sexta-feira, 16 de março de 2012

POR QUE O HOMEM VALE O PREÇO DO SANGUE DE JESUS?


POR QUE O HOMEM VALE O PREÇO
DO SANGUE DE JESUS?

         Devo dizer que a revelação que o apóstolo Pedro teve da parte de Deus sobre o valor que Ele se dispõe a pagar pelo resgate do homem me levou a uma profunda reflexão“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, a qual por tradição recebestes dos vossos pais,  mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o qual, na verdade, foi conhecido ainda antes da fundação do mundo, mas manifesto nestes últimos tempos por amor de vós (IPe.1:18-20). A minha pergunta é por que o homem vale o preço do sangue de Jesus? O que há em sua vida que o torna mais valioso do que o dólar, a libra esterlina, o ouro, a prata ou qualquer outra moeda de grande valor sobre a Terra.
       O homem é tão valioso que Deus decidiu pagar o preço do sangue de seu filho para resgatá-lo, mas em contra partida, o diabo também faz de tudo para tê-lo, afinal o que há em sua vida que tanto Deus quanto o diabo se interessam por ele.
         De uma coisa estou seguro ninguém investe em algo que não tem valor. Se Deus se dispos a investir o preço do sangue de Seu filho para resgatar ao homem é porque realmente ele vale esse valor. Deus se dispõe a pagar esse tão alto preço pela vida do homem, a fim restaurá-lo ao propósito para o qual ele foi criado originalmenteDesta maneira, quero lhe mostrar porque você vale tanto para Deus ao ponto Dele pagar o preço do sangue de seu filho para lhe resgatar.
     
O HOMEM FOI O ÚNICO SER QUE DEUS
CRIOU COM SUAS PRÓPRIAS MÃOS.

         Existem algumas teorias sobre a criação do homem, uma delas afirma que o homem foi criado de uma evolução, o homem inicialmente era um primata, ou seja, um macaco, ele foi se evoluindo até que se tornou gente. A outra teoria fala que houve um big bang daí surgiu o universo e conseqüentemente o homem. Mas a Bíblia, a palavra de Deus, nos revela como o criador do universo criou todas as coisas que existem, ela não diz que a origem humana veio dos macacos e muito menos de uma explosão nuclear, mas das mãos do Deus criador de tudo quanto há: “do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e todos os que nele habitam; pois ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre as águas” (Sl.24:1-2).  
        Na criação, Deus usou duas palavras básicas para criar tudo o que fez antes de criar o homem: haja e produza. No entanto, quando Ele foi criar o homem não usou nenhuma destas duas palavras, simplesmente disse: Façamos. Isso nos mostra que de tudo quanto Deus criou, o homem foi o único que Ele colocou as Suas mãos para criá-lo: “Então disse Deus: Façamos o homem ...” (Gn.1:26). O valor da vida humana está em que ela foi criada por Deus, não vimos como dizem os estudiosos de uma evolução, muito menos de uma explosão, mas das mãos poderosas do nosso Criador: “Formou o Senhor Deus o homem do pó da Terra...” (Gn.2:7).
         Deus se dispõe a pagar o preço do sangue de Seu filho para resgatar o homem porque ele foi criado por suas próprias mãos e tudo que Deus faz é muito bom: “Viu Deus que tudo o que tinha feito, e que era muito bom” (Gn.1:31). Alguém pode até não lhe valorizar, quem sabe até você mesmo pode não se dar valor, mas Aquele que lhe criou sabe o valor que você tem. Por isso, Deus deseja tê-lo de volta no seu convívio para sempre e, por esta razão, se dispõe a pagar o mais alto preço por sua vida, o sangue de Jesus. Satanás também deseja o homem porque ele jamais seria capaz de criar uma jóia tão preciosa como a vida humana, ele quer usar o melhor da criação de Deus.
O HOMEM FOI O ÚNICO COM QUEM DEUS
COMPARTILHOU  A SUA  NATUREZA
E SEMELHANÇA

        Deus, ao criar o homem, não apenas colocou as Suas mãos, mas soprou o fôlego de vida sobre suas narinas, compartilhando, assim, sua própria natureza com a humanidade: “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn.1:26). Deus é espírito, por isso, quando Ele criou o homem à sua imagem, estava fazendo segundo à sua natureza, por esta razão, Davi disse: “Contudo, pouco menor do que Deus o fizeste, e de glória o coroaste” (Sl.8:5). Conhecendo a origem do homem, podemos entender porque ele vale o preço do sangue de Jesus. Deus criou o homem um pouco menor do que Ele, segundo à sua natureza, para que a humanidade seja conforme o seu criador.
        Deus também criou o homem conforme à sua semelhança: “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança...” (Gn.1:26). Semelhança fala de potencial, isso significa que Deus, ao criar o homem, compartilhou com ele seu potencial. Desta maneira, veja o que Deus colocou na vida do homem ao criá-lo, a sua natureza e o seu potencial. Muito embora saibamos que toda esta capacidade divina que Deus depositou na vida do homem ao criá-lo foi manchada devido o pecado, por isso, para Deus nos resgatar ao plano original, Ele se dispõe a pagar o mais alto preço, o sangue de seu filho: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados” (Cl.1:14).
        De tudo que Deus criou, o único que Ele colocou as suas mãos, natureza e potencial foi o homem, por isso, seu valor é inestimável. Por esta razão, tanto Deus quanto o diabo buscam o homem, Deus porque sabe o que colocou em sua vida quando o criou e o diabo porque sabe que jamais poderia criar alguém com tantas qualificações para realizar o seu propósito sobre a Terra. Deus deseja resgatar o homem para restaurar a sua natureza e potencial que foram danificados pelo pecado, a fim de que o homem possa viver para sempre em seu Reino eterno e ser usado para cumprir o seu propósito sobre a Terra.

O HOMEM FOI CRIADO PARA GOVERNAR
         Tudo o que Deus faz é para cumprir um propósito, por isso, Ele criou o homem por causa do Seu propósito. O homem não foi criado sem finalidade ou tão somente para encher a Terra, de modo algum, ele foi criado com um propósito claro e definido, o homem foi criado para governar a Terra: “Então disse Deus: façamos o homem à nossa imagem e semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a Terra” (Gn.1:26).
         Deus criou o homem à sua imagem e semelhança com propósito, Ele o fez porque necessitava de alguém que tivesse a sua natureza e potencial para governar a Terra. Por isso, o homem, de toda a criação, foi o único a ser criado com uma inteligência racional para se relacionar com Deus e seguir suas instruções, a fim de governar a Terra sob a Sua orientação: “Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo, as aves do céu e os peixes do mar, e tudo o que passa pelas veredas dos mares. Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra” (Sl. 8:6-9).
         No princípio Deus criou o homem reto e justo para governar a Terra, mas a serpente levou ao pecado, tornando-o pecador: “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória da Deus” (Rm.3:23). Foi após o pecado que satanás pode usar o potencial humano para estabelecer sobre a Terra toda sorte de corrupção, desonestidade, maldade, perversidade, sofrimento e, ainda, trouxe para sua vida todo tipo de enfermidade, moléstia e angústia: “Pois se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e o dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo” (Rm.5:17).
         Por causa do pecado do primeiro homem criado, todos participam do sofrimento que veio sobre a terra, mas pela justiça de um só homem, Jesus Cristo, todos podem ser reconciliados com Deus para dar continuidade ao propósito dos justos governarem a Terra em vida. Essa é uma oportunidade imperdível para toda criatura humana, basta reconhecer Jesus como salvador e Rei da sua vida: “E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reino e sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele seja glória e poder para todo o sempre. Amém” (Ap.1:5-6).
        Deus, no princípio da criação, criou o homem para governar, mas satanás o levou ao pecado e, assim, a Terra foi cheia da maldade. No entanto, Deus enviou Jesus para nos resgatar e nos restaurar à uma posição de governo porque Ele deseja encher a Terra com a sua bondade e isso só acontecerá através do governo dos justos: “...Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reino e sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele seja glória e poder para todo o sempre. Amém...” Abra o seu coração para essa verdade de Deus e creia em Jesus de todo o coração porque ele vai mudar a sua história e através de você Ele vai mudar a história da Terra.

     
                                                                                                           Deus te abençoe
                                                                                                           Gutemberg Braga

1


terça-feira, 13 de março de 2012

A SUA PALAVRA CORRE VELOZMENTE



A Palavra de Deus é potente e dinâmica. Ele o disse e assim foi. Ele falou e os mundos foram formados. O que não era veio à existência. Quando o Senhor proferiu as palavras da sua aliança a Israel, o Monte Sinai estremeceu violentamente e os corações dos homens se derreteram dentro deles. Seu sussurro ecoou qual trovão através do universo. Quando repreendeu nações, a terra estremeceu. Quando uniu sua voz à dos que bradavam, os muros de Jericó ruíram. Não era só o que se dizia, mas quem o dizia. Há uma inevitabilidade inerente na Palavra de Deus e não podia ser de outra forma. Precisamos enfrentar a sua realidade. Quando Israel viajava rumo à sua herança, foi-lhes dito que maldições viriam sobre eles e os alcançariam (Dt.18:2,15,45). A idéia é que a palavra proferida para o povo de Deus os perseguiria até alcançá-los e dominá-los com o seu conteúdo.
A oração de Paulo era a de que a Palavra de Deus se propagasse e fosse glorificada (2Ts.3:1). Isaías registra a avaliação que o próprio Deus faz da sua palavra: "Assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a designei” (Is.55:11). Deus tem falado, está falando, e há de falar outra vez. Sua palavra é inexorável e corre velozmente para alcançar seus objetivos (Sl.147:15; 19:4). Quão grandiosa é, e ao mesmo tempo, quão temível! Habacuque relata uma visão que recebeu e a ordem que lhe foi dada a respeito dela: “Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que possa ler até quem passa correndo. Porque a visão ainda está para  cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim, e não falhará; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará” (Hc.2:2-3). Estes versículos parecem sugerir que Deus retém algumas palavras, semelhante a um corredor que se restringe na última volta, esperando para liberar toda sua energia e recursos no trecho final. “Estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim” (Dn.12:9). Seu potencial total ainda não foi liberado. Os significados mais profundos não foram revelados. A vontade final de Deus ainda não foi cumprida.
Estamos nos aproximando da época em que todas as palavras de Deus proferidas à humanidade através da história convergirão num rio poderoso. A sua voz tem o som de muitas águas. Abala o que é inabalável. Remove tudo na sua frente. É a Palavra de Deus encontrando sua expressão final. Toda a promessa encontrando seu Sim e o seu Amém final, em Cristo. Glória!
O capítulo 10 de Apocalipse nos leva ao estágio em que o tempo de espera se acabou. Não haverá mais demora. A sétima trombeta soará. O mistério de Deus é consumado. Tudo o que ele anunciou aos seus servos os profetas é cumprido. À luz disso, apropriemo-nos do seguinte desafio lançado para João: “Importa que profetizes outra vez”. Tome essa palavra outra vez - libere-a - deixe-a correr velozmente. Tudo o que você ingeriu da minha palavra e da minha visão você terá que profetizar. Você tem que levar essa palavra irresistível, deixando-a correr velozmente para apressar os meus propósitos e proclamá-la à sua geração. A conclusão será inevitável.
Graham Perrins

sábado, 10 de março de 2012

OS CRISTÃOS SERÃO ARREBATADOS OU PASSARÃO PELA TRIBULAÇÃO?



A doutrina do arrebatamento secreto, sete anos antes de Jesus voltar, é relativamente nova, tem aproximadamente um século de existência, mas tem sido amplamente divulgado no meio evangélico. Esse ensino é um falso escape da tribulação e não tem nenhum fundamento na revelação das escrituras. Essa falsa doutrina é um espírito de engano desviando atenção do povo de Deus e trará graves conseqüências à, quem não abandonar este ensino enquanto há tempo e se preparar para os dias mais terríveis que o povo de Deus há de enfrentar.
Não existe arrebatamento separado da segunda vinda de Cristo. No exato momento da vinda do Senhor os cristãos que estiverem preparados serão transformados (1 Co.15:52). Isto é o arrebatamento mencionado nas escrituras. Nesse momento haverá transformação corpórea dos que estiverem preparados para reinar com Cristo e haverá a primeira ressurreição, incluindo os crentes de todas as épocas que morreram qualificados para participar do reino de Cristo na terra (1 Co.15:53-54).
Os sete anos, que muitos citam como o tempo da grande tribulação, são na verdade, há “semana” da aliança, a septuagésima semana de anos da profecia de Daniel 9:27. Metade dessa última semana de anos, já se cumpriu - foram os três anos e meio do ministério de Jesus, estabelecendo a nova aliança com Israel. A outra metade, serão os três anos e meio do ministério profético da “duas” testemunhas (Ap.11). Esse ministério encerrará o tempo dos gentios e recomeçará o tempo de Israel, interrompido já ha dois mil anos. Israel e a igreja serão reconciliados em um mesmo corpo.
Os crentes que estão esperando o arrebatamento secreto antes da tribulação, vão ter uma angustiante surpresa, quando se virem mergulhados dentro da grande tribulação e constataram que desperdiçaram o tempo da preparação para resplandecerem no meio das densas trevas que já se aproximam (Is.60:1-3).
O espírito do anti-cristo vai se apossar dos sistemas políticos deste mundo, de tal maneira, que nenhuma igreja estruturada terá permissão de funcionar em conformidade com os propósitos de Deus. Todas terão que cooperar com os objetivos de Satanás disfarçados atrás da política e autoridades deste mundo. A  maioria dos lideres eclesiásticos serão seduzidos pelo espírito do engano ou levados pelo interesse próprio e assim continuarão com suas igrejas institucionais em cooperação com sistema do mundo. Alguns irão resistir ao sistema do anti-cristo e sofrerão cassação de registros e direitos legais de exercício do ministério, e etc. Agora é o tempo da preparação para vivermos fora do sistema e abandonar a apostasia, e fugir de qualquer estrutura institucional de igreja. É necessário abandonar tudo isto e exercitar plena confiança no Deus vivo, agora.
Deus vai levantar as nações como instrumentos de seu juizo para cortar a igreja atual casada com o sistema deste mundo e vai enxertar a Israel no topo e das raizes escondidas (remanescente) fará brotar a consumação do seu eterno propósito. Paulo, em romanos 11:22 já alertava a igreja para a possibilidade que assim como Israel ela poderia vir a ser cortada. E, sendo cortada, enfrentaria o tempo de indescretíveis sofrimentos, assim como Israel enfrentou nesses dois mil anos. Quando João escreveu o Apocalipse, a igreja já havia entrado em apostasia, assim ele descreve o que ela iria enfrentar nos seus derradeiros dias em meio ao domínio da besta (Ap.13:7,10). Há uma guerra espiritual, que pertence tanto ao mundo invisível quanto ao mundo visível. Deus tem o direito de colocar o seu povo, na posição que lhe parece bem na batalha. Na maioria das vezes Deus derrota Satanás nessa guerra colocando o seu povo na condição de vencedor e outras vezes permite Sanatas vencer colocando o seu povo na condição de perdedor, “como ovelhas para o matadouro” (Rm.8:35-39). Esse é o dilema de Jó e dos cristãos durante os três primeiros séculos da igreja, será também na eminente batalha final.
A reconciliação de Israel e a igreja é um grande mistério que Deus irá manifestar nesta ultima reforma (Ef.2; Rm.11). Porém, isto não acontecerá do modo que a igreja católica e evangélica esperam. Deus não vai reconciliar Israel com a igreja institucional. Não será através da política nem do ecumenismo Deus vai cortar a igreja institucional e enxertar Israel, e assim haverá reconciliação de Israel com as raízes escondidas. Ou seja, com a igreja separada dos sistemas e estruturas, será a mulher no deserto (Ap.12:6; Rm.11:17-25).
Durante os séculos, a teologia da substituição dominou as igrejas, católicas e protestantes, que foi a base para a igreja excluir e até para perseguir e matar os judeus. Entretanto, agora, quase todas as igrejas, católica e evangélica começaram a falar em reconciliação com Israel e cresce uma grande expectativa ecumênica para o século XXI. Porém, Deus não vai unir Israel com a igreja institucional, por meio do ecumenismo. Antes, Deus enviará seus mensageiros (apóstolos) para que o “joio seja atado em seus feixes”, e a igreja institucional seja separada da igreja verdadeira. Agora mesmo, há uma janela aberta, para que os crentes verdadeiros, que estão dentro da igreja falsa - da meretriz e das suas filhas - possam se encontra, em preparação, para a grande purificação dos filhos de Deus, e sua separação de todo o sistema e organização eclesiástica.
Nesse tempo de ardente prova que está vindo sobre o mundo inteiro os vencedores não serão vistos como “igreja visível”, mas como a mulher no deserto - fora de todo o sistema e estrutura humana (Ap.12). Agora mesmo é o tempo de preparação para vivermos “fora da vista da serpente”.
A igreja gloriosa não será reconhecida como igreja, pois não terá organizações nem estruturas. Os filhos de Deus não serão vistos como evangélicos, não serão membros de igrejas institucionais e até serão vistos como desertores, desviados e anarquistas. Mas uma marca ele têm que homens e organizações não podem produzir: O caráter de Cristo, nada menos que isto.
Nesta igreja vencedora só haverá um tipo de culto - o único culto existente na nova aliança - que é a entrega dos nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm.12:1-2).
O corpo de Cristo, a verdadeira igreja, só será visível aqueles a quem foi concedido a visão profética, porque este não terá uma estrutura material. Será um corpo espiritual, organismo vivo, funcional, operante, organismo divino e não organização humana. No corpo não haverá interesses humanos como há hoje de títulos, posições, hierarquias, classes, centralização de poder e etc. Só Cristo será a “cabeça”, todos os demais serão membros e funcionarão sobre seu comando. Será uma igreja invisivel e intangível como organização e estrutura, porém visível e palpável como expressão da vida de Deus e do caráter de Cristo.
Assim como Deus abandonou o judaísmo que um dia foi seu porta-voz, e as instituições históricas do cristianismo. Ele está hoje abandonando as igrejas evangélicas e está suscitando novas expressões de vida e de fé genuinamente cristãs, mas que não tenham nome de denominação nem o perfil daquilo que hoje chamamos de evangélico. Isto é a reforma. É muito mais radical e mais revolucionário do que pensávamos. Assim como no século 16, à partir da reforma aqueles servos de Deus não foram mais vistos como católicos que era a única expressão de vida cristã daquela época, também hoje, ao irromper a nova reforma os servos de Deus não serão mais vistos como evangélicos.
Isaías 43:18-21 fala desta obra nova que Deus está fazendo, e como sempre fez em crises como esta. No verso 26 Deus nos convida a orar por esta “nova reforma”, trazendo-lhe à lembrança esta promessa. Estes dias são mais críticos do que conseguimos imaginar. Um poderoso misterioso transtorno no mundo espiritual está às portas. Oremos para que os interesses de Cristo sejam alcançados em meio ao “caos” iminente e para que sejamos parte do eterno propósito de Deus em Cristo.

O RADICALISMO DO PROFETA



Um profeta é inevitavelmente uma figura que ameaça a situação atual. O institucionalismo pode produzir seus profetas, mas estes serão homens de sua própria espécie, falando somente o que o sistema quer ouvir e dando uma aparência divina ao que é essencialmente estéril ou perverso. Em contraste, homens enviados por Deus permanecerão fora deste contexto e suas palavras não apoiarão, mas desafiarão os conceitos formados e os rituais estabelecidos.
Jeremias entrou em controvérsia com os profetas institucionalizados que falavam ao povo o que este queria ouvir: que não seriam conquistados pela Babilônia. Estes homens sustentavam a ordem existente e apoiavam o que Deus havia rejeitado. Viam somente o reino material e profetizavam em correspondência a homens, não a Deus. Preocupados com o reconhecimento e sua posição, prostituíam o seu potencial de autoridade em favor de benefícios próprios. Enquanto isso, Jeremias declarava a palavra de julgamento de Deus, à custa de sacrifício pessoal.
O propósito da profecia não é agradar os ouvidos dos homens. Ela é a auto-expressão de Deus: declara sua vontade e desejos; dá sua avaliação da situação. Ao fazer isto, a profecia é diametralmente contrária a expressão da vontade e desejos do homem, pois estes entram em choque com a vontade e desejos de Deus. Portanto, muitas vezes o profeta de Deus terá que denunciar os profetas dos homens. Miquéiais fez isso, ao declarar que os falsos profetas faziam errar o povo de Deus, não tinham nada dele e estavam na verdade em guerra contra o Senhor (Mq.3:5-12)!
DEPENDÊNCIA DE DEUS
O próprio profeta encarna o princípio de que o homem está designado para viver e funcionar na dependência de Deus. Desta forma, sua vida e suas palavras irão contra qualquer tipo ou forma de independência, quer seja por desejo e ambição; por pensamentos e conceitos; de propósito e alvo. Devem dar lugar ao reconhecimento da supremacia e da glória de Deus, submetendo-se a Ele de todo o coração e vontade. Somente desta maneira o homem pode achar segurança e realização.
Há, portanto, muita coisa para a qual o profeta é enviado a destruir. Arrancar e derrubar, destruir e demolir, precedem o construir e o planejar (Jr.1:10). O coração do profeta é criativo, não destrutivo, pois reflete o coração do seu Deus. Mas o mal deve ser destruído para que o bem possa florescer; e o chão deve ser limpo dos entulhos para que um novo edifício possa crescer no lugar, com firmeza.
Séculos de conceitos e idéias falsas têm paralisado a Cristandade ao ponto de total inatividade ou a têm desviado para atividades erradas. Séculos de estruturas religiosas humanas têm levado o espírito do homem a tal servidão, que ele está dentro de uma masmorra de formas e rituais sem nenhum conhecimento verdadeiro do Deus vivo. O profeta permanece em oposição frontal a toda essa escravidão e declara liberdade aos homens.
Facilmente aqueles que querem servir a Deus aceitam conceitos e idéias tradicionais! Quão facilmente o inimigo tem conseguido semear conceitos falsos no solo fértil desta receptividade! Seja onde for que o homem confie em alguma outra coisa além de Deus, para sua segurança, há perigo. Quando ele confia num credo ou sistema tradicional ao invés de confiar naquilo que Deus está falando às igrejas, ele está exposto ao engano. Também não é seguro abraçar o evangelicalismo como a ala da igreja que se recusou a ser escravizada pela tradição; embora tenha rejeitado as formas exteriores e os rituais religiosos do catolicismo, substituiu-os por um sistema de ortodoxia e prática religiosa igualmente escravizadores. São aquelas mesmas idéias gnósticas que começaram a envenenar a corrente sangüínea da igreja nos seus primeiros dias e que estão encontrando uma pronta aceitação no meio evangélico hoje.
DESTRUINDO FALSOS CONCEITOS
O profeta se oporá a todas essas idéias falsas, pois seu desejo é uma igreja sã e unida, livre de interesses sectaristas. Ele atacará a consciência pecaminosa e impotente daquilo que hoje leva o nome de Cristandade, tão vigorosamente quanto seus colegas no passado atacavam as religiões falsas que contaminavam a vida espiritual de Israel. A mentira escraviza ao passo que a verdade liberta. Ouvindo a verdade, o povo de Deus é despertado para ver a prisão em que se encontra, ao mesmo tempo em que vê a porta de escape que permanece aberta. Os profetas de hoje, como nos dias de Moisés, conduzem o povo para fora desta escravidão, destruindo todos os obstáculos em nome do Senhor e trazendo julgamento àquilo que tem escravizado o povo de Deus.
A tendência do ser humano é organizar e solidificar tudo o que ele toca. Sua insegurança exige que ele tente estabelecer firmes pontos de referência para si mesmo. Por isso ele constrói instituições que outrora eram uma expressão flexível de vida. O Deus que declara que “é o que é” recusa-se a ser preso ou limitado. Uma igreja que está designada a encarnar e expressar Deus não pode ficar presa a uma forma ou padrão fixos.
De fato, se Deus “é o que é” devemos dizer da igreja que ela também “é o que é”. Por perceber que o propósito e atividade de Deus são de suprema importância, o profeta se oporá ao institucionalismo estático que o homem erigiu para substituir a dependência viva em Deus e trabalhará pela visão do corpo.
A experiência do profeta é de um caminhar contínuo com Deus, uma experiência viva com ele. Sua vida e palavras convidam e inspiram o povo de Deus a uma experiência semelhante. Não lhes é permitido continuar na estrutura confortável e segura do formalismo, previsível em todo o seu curso. Antes, devem ser chamados para sair desta segurança aparente a fim de seguir o Deus que está falando, muitas vezes sem saber para onde vão. Foi tal obediência de fé que justificou Abraão. É tal fé que ainda agradará a Deus hoje. O propósito da igreja é ser auto-expressão de Deus e ela deve mover-se para onde quer que ele a dirija, seguindo-o para onde quer que ele vá. O profeta vive desta maneira e comunica isto à igreja.
Assim como ele ataca e destrói idéias erradas acerca do relacionamento com  Deus, da justiça, da natureza e do propósito da igreja, o profeta buscará da mesma forma minar e substituir concepções errôneas de profecia e escatologia. Por não ter uma experiência viva com a voz de Deus, a igreja se tornou a base reprodutora de uma superabundância de idéias humanas e demoníacas. Muitas dessas idéias efetivamente minam o propósito de Deus e relegam seu procedimento com o homem à categoria de uma seqüência rígida de acontecimentos futuros.
Porém, Deus é vivo e real! Está ativo e responsivo aos acontecimentos! Ele não é uma máquina e nem um computador programado de um curso preestabelecido e fixo. Portanto, ao destruir falsas idéias escatológicas, o profeta libertará o povo de Deus de vários becos sem saída, ao mesmo tempo em que o levará ao indispensável conhecimento do Deus vivo e à experiência viva com ele.
Temos falado muito do efeito destrutivo do ministério do profeta sobre tudo o que assume o lugar de Deus ou se lhe opõe. Temos também procurado expressar porque ele tem este papel, além de alguns dos resultados positivos que ele espera, ao assentar um bom fundamento e construir sobre o mesmo num local bem preparado, mas devemos também ter cautela contra a aspereza humana no papel destrutivo do profeta. Alguns têm usado o disfarce de profeta para justificar as expressões de amargura e ressentimento humanos, de vingança e provocação.
EXPRESSANDO A VONTADE DE DEUS
Não importa neste caso se o que eles atacam é realmente contrário ao coração e  vontade de  Deus. Nunca é demais enfatizar o fato essencial de que o profeta é um meio para expressar a Palavra de Deus, e  somente ela. Jesus exemplificou a voz destrutiva de Deus um muitas ocasiões, mas nunca com algum motivo de interesse humano. Sempre falava a Palavra de Deus, e somente ela, e muitas vezes expressava-se com tristeza por causa daqueles de quem ele falava.
Neste assunto todo, um princípio que o autor deste estudo aprendeu de Deus há uns treze anos, e que desde então tem procurado praticar, é corresponder ao Espírito de Deus ao atacar e minar idéias e conceitos falsos que mantém a igreja em escravidão, mas normalmente abster-se de atacar as pessoas que propõem tais idéias. Estas permanecem ou caem diante de seus próprios ensinos.
Tem-se falado que Moisés entendeu os caminhos de Deus, enquanto que Israel como um todo somente viu os atos de Deus. É parte principal da consciência profética apreciar não somente o que Deus está fazendo, mas entender porque ele está fazendo aquilo, e ter um senso de estratégia.
O profeta sempre dirigirá a atenção para a raiz do problema, removendo os entulhos e esforçando-se para estabelecer uma raiz através da qual possa desenvolver-se aquilo que Deus tenciona realizar. Nisto ele é realmente radical, pois um radical é aquele que vai à raiz do problema para atingi-lo. Inevitavelmente neste ponto ele entra em conflito com as instituições religiosas que por séculos têm acumulado tradições e perdido de vista as raízes das quais a Cristandade surgiu.
Mas não é somente renovando os conceitos da igreja que o profeta estará ativo. Ele também expressará a vontade de Deus para o seu povo em qualquer ponto determinado de sua história. Ele trará direção, dando a perspectiva de Deus e exortando a igreja para corresponder às circunstâncias e acontecimentos como o seu Senhor deseja. Ele explicará o significado da situação atual e delineará os passos imediatos e necessários para, a partir daí, adentrar mais na vontade de Deus e expressá-la. Esta expressão da vontade e palavra atuais de Deus será colocada no contexto de uma declaração contínua do seu propósito geral. O profeta esclarece a profecia e a escatologia ao povo de Deus pois não está interessado em sistemas e interpretações literalistas, baseados em lógica e dedução humanas. Ele vê na profecia a revelação do coração do Pai (sua vontade e desejo) e de seus princípios (a base pela qual ele ordena e age). Estas coisas o profeta vê por revelação e as expõe ao povo de Deus.
É necessário que haja um profeta para interpretar um profeta, pois nenhuma profecia bíblica pode ter interpretação particular. Assim como as profecias registradas não se originaram da vontade humana mas sim da inspiração do Espírito, através de homens específicos, assim também hoje a interpretação destas profecias depende de um dom: o ministério profético (2 Pe.1:20-21). Assim como as declarações dos profetas devem ser julgadas por outros profetas (1 Co.14:29) as palavras dos profetas devem ser interpretadas por outros profetas.
DANDO UMA VISÃO DE DEUS
Neste contexto uma nova escatologia emerge. Não um sistema, nem uma estrutura minuciosa do alvo e desígnio de Deus que atrai seu povo à consumação destes propósitos. Como escatologia bíblica, muitas vezes ela será em visão parábola, muitas vezes “codificada”, mas sempre inspirando visão e coragem. É uma escatologia viva, não acadêmica. É espiritual e não literal. É substancial por  ter a realidade de Deus, não rígida como a assim chamada ortodoxa nem restrita pelas limitações da lógica humana. É uma  visão de Deus.
Tal escatologia é imediatamente incompatível com qualquer sistema formal e estático. Inevitavelmente torna-se uma ameaça aos fornecedores de pacotes proféticos bem elaborados cuja segurança depende da predição de um curso estabelecido de acontecimentos futuros. No entanto, esta escatologia participa da essência do que é verdadeiramente profético: comunica Deus, não planos e acontecimentos. Enfatiza a realização de seu propósito, a manifestação do seu reino e dá espaço para aquele que “é o que é” desenvolvê-lo como achar melhor. Portanto, o profeta liberta os homens da dependência de auxílios e apoios exteriores e os amarra em Deus. Ao fazer isto, sua natureza essencialmente radical é mais plenamente expressada, pois nisto se acha a raiz da sua existência.
O homem se tornou independente e Deus o chama de volta à rendição e à dependência. Ele o chama através de seus profetas, equipando-os para fazer emaranhados de indiferença e engano. Ele toca seus corações e os inspira com a visão de si mesmo e de sua glória,  mostrando-lhes sua vontade e propósito.
John Maclauchlan

PROFECIA NO APOCALIPSE


PROFECIA NO APOCALIPSE

O livro de apocalipse é uma profecia (1:3). Desta forma, ele encarna e exemplifica muitos dos princípios de profecia. Se você tem mais do que um interesse teórico, ser-lhe-á proveitoso examinar e meditar diante de Deus nas passagens citadas abaixo. Somente Deus pode plantar a semente de sua palavra no seu coração de tal forma que esta se torne uma expressão de sua revelação à igreja hoje.
1.        Profecia é uma revelação, isto é, um desvendar de olhos (1:1). Isto implica que algo real, mas anteriormente escondido, se torna visível. A profecia tira um véu para que a realidade espiritual possa ser vista. Sem a palavra profética o homem está cego. Ele não consegue ver Deus nem a Sua vontade, e nem o propósito e alvo de Deus; não consegue sequer ver seu próximo passo claramente. A palavra profética é a nossa lâmpada, alumiando o caminho para levar-nos à consumação (2 Pe.1:19).
2.        Profecia encarna o imperativo de Deus. Declara o que deve acontecer (1:1). A ênfase está no “deve”. Não é uma revelação do que acontecerá como se houvesse um futuro preestabelecido para ser descoberto. A profecia não prediz mas é uma declaração do firme propósito de Deus. O caminho para a realização deste propósito é real. O imperativo de Deus encoraja a igreja em tempos difíceis, reanima o Seu povo à ação para trabalhar junto com Ele, rumo ao objetivo.
3.        A palavra de Deus é testemunha de Jesus (1:2; 19:10). Entendemos pelo contexto do capítulo primeiro que o mesmo está se referindo ao testemunho que o próprio Jesus dá. No contexto do capítulo 19 pode ser o testemunho dado por Jesus ou a respeito dele. É claro também que os termos palavra de Deus, profecia e espírito da profecia são usados alternadamente. Jesus é o autor da verdadeira profecia. Por meio dela O cabeça se expressa ao corpo. Através dela seu Espírito é difundido por toda a igreja. Toda profecia verdadeira dá testemunho de Jesus em seu senhorio e glória.
4.        A profecia deve ser ouvida e obedecida (1:3). Embora a Palavra de Deus encarne seu poder, e desta forma seja capaz de se tornar um acontecimento, por outro lado ela não é mágica. O ouvinte deve ser receptivo. Deve ouvir cuidadosamente; corresponder de todo o coração; agir obedientemente; e prosseguir fielmente. Deus determinou agir de comum acordo com seu povo. É a correspondência do povo de Deus que apressará a volta do Senhor (2 Pe.3:12).
5.        Como o testemunho de Jesus, a função principal da profecia é revelá-lo e declará-lo (1). Ele é revelado em seu esplendor; é mostrado em seu poder. Ele é visto como aquele que morreu e ressuscitou em vitória e se desvenda em seu relacionamento com a igreja. Se Jesus não é visto e obedecido como Senhor, e conhecido e vivenciado como aquele que ama e perdoa, nada mais tem sentido. A profecia traz a realidade da sua presença à igreja.
6.        As igrejas não podem crescer ou funcionar sem a palavra profética. O povo de Deus deve “constantemente ouvir o que o Espírito está dizendo às igrejas” (2,3). Somente assim evita-se o declínio. Somente por meio disto o amor e a fé são mantidos vivos e fervorosos. Ouvir diariamente o que Deus está falando e agir diariamente segundo sua direção evitam morte (Hb.3,4). É o único meio pelo qual a igreja pode crescer continuamente para se tornar tudo o que Deus almeja.
7.        Enquanto tantas coisas no mundo e na experiência cristã parecem negá-lo, a profecia revela o trono de Deus (4,5). Ele é visto e exaltado sobre todas as coisas. A Palavra de Deus dá acesso ao seu reino invisível, comunica a infalibilidade do seu governo e vitória, em sua realização final. É isso que leva o ouvinte a cair prostrado aos pés do Senhor, com o coração cheio de temor e adoração.
8.        A profecia revela forças e princípios que estão por trás dos acontecimentos na terra (6). Pela palavra de profeta o céu se abre. Da perspectiva do trono de Deus todas as coisas parecem diferentes. Os acontecimentos banais, cotidianos, e também os grandes, espetaculares e sensacionais, tomam um aspecto diferente. O imperativo da vontade de Deus é visto como algo supremo. As forças espirituais se tornam evidentes. A justiça e o juízo de Deus se tornam aparentes. O inexplicável nem sempre se torna fácil de entender. Mas há um senso do seu lugar no esquema geral das coisas. Através da Palavra de Deus a paz interior e espiritual transcende e substitui a confusão e o medo.
9.        A Palavra de Deus chama um remanescente à existência (7). Um bando, uma companhia e depois um exército são formados por aqueles que ouvem o que Deus está falando às igrejas. Deus nunca teve medo de cortes. Ele conduziu todo o Israel, na verdade toda a raça humana, para uma pessoa, o seu Filho Jesus. Por meio dele, desenvolveu todo um povo para sua glória. Vez após vez, quando corações esfriam, ele recomeça com aqueles que ouvirão e corresponderão. Deus é paciente e absolutamente firme e paciente. Ele não continua a construir quando falhas sérias aparecem. Agir assim seria um fracasso garantido. Ao invés disso, ele reduz e começa novamente.
10.     A palavra profética afeta o curso da história, interrompe os acontecimentos e altera a cronologia (7:3). Deus responde às situações reais. Ele adapta e altera os detalhes do seu propósito, embora sempre se dirija inexoravelmente para seu alvo final; trata diariamente com miríades de possibilidades, incontáveis desenvolvimentos e reações. Pela sua palavra, Ele molda as atitudes e reações do seu povo obediente; ordena os elementos, as situações do mundo e tudo o que está envolvido no cumprimento de sua vontade.
11.     A profecia declara o juízo de Deus (8,9,15). Não que o profeta vá por toda parte com uma atitude condenatória. Como seu mestre, Ele não veio para condenar, mas para dar vida. Porém, ver o trono de Deus é apreciar sua justiça. Desta forma, o juízo é declarado como governo de Deus, como sua administração e determinação e como sua consumação e conclusão de todas as coisas. A ira de Deus é uma realidade; ele julgará e destruirá todo o mal.
12.     A profecia fortalece um remanescente em fidelidade (11,12). Ajuda-o a entender seu destino e alvo. Mostra-lhe a alegria que está por vir. Encoraja-o enquanto suporta o calor do dia em favor de outros. Mostra-lhe uma grande multidão que segue atrás, usando a trilha que eles abriram. A Palavra de Deus capacita aqueles que buscam de coração os objetivos do Senhor, para vencer. Assegura-lhes sua graça, presença e aprovação. Enche suas bocas com seu testemunho e comunica-lhes a certeza da vitória e a queda inevitável do mal.
13.     Pela sua palavra, Deus revela a consumação de seus propósitos (11,12). Ele fala amorosa e suavemente àqueles que, como João, reclinam-se sobre seu peito, àqueles que se preocupam principalmente com seus anseios e sentimentos. Ele fala-lhes do tempo quando sua justiça será estabelecida por toda a terra, mas ele também fala com eles em termos pessoais: estarão com ele e toda lágrima lhes será enxugada. Comerão e beberão juntos com ele. A alegria e a comunhão que experimentam com ele agora se tornarão plenas, então.
14.     A profecia revela o curso e o desenvolvimento do mal e sua destruição (15). A igreja deve estar consciente de que a raça humana independente continuará a desenvolver seu objetivo de se unir em rebelião contra Deus. O homem ainda quer construir sua Babilônia com uma torre que alcance o céu. Ele ainda tenta evitar o  ser espalhado. Os governantes querem segurar seus domínios para si mesmos e tendem a se unir contra o Senhor e  seu Cristo. Deus torna claro que permitirá que o homem realize muito do que deseja, mas somente quando o povo de Deus estiver pronto. Babilônia terá permissão de chegar à sua expressão plena, mas será finalmente destruída quando o povo de Deus estiver pronto para governar.
15.     A profecia declara a vitória final de Cristo e sua igreja (19). Ao fazer isso, ela fortalece o fraco e reanima o que vacila para entrar em ação. Podemos ser fracos e pequenos agora. As forças do mal parecem imensas e sua influência prodigiosa. Mas Jesus voltará a reinar. E nós, da promessa, vamos deixar que a visão de vitória encha nossos corações. Vamos permitir que a realização da vitória seja demonstrada em nossas vidas. Por meio daquele que venceu, nós também seremos vitoriosos!
16.     A Palavra de Deus estabelece o governo de Cristo na terra (20-22). A terra se encherá da Sua glória. Debaixo do governo justo de Jesus, administrado pelos santos de Deus, realmente haverá justiça para todos. A preocupação constante de Deus para com os pobres e os oprimidos será evidenciada. A sociedade será reformada. Onde agora nos sentimos impotentes seremos capazes de agir. Aqueles que têm sido preparados assumirão áreas específicas de responsabilidade no governo justo de Deus.
17.     A inspiração e revelação da profecia vêm através dos profetas (22:6-9). João era um profeta. A revelação profética, a abertura e compreensão do propósito de Deus nas escrituras proféticas vêm pelos profetas (2 Pe.1:20-21). A Palavra de Deus deve ser recebida e declarada. Somente então pode ser ouvida e correspondida. Somente então os propósitos de Deus podem avançar.
18.     A profecia dá um senso de proximidade e intimidade (22:10). Leva seus ouvintes a sentir a realidade do que está sendo declarado. Capacita-os a experimentar o impacto do reino invisível. Eles provam os poderes da era vindoura e trazem progressivamente o reino de Deus para a terra através de sua correspondência. Suas vidas contagiantes comunicam o sabor divino deste reino. A palavra traz a possibilidade de consumação dentro do seu alcance. Eles sabem que podem ser a geração que trará de volta o Rei.
19.  Pela sua palavra, Deus comunica um anseio pela consumação (22:17-20). Isto é um compartilhar de seu desejo. É a comunhão mais íntima entre Deus e o homem. A profecia leva Deus e seu povo à unidade. O Espírito e a noiva unem seus anseios. Juntos eles clamam: “Vem”. Nós ouvimos a própria resposta de Jesus: “Sim, venho sem demora”. Em harmonia com o desejo e alvo de toda profecia nós dizemos: “Amém. Vem Senhor Jesus”!
John Maclaucchlan