gente passou a crer que qualquer dádiva feita de surpresa vinha dele. O povo da Holanda escolheu São Nicolau como patrono das crianças, e a sua fama pouco a pouco se espalhou. Em vários países europeus as crianças crêem que São Nicolau é quem lhes traz presentes que recebem no Natal.
Contudo, muito mais disseminada é a figura do velho gordo, barbudo, bigodudo e sorridente, de cabelos completamente brancos, que vem voando pelo céu guiando um trenó puxado por duas ou mais juntas de renas, o que o identifica como proveniente do polo norte, pois é onde se usa o trenó, e onde vivem as renas.
Entre outros países, na França ele é chamado de Pere Noel; na Itália, La Befana; na Suíça, Christkindli numa visível tentativa de confundi-lo com Jesus Cristo. Ainda na Europa, onde as lareiras estão sempre acesas durante essa época do ano, por se comemorar o Natal bem no meio do inverno, difundiu-se a crença de que Papai Noel, ao chegar, os encha de doces, balas ou bombons, além de presentes vários, como brinquedos e outros objetos. Essa idéia desenvolveu-se de uma antiga lenda norueguesa. Os noruegueses criam que a deusa Hertha aparecia na lareira e trazia boa sorte para o lar.
Esse costume chegou ao Brasil, e não são poucas as crianças que acreditam plenamente que os presentes que receberam foram trazidos por Papai Noel. Mais tarde, ao cresceram, descobrem que isso não passava de mentira, o que as leva a relacionar a festa do nascimento de Jesus com uma das maiores mentiras que lhes foi impingida em sua infância. Subliminarmente, isso as inibe de acreditarem em Jesus, pois se um fato central do Natal como figura de Papai Noel provou-se ser pura lenda, porque não é lenda o resto dos fatos relacionados com o Natal?
Outra coisa que deixa triste os cristãos que desejam ver a igreja de Cristo em toda a sua pureza e resplendor é o fato de homens sérios, cristãos devotos, que jamais teriam a coragem de vestir uma fantasia de Carnaval, não se acanharem de fantasiar-se de Papai Noel, e “fingir” que distribuem às crianças das igrejas os presentes que seus próprios pais já haviam comprado de antemão... E esse velho mitológico está, pouco a pouco, tomando o lugar do personagem que deveria ser o dono da festa, ao ponto de o Natal, ao invés de ser chamado Festa de Jesus, estar recebendo o título de “Festa de Papai Noel”.
Não têm sido poucos os esforços para banir das comemorações do nascimento de Jesus estas excrescências pagãs. Na Inglaterra, as festividades do Dia de São Nicolau foram banidas quando Henrique VIII fundou a Igreja da Inglaterra. Mais tarde elas foram reiniciadas quando a Rainha Vitória casou-se com Albert, um príncipe alemão. Então São Nicolau voltou como Papai Noel, um cavalheiro vestido de casaco longo e chapéu quadrado feito de pele de castor, que aparece na época do Natal. Por volta de 1643 as comemorações do Natal na Inglaterra se tornaram tão ruidosas e desregradas que os puritanos aboliram por lei a observância do Natal. Os colonizadores que fundaram as primeiras colônias americanas copiaram as leis inglesas: suprimiram as festividades do dia do Natal, substituindo-as por um dia de jejum e arrependimento. Os imigrantes holandeses, que vieram posteriormente da Europa, ressuscitaram os festejos natalinos.
Contudo, em nosso dias, os cristãos que conhecem o verdadeiro espírito do Natal, e desejam comemorar o nascimento de Jesus de maneira condigna e verdadeiramente cristã, estão cansados dos excessos cometidos nesses festejos, e devido a este fato tem nascido uma insatisfação no coração de cristãos em toda parte, ansiando por uma comemoração sadia, cristã, equilibrada, espiritual, do nascimento do Salvador.
Uma providência que faria o Natal ser novamente re-orientado para o seu verdadeiro objetivo, seria abolir completamente a figura do Papai Noel da suas comemorações, colocando novamente Jesus como a figura central dessa festividade. Nesse sentido o presépio tem muito mais base escriturística, pois é uma tentativa de re-criar o ambiente do Grande Acontecimento, colocando o Deus-Menino como centro das comemorações do Seu Natalício.
Outra providência seria divulgar ao máximo do reino a narrativa do Seu Advento, conforme efeito pelos evangelistas Lucas e Mateus expurgando-a de quaisquer acréscimo ou distorções nela introduzidas por pessoas que não conhecem as Escrituras. Por exemplo, tem-se difundido a noção errônea de que a noite do Natal os anjos cantaram: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade”. Nada mais errado. O texto bíblico diz:
“Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas.2:14).
A frase errada que citamos acima da a idéia de que Deus deseja a paz apenas para certas pessoas, quando na verdade o desejo de Deus é que todos tenham paz, a Sua paz, da mesma forma que “Ele faz nascer o Seu Sol sobre maus e bons, e vir chuva sobre justos e injustos” (Mateus.5:45). Deus não faz acepção de pessoas; mais alguns homens pensam que faz, chegam até a criar uma tradução diferente da bíblia para tentar vender essa idéia...
Outra providencia seria restaurar a verdadeira data do nascimento de Jesus, abolindo do nosso calendário cristão o dia 25 de dezembro e trazendo para o final de Setembro ou início de Outubro, culminando com uma grande celebração da Festa do Tabernáculo.

OBS: O autor deste texto já está no seio de Abraão aguardando a manifestação da igreja, para herdar a promessa “Os justos herdarão a terra”.

                                                                    Adiel A. Oliveira
                                                                       Autor


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